23 anos de carreira são praticamente uma vida, quais foram os principais momentos para a banda nesse tempo? Da para escolher só 3 como destaque?

Claiton: Olá Cultura em Peso, obrigado pelo espaço, então, posso destacar os shows de abertura do Shaman em 2003, do Grave Digger em 2008 e o lançamento do atual trabalho “The Tales Of Patheon”

 

3 discos ao todo, e um hiato largo de 2006 até 2019 sem gravações, o que forçou o grupo a ficar tanto tempo sem gravar?

Claiton: Com certeza foram as saídas de membros da banda e questões financeiras. Mas as idas e vindas de músicos tem um peso maior.

 

“The Tales Of Patheon” fala de gregos e romanos. Alguma admiração pelos Deuses antigos?

Claiton: Esse conceito foi adotado pelo ex vocalista, Marco, o qual foi o fundador da banda. Ele já havia traçado o roteiro. Também, já há alguns anos atrás, tínhamos realmente uma apreciação por esse conceito e achávamos que seria interessante abordar essa temática.

 

O que as letras trazem exatamente sobre os Deuses de panteões tão fortes culturalmente?

Claiton: As letras falam do poder e força dos deuses do Olimpo. Inicialmente o álbum teria 12 faixas, cada faixa abordando um deus. Mas com a saída do vocalista em meio às gravações, achamos que não seria interessante manter o projeto inicial, sendo que as duas faixas excluídas eram baladas.

A banda traz elementos em suas músicas que a tornam única e em um estilo muito exigente, o Heavy metal tradicional. Como funciona o processo de criação?

Claiton: As criações se dão de maneira individual primeiramente, o “start” começa com a criação de um riff, que normalmente é apresentado por um vídeo no nosso grupo de WhatsApp. Depois, no ensaio apresenta-se o riff e outros trechos. Escolhe uma temática, que no próximo álbum abordará vários temas como conspirações, mundos distantes e energia como um espírito, alma, alguém se encarrega de fazer a letra e aos poucos, com o envolvimento de todos vamos lapidando as músicas.

 

Para quem está iniciando, o que não fazer?

Claiton: Penso que o principal é não perder o foco, não deixar se desestimular e não seguir ideias e conselhos de alguém que nunca produziu nada.

 

Vocês iniciaram as atividades em 1996, passaram por toda a transformação da internet a guerra entre Microsoft e Apple, mas a entrada do Linux e de todas as plataformas digitais. Da dita k7 ao mp3, como a banda vê todas essas mudanças?

Claiton: Ainda estamos tentando nos encontrar nesse meio digital, não é fácil, as coisas andam muito bem, quando se tem uma equipe que possa fazer determinados trabalhos pela banda e com toda certeza, capital financeiro. Se tivéssemos toda essa estrutura a uma década atrás, talvez nossa história fosse outra, as mídias físicas persistem para os mais exigentes, mas entendemos que é necessário se adequar as novas tecnologias para que nosso som possa conquistar espaço. Ter o mínimo de aptidão com os meios de informações digitais é primordial.

 

Jogo rápido:

4 bandas nacionais: Dr. Sin, Angra, Sepultura e Vlad V;

4 bandas internacionais: Death, Metallica, Rush e Black Sabbath;

1 CD: “Master of Puppets”

1 livro: “As Brumas de Avalon”

Heavy Metal: Energia, Fúria e Felicidade;

Família: Meu porto seguro. A razão de minha existência;

Beltane: Minha história, minha vida. O que eu mais gosto de fazer na vida. Tocar no Beltane.

 

Quem produziu o CD? Capa? Mixagem e gravação? E como se deu a escolha?

Claiton: A bateria captada no estúdio 1250 pelo Arthur Pöttker, em Irati/PR, as cordas e vocais no estúdio Do It Music Center em Ponta Grossa pelo Leandro, mixagem e masterização em Curitiba pelo Allysson Irala. Não lembro o nome de quem produziu a capa, mas era um contato do antigo vocalista. A escolha foi pensada por ele, Marco, conforme os deuses do Olimpo. Queríamos que ressaltasse a questão dos agroglifos na capa e isso foi decidido pela banda toda.

Contatos:
Claiton – (42) 99942 0490
Marcelo – (42) 99916 8025
Sangue Frio Produções – (46) 98838 7204
E-mail: [email protected]

 

Mensagem final:

Claiton: Muito obrigado a todos pelas boas vibrações emanadas à banda e por terem acreditado no Beltane. Essa energia é a força motriz, que nos move e faz o Beltane continuar na sua luta. Um abraço.

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