O Warshipper é uma banda de Death Metal de Sorocaba (interior de São Paulo), formada em 2011 e já com uma boa bagagem de discos e shows, já tem uma Tour pela Europa, já tocaram ao lado de grandes bandas do cenário Metal Mundial como Warrel Dane (RIP), Enthroned, Besatt e estão anunciados para o próximo Setembro Negro ao lado do Voivod.

Esse novo álbum traz um Warshipper mais maduro, um disco muito bem pensado em todos aspectos, do visual ao musical nota-se um amadurecimento sublime, da gravação, que foi captado no estúdio Casanegra entre Setembro de 2021 e Dezembro de 2022, mixado e masterizado por Augusto Lopes, exceto a Guilt Trip, que teve o experiente Marcos Cerutti a cargo da mixagem e masterização. A arte, feita por Gabriel Augusto é maravilhosa, no encarte do cd ainda vem com um poster bem bacana, muito bem produzido e bem estudado, lançado pelo selo Heavy Metal Rock e o booking a cargo do Som do Darma.

A atual formação conta com :

Renan Roveran (vocal/ guitarra), Rafael Oliveira (guitarra), Theo Queiroz (teclados, baixo acustico/ saxofone), Rodolfo Nekathor (Baixo/ vocal) e Roger Costa (bateria).

Mas vamos ao que interessa, o álbum começa com “Religious Metastasis”, o som vem crescendo, bem trabalhado, um tribal foda, até que a guitarra puxa a entrada e o som ganha corpo, peso e porrada, bem elaborado, a bateria dita o ritmo do que vai acontecer, às vezes em um Blastbeat, as vezes marcado, as dobras de guitarra dão um belo destaque nesse som, são mais de 7 minutos de porrada que a gente nem percebe que é longa devido à variação rítmica dentro da própria musica, agora digite no Google Caminhão desgovernado descendo a ladeira e de fundo coloca o começo da “MigratingThrough personality spectra”, demais, o coro come solto, o que mais me surpreendeu nesse som foi o final, baixo estralado com saxofone, cara, que ideia surpreendente; a melhor do disco na minha opinião é a próxima, “Perfect Pattern Watcher”, adoro bases dissonantes, bateria bem marcada, o baixo é um show a parte nesse som, bem construída, refrão animal, cheia de riffs, e um puta solo lindo de guitarra, vale o disco; seguimos com a lisérgica “Morphine”, cara que demais esse som, atormentado, lento, denso, o vocal é incrível, e o que mais surpreende é a porradaria que entra no final, dando um toque especial a todo contexto; a próxima é “The night of the unholy Archangel” que começa com uma dobra impressionante, aliás a bases dessa música são demais, porrada bem old school, a paradinha é muito bem sacada, adoro sons bem preparados, não é um monte de riff atropelando um ao outro, tem uma construção rítmica concisa e forte, “The twin of Icon” é outra música portentosa, cheia de riffs, destruidora, porrada sem dó nem piedade, mais moderna, porém sem perder a essência característica dessa maravilhosa banda; “Magnificent Insignificance” começa e a sensação é de um tanque de guerra destruindo tudo por onde passa, pesada, e que gravação, você ouve tudo com muita nitidez, o som do baixo tá sensacional, ótima música também, o final com um toque de Gojira é a cereja do bolo, alias, não tem nenhum som mais ou menos nesse disco, todas músicas são muito boas, vale muito a pena a audição. O disco fecha com um Bonus Track “Guilt Trip” onde as guitarras acústicas mostram uma face de um Warshipper maduro, sem se prender a estilo e nem a porra nenhuma, fecham com chave de ouro esse álbum, que já é, na minha humilde opinião o melhor que a banda já fez (gosto muito do Barren), mas esse me surpreendeu demais e com certeza terá um espaço garantido na minha estante.

Curte Death Metal? Não ouviu ainda? Ouça, vale muito a audição desse disco Nota do editor (9/10).

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