Em live realizada no dia 23/11, o canal do YouTube HEAVY CULTURE conversou com o mítico vocalista David DeFeis, do Virgin Steele, uma das maiores bandas de Epic/Heavy Metal de todos os tempos, ou como o próprio costuma chamar, de Barbaric/Romantic Metal. Com exatos 40 anos de história, o grupo nova-iorquino coleciona uma série de discos clássicos, como “II: Guardians of the Flame” (1983), “Noble Savage” (1985), “Age of Consent” (1988), “Invictus” (1998) e as duas partes de “The Marriage of Heaven and Hell”, lançadas entre 1994 e 1995. O fato é que não há um disco ruim em sua discografia, com a banda mantendo a maestria a cada lançamento, sempre com a voz única de David DeFeis a frente e toda aquela dramaticidade de sua obra.
No bate-papo com o HEAVY CULTURE, David DeFeis revelou que o novo álbum, sucessor de “Gothic Voodoo Anthems” (2018) já está quase pronto, faltando alguns detalhes e a mixagem. Contou que durante a pandemia foram muito produtivos, compondo e gravando muitos vídeos, e que ele é sempre bem ativo, pensando em composições e outros detalhes. Embora ainda não tenha mais informações sobre este novo registro, destacou que será um dos trabalhos mais pesados da banda, e que é um disco bem diferente, ainda que traga todos os elementos característicos do Virgin Steele. David DeFeis também relembrou o início da banda, que todo o processo de composição do primeiro álbum foi muito rápido, levando poucas semanas para sua finalização e que naquele período, e por cerca de dez anos, praticamente vivia na cena noturna de Nova Iorque, que fervia intensamente.
Indagado sobre qual a melhor fase e melhor disco do Virgin Steele, o vocalista comenta que toda a trajetória tem sido muito divertida, ou pelo menos sua maior parte tem sido excitante, e que trata seus discos como filhos, e brincou, dizendo que enquanto falavam, um novo bebê estava sendo feito. Disse que não poderia escolher um momento em particular, mas que as coisas ainda têm sido excitantes e que a carreira tem sido fantástica, que houveram alguns momentos ruins, mas que prefere lembrar dos bons. Questionado sobre os tempos atuais e se a pandemia fez ele pensar a vida de outra forma, foi bem direto e contou que quando era pequeno, perdeu um irmão, e que desde então aprendeu que a vida é curta, e que prefere abraçar as coisas como se fossem a última coisa a fazer.
Um dos assuntos mais esperados da live foi quando contou detalhes sobre um dos projetos mais enigmáticos em que esteve envolvido e provavelmente é objetivo de culto no Brasil: Exorcist. Sob a alcunha de Damien Rath, gravou um dos grandes clássicos da década de 1980, “Nightmare Theatre”, lançado em 1986, tendo ao lado seus companheiros do Virgin Steele, Joe O’Reilly (baixo), como Jamie Locke e Edward Pursino (guitarra), como Marc Dorian, além do baterista Mark Edwards como Geoff Fontaine. Na live, DeFeis disse que amou ter feito o Exorcist e que foi muito divertido. Foram três semanas ensaiando e três dias gravando, e confidenciando ainda que não veria problemas em lançar um segundo disco do projeto. DeFeis ainda contou algo que provavelmente poucas pessoas saibam: quem gravaria os vocais do álbum seria o baixista Joe O’Reilly, mas como ele achou as letras muito satânicas, desistiu da empreitada, e por nossa sorte DeFeis os registrou, que que ele as havia composto e sabia tudo sobre elas. Para gravar, e por ser um estilo diferente do Virgin Steele, buscou criar um vocal que misturasse Lemmy (Motörhead) e zumbis! E desafazendo um mito brasileiro, de que ele não gostava de falar sobre o Exorcist, explicou que por um bom tempo esqueceram do projeto, pois o foco era o Virgin Steele, mas é algo que nunca o chateou, e depois as pessoas começaram a falar sobre o Exorcist, tanto é que muitas músicas foram regravadas em álbuns do Virgin Steele.
Outro projeto paralelo nos mesmos moldes foi o Original Sin, que contou com sua irmã no vocal, resultando no álbum “Sin Will Find You Out”. Tratava-se de uma banda fictícia apenas de mulheres, tendo os mesmos integrantes do Exorcist na seção instrumental, enquanto a irmã de DeFeis realmente cantava. Na contracapa, além de Danae DeFeis, aqui sob a alcunha de Danielle Draconis, estavam namoradas dos integrantes e uma amiga como figurante. O álbum foi feito em dois dias, tendo sido gravado na semana posterior de “Nightmare Theatre”.
O bate-papo, muito produtivo, ainda teve DeFeis revelando suas principais inspirações para que tenhamos discos do Virgin Steele de forma tão seguida, bem como citou as bandas que o inspiraram e quais gostaria de ter integrado na década de 1970. Sobre o estilo único e marcante da banda, concorda que o rótulo Barbaric/Romantic Metal esteja de acordo com a sonoridade do grupo, já que ele gosta de músicas que mexam com o emocional, que façam as pessoas agitarem e as levem para outra dimensão, e que é importante que haja rótulos, sobretudo para que a imprensa possa identificar as bandas para o público.
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A agenda de novembro do HEAVY CULTURE segue no dia 28/11, domingo, às 16h, com a aguardada presença de Tom G. Warrior, fundador dos seminais Hellhammer e Celtic Frost, e que atualmente lidera o Triptykon e o Triumph of Death. No dia 30 será a vez de conversar com o guitarrista Craig Locicero, do gigante da Bay Area Forbidden.
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