O Warshipper, banda de Sorocaba (Interior de São Paulo), relança em um álbum para colecionadores seus dois primeiros discos e mostram que o Death Metal Nacional continua forte e bem representado. Aliás, o Brasil exporta muito bem o estilo, obrigado.
A banda, formada em 2011 por músicos experientes no cenário como o ex-Bywar, Renan Roveran (guitarra/vocal), o ex-Zoltar, Rodolfo Nekathor (baixo/vocal), Rafael Oliveira (guitarra) e Roger Costa (bateria), não se intimidaram com a Pandemia e mesmo em meio ao caos fecham com o selo Heavy Metal Rock, lançaram o excelente “Barren…” e agora nos presenteiam com esse box maravilhoso contendo no primeiro disco “Worshippers of Doom” e no segundo “Black Sun” consequentemente os dois primeiros discos da banda, bem envoltos em um box bem bacana com os encartes dos mesmos além de um pôster da banda, os fãs da banda vão se deliciar com esse lançamento.
Vou destilar um disco por vez, pois eles são bem distintos em sua musicalidade e assim podemos dar uma ideia do que vos espera. “Worshippers of Doom” é o primeiro registro dos caras, de 2015, foi gravado no Ponto Sonnoro Studio por Jr Jackes, Davi Dias e Ricardo Rodrigues, a arte da capa assinada nada mais nada menos que pelo Marcelo Vasco. “Into the Dystopia” é aquela Intro esperada, preparando para desgraceira que está por vir, “Warshipper” é riff atrás de riff, porrada na moleira sem dó, gosto muito nesse disco das conversas do baixo com as guitarras, são muito bem colocadas, assim como no próximo som “…And the Darkness Calls”, que tem uma levada mais densa, mas sem perder o peso, até os 15 do segundo tempo onde a pancadaria entra sem dó, “Theatrical Dissection” é a melhor desse primeiro disco na minha opinião, as linhas de guitarra e voz são excelentes, a bateria destrói tudo sem dó, música que você sem querer ouve de novo quando acaba, pois ela tem muitas variações rítmicas, a base dissonante, o solo é curto, mas é demais, seguimos com “Autumn Mist” é uma introdução bem bacana e prepara para a ótima “Paranormal Conection”, fraseada, cheia de riffs e dobras, mascada. Esse primeiro disco fecha com “Absense of Colors – The Obsolete” começa uma pancadaria sem só nem piedade e entra em um doom e assim vão alternando entre eles, bem sacada essa ideia, fechando com primazia esse excelente disco, ainda temos a mesma “Absense of Colors” em uma outra versão como bonus, vale a pena ouvir as duas.
O segundo disco do box e consequentemente o segundo da banda é “Black Sun” de 2017, gravado no Casanegra Studios por Rafael Augusto Lopes, arte da capa por Alcides Burn, que aliás é maravilhosa.
Esse disco vêm com uma sonoridade mais grave, densa, a Intro “Nemesis” propicia o Caos, “Glowworm Dragon” senta o cacete, desce a ladeira literalmente sem freios, mas quando você ouve a próxima música “Cry of Nowhere”, com seu começo bem denso e as variações dentro dela, as vezes bem Thrash, que faz você se pegar bangueando enquanto escreve essa resenha, que música foda, “Black Sun, pt. I,II,III” já de cara devo destacar a cozinha, o baixo e bateria em plena sintonia, a música vem crescendo, tem um solo animal e vemos aqui a grande diferença entre esse disco e o “Worshippers of Doom”, “Black Sun” é muito trabalhado, é elaborado, e por isso tínhamos que separar essas duas jóias. “Rebirth” vem na pegada, bumbos comendo solto, aliás o som de bateria desse disco está sensacional, “Abandonment” tem um refrão sensacional, a música vem numa pancadaria sem dó e desacelera, da hora, “Descending – Genesis & Ontogenesis” é uma música muito bem trabalhada, seguindo na tocada do disco, cheio de variações rítmicas, dobras de guitarra e baixo/ bateria comendo solto, “Deathblast Overhead” é uma introdução de guerra para ótima “M.E. 262” curta e grossa, a melhor na minha opinião, tem uma pegada hardcore nesse som que a torna incrível, aliás, as músicas desse disco são longas e você nem percebe isso, “Delusions of Grandeur” outra na categoria vamos banguear enquanto resenha, fechando o disco com chave de ouro temos ainda dois Bonus Track, “Atheist” e “Respect!” do excelente “Barren…” que conta com a participação da Fernanda Lira do “Crypta” nas vozes.
Finalizando, uma excelente banda, os caras estão na estrada e não param de compor, nesse meio tempo já lançaram o single “Hellraiser” cover do Motor Head e estão na estrada, já fizeram inclusive uma Tour pela Europa e estão correndo atrás do prejuízo pós pandêmico, pena não ter conseguido vê-los no Iglesia. Fica a dica de uma bela banda para audição e espero encontrá-los na estrada em breve, nota do editor (8,0).
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