Sábado, 18 de novembro de 2023, o sol escaldante toma conta de Joinville, mas não vira motivo para a ‘’galera de preto’’ perder um bom som e então, em torno de 700 pessoas tomam conta da Luna Live mesmo derretendo aos raios solares.

Antes de mais nada, gostaria de agradecer a toda equipe do Armageddon pelo apoio, ao Clóvis por todo apoio antes e após o evento, ao Sid do O Subsolo por nos deixar a par do início do evento, e a toda equipe to Cultura em Peso presente, o Manu por toda a sua ajuda e entrevistas, ao Carlos pela parceria nesta review e a Letícia pelas imagens. Também parabenizar a organização, que fez tudo acontecer, as bandas e ao público, que é quem torna tudo possível tanto no presente quanto no futuro. Haill! – Heide Luiza

Desde já agradeço a receptividade e cordialidade das bandas Uganga, Black Pantera e Desalmado com quem conversei um bom tempo, todos foram muitos educados e me trataram muito bem, vocês são um grande exemplo de como os artistas devem tratar seus fãs e admiradores. Muito obrigado galera!! – Carlos Romano

Na edição de 2023 do Armageddon, o local escolhido foi a casa de eventos Luna Live, localizada na cidade de Joinville, é um lugar amplo, climatizado (gratidão), área externa com alimentação, dois bares internos, boa receptividade logo na entrada e muito bem organizada.

Na parte do mezanino interno, se encontravam os merch das bandas, com diversas opções para os fãs das mesmas e para quem gosta de conhecer um pouco mais sobre cada banda adquirindo o que tinham em mesa.

Como foram 13 bandas em todo festival, o tempo de apresentação das 11 primeiras bandas foi limitado, em torno de 30 minutos de apresentação para cada formação, e este tempo fez perceber como estas bandas foram versáteis e diretas. Não deve ser nada fácil fazer um setlist com poucos sons e que possam criar impacto no público presente. Devemos parabenizar todas estas bandas que com grande garra, conseguiram em poucos minutos de apresentação mandar seu recado com muita seriedade e profissionalismo.

No último cartaz postado pela organização em suas redes sociais, houve a mudança repentina de horários de abertura das portas e início das bandas, o que acabou acarretando em atrasos de excursões e demais públicos. A equipe do Cultura em Peso chegou ao final da primeira banda, Finita, que iniciou pontualmente as 14H, enquanto as portas ainda se abriam, e terminou pouco antes das 14:30H.

Para dar abertura ao evento, Finita, é uma banda formada em 2010 e tem como influência musical o Death, Gothic e Melodic Metal. O grupo vem da cidade de Santa Maria/RS e com poucos shows realizados em Santa Catarina, está conquistando uma grande visibilidade e tomando o coração dos bangers com o vocal da integrante Luana feito com maestria e com cada composição instrumental que formam uma identidade única da banda. Em conversas com o público que já estavam no local e que tiveram a honra de prestigiar a banda, foi comentado sobre a nova música Gates of Oblivion, completando o show com Lucifer’s Empire, Doomsday, Valsa dos Exumados e Ascension.  – Heide Luiza

Dando continuidade para a segunda banda, Paradise in Flames, levou em torno de 20 min para dar início ao show, o que deu abertura para que o pessoal fosse entrando na casa e se posicionando a frente do palco no aguardo do grupo.

A banda de Black Metal é formada em 2002 e vem de Santa Luzia/MG, sendo um dos principais nomes na cena Brasileira, e apesar de alguns problemas técnicos e logo regulados, chama atenção logo no início do show com a integrante “O.Mortis”, vestida em uma capa com capuz, sendo segunda voz de um lírico fascinante. Nos últimos minutos houve um pequeno problema com o bumbo, porém, o grupo continuou o show a todo vapor e agitou os bangers a frente do palco tocando a música inédita “I fell the plague”, As escadas que levam à…, Galeria de arte do inferno, Unseen god, Dancer of the mist, Old Ritual to an ancient curse e Bringer of Disease foi a setlist da noite. – Heide Luiza

Paradise in Flames – Foto por Letícia Malaguez

Panécia, subiu ao palco as 15:10 hrs, o som chama muita atenção, a banda faz uma mistura pesada e contagiante, a banda originária de Jaraguá do Sul, já está na cena nacional desde de 2015, fez uma apresentação contagiante, o ponto alto da apresentação foi a Jam Session com a Lenda Marcello Pompeu do Korzus.  – Carlos Romano

Panaceia – Foto por Letícia Malaguez

Uganga, trazendo um relato pessoal, eu estava com muita expectativa para ver o Uganga, pois eu havia assistido à apresentação deles em São Paulo – SP, alguns anos atrás, na abertura do show do Corrosion of Conformity. Naquele dia eu ganhei do meu filho e meus amigos o vinil do Uganga – Opressor e a banda autografou prontamente e conversamos um pouco. A apresentação do Uganga sempre supera as expectativas, foi incrível fizeram um set extremamente pesado e rápido, a presença de palco desta banda faz toda a diferença, as letras são diretas e potentes, com a mensagem sempre dentro do nosso tempo. Após o show fui até a banda bater um breve papo e todos os integrantes me receberam muito bem, principalmente o Manu que quando contei para ele sobre a apresentação lembrou imediatamente de nós (eu e meu filho Igor de Melo Romano). Espero que vocês possam retornar mais vezes ao Sul do país para novas apresentações. Obrigado pela entrevista Manu, o Metal somos todos nós!!!!! – Carlos Romano

Uganga – Foto por Letícia Malaguez

Vindo do Paraná, Amen Corner foi formada em 1992 e trouxe consigo um Black Metal recheado de blasfêmia, ódio e anti cristianismo. O grupo dá início ao show trazendo os bangers que estavam afora e enche o interior da casa. Com seus solos bem elaborados, trazem algumas nostalgias do álbum “Jachol Ve Tehila” e agita a galera em Diabolic Possession. As músicas escolhidas pelo grupo foram: The Lords of Sodoma, Black Thorn, Diabolic Possession, Heir of Lust Heir of Pleasure, Leviathan Destroyer e The Sons of Cain.     – Heide Luiza

Amen Corner – Foto por Letícia Malaguez

Desalmado, quando a banda de São Paulo subiu ao palco, o público já estava muito empolgado com as apresentações anteriores, a banda foi espetacular fizeram um set coeso, pesado e avassalador, é impressionante a qualidade artística da banda e com as músicas apresentadas. Desalmado manteve o público animado para a continuação da festa. O show valeu cada segundo, inclusive pela atenção da banda com os fãs após o show.  – Carlos Romano

Desalmado – Foto por Letícia Malaguez

Surra, a banda santista fez uma apresentação com muita energia e agitada, o som Punk Rock prova que é possível viver harmoniosamente com o Metal. Eles arrebentaram e fizeram uma apresentação digna e direta, com músicas rápidas e letras questionadoras deixaram o público ligado no show. – Carlos Romano

Surra – Foto por Letícia Malaguez

Marcello Pompeu, a está altura a empolgação e ansiedade estavam a mil, a Lenda Marcello Pompeu do Korzus subira ao palco e logo de cara apresentou seu cartão de visita, o show foi impecável e Pompeu continua como antes, sempre empolgado, um verdadeiro Crooner, dominando o palco e o público. Nos dias de hoje e muito difícil encontrar artistas como Marcello Pompeu com carisma, comunicação e liderança. Parabéns Lenda, você fez e continua fazendo nossos dias melhores, Obrigado!!!! – Carlos Romano

Marcello Pompeu – Foto por Letícia Malaguez

Vitam et Morten, a banda colombiana estava pronta para apresentar seu Metal Extremo, com mais de 20 anos de atividade, a banda que já se apresentou com lendas do Metal como Sepultura, estava pronta para destruir na apresentação. Eles foram precisos e diretos. Uma surpresa para os fãs brasileiros. Foi uma apresentação bem interessante. – Carlos Romano

Vitam Et Morten – Foto por Letícia Malaguez

Black Pantera, especial e diferenciada, fizeram um show impecável, a mistura do som do Black Pantera e incrível, uma banda que realmente consegue fazer a perfeita mescla entre a música brasileira e a música pesada. As letras são implacáveis e falam de problemas que precisamos superar imediatamente, principalmente o racismo estrutural presente em diversas esferas de nossa podre sociedade. As músicas são pesadas e capazes de tocar nossa alma, a música Fogo Nos Racistas foi o ápice do show, eles conseguiram contagiar ainda mais o público presente. São exemplo da resistência e luta por uma sociedade melhor. No Armageddon, a banda correspondeu a todas as expectativas. Valeu Black Pantera, vocês são incríveis!!!!!! Jesus não era branco, não era ariano, a vida começou no CONTINENTE AFRICANO, Padrão é o Caralho… – Carlos Romano

Black Pantera – Foto por Letícia Malaguez

Dorsal Atlântica, Dorsal pisou no palco do Armageddon Metal Fest já arrebentando com o clássico Stalin, Carlos Lopes e banda estavam concentrados e fizeram uma das melhores apresentações da noite, Carlos Vândalo, com sua versão da guitarra baiana e sua voz potente fizeram o público vibrar com os grandes clássicos do Metal. O ponto alto do show foi a música Guerrilha onde os fãs cantaram juntos em perfeita harmonia. Carlos Lopes estava realmente inspirado nesta noite e com certeza foi uma das apresentações mais históricas do Dorsal. – Carlos Romano

Dorsal Atlântica – Foto por Letícia Malaguez

Diretamente da Noruega, uma das atrações mais aguardadas, a banda formada em 2015 por Olve Eikemo (ex Immortal), Abbath. Em meio a fumaça e luzes, o show inicia com problemas técnicos na regulagem do som, mas não sendo motivo para deixar os bangers parados, que fazem o show continuar. O grupo traz seu inconfundível Black Metal para a noite do Armageddon, mostrando o seu trabalho mais recente como faixas do álbum Dread Reaver, Abbath e Outsider. A galera está em peso pesado a frente do palco, assim como as composições de cada segundo das músicas. – Heide Luiza

Abbath – Foto por Letícia Malaguez

O público está todo adentro da casa, alguns atirados aos cantos após um dia inteiro de muita música boa, porém, todos no aguardo da última banda.

E para finalizar com chave de ouro com mais uma das atrações mais esperadas, um dos mais importantes nomes do metal mundial e comemorando seus 30 anos de estrada, Angra, vem de SP trazer o seu Power Metal para a noite do Armageddon. Suas composições unindo o metal com influências da música Brasileira criou uma identidade única para a banda, o vocalista Fábio Lione exalta em sua presença de palco. A sequência escolhida foi: Nothing to Say, Final Light, Tide of Changes, ANgels Cry, Vida Seca, Dead Man on Display, Rebirth, Morning Star, Ride Into the Storm, Cycles of Painm Waiting Silence, Carry on e finaliza com Nova Era. – Heide Luiza

Angra – Foto por Letícia Malaguez

 

Até a próxima, bangers! \../

 

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