Save the Planet, Kill Yourself é o novo álbum dos veteranos Albert Fish lançado numa edição conjunta entre Infected Records, Raging Planet, Zerowork Records, Firecum Records e Contra Records. Apesar de ao longo dos anos nunca terem deixado de lançar EP´s, singles ou splits, este trabalho será o 4º álbum de originais da banda. É também o 1º álbum de originais com Inês Menezes na voz (com exceção da regravação de Strongly Recommended, renomeado como Strongly Not Recommended), que se juntou à banda em 2018 trazendo uma nova dinâmica vocal.
Este disco debita punk rock rápido e melódico q.b. sem deixar de parte a agressividade necessária para transmitir a sua mensagem. Temas como “Walk It” ou “Fuck The Government” mostram bem essa agressividade, quer musical quer lírica! Durante “Save the Planet” o ritmo abranda um bocado tornando este um dos temas mais melódicos, mas a mensagem essencial está lá, o problema não é o planeta, somos nós e as nossas ações.
“Proud to be punk” surge como um hino e um ode, não só a um estilo musical mas a uma atitude e um modo de vida que nos diz tanto. Difícil de explicar e categorizar, é ter orgulho em se ser como se é, sem se olhar ao que os outros pensam. “We can be Everything” que aparece imediatamente a seguir e reforça a ideia da musica anterior: “We can be everything! Trough the fire of the soul” com um refrão bastante catchy e que fica no ouvido.
Save the Planet, Kill Yourself apresenta-se como um trabalho atual nos seus temas, abordando desde a dependência de se ser visto e aceite em “Social Media Influenza” que acaba por nos estupidificar, passando pelo alerta em como e o quanto somos controlados pelos grandes interesses no tema “Big Brother”. Ou ainda “Fuck Gender Roles”, tema bastante rápido com alguns riffs mais pesados e “metálicos” em que aquilo que se retém é que não importa a definição de género de cada um, ou como cada um se relaciona sexualmente, mas sim o que nos faz felizes.
“Braço de Ferro” é o único tema cantado em português e é uma grande malha punk rock cheia de garra e energia, com um refrão orelhudo mas cheio de power! “Ne Travaillez Jamais” é um tema curioso a começar pelo inusitado titulo em francês, nada como uma sonoridade mais rock´n roll para falar das adversidades diárias e da industria laboral.
“Lost Soul” mostra algumas influências mais metal e põe à prova a versatilidade e potência vocal da Inês!
Outro tema atual, pelas piores razões: “War Business” dispensa grande explicação em relação ao seu conteúdo, de qualquer forma é mais uma denúncia sobre a vergonha que são as guerras e os interesses económicos que envolvem.
E para fechar, “Destiny” um tema que se vier a ser tocado ao vivo promete momentos de sing along, é um tema que aborda como reagir à opressão daquilo que nos é imposto, seja pela família, religião ou sociedade. O futuro está na mão de cada um desde que o saiba controlar.
O concerto de apresentação deste álbum acontece já amanhã dia 10 de Maio no Tokyo-Lisboa com organização da Infected Records, bilhetes à venda em Unkind.pt e à porta no próprio dia.
Para ouvir e adquirir o álbum: https://infectedrecordspt.bandcamp.com/album/save-the-planet-k-i-l-l-yourself
