Olá Julimar. Bem foda fazer essa entrevista com você cara. Como estão as coisas por ai em Sete Lagoas? Infelizmente o movimento aqui deu uma caída, o corpo de bombeiro está interditando todos locais que existiam para fazer shows. Isso faz a cena dar uma caída. Mas existem bandas que estão trabalhando sério, e muitos músicos se destacando na cena, por exemplo, Felipe Jeferson que fez uma turnê pela Europa com a banda Emincence e o Bruno Paraguay que está mandando os vocais no Eminence também. Os instrumentistas estão mais técnicos. E hoje em dia existem três bares underground na cidade, onde sempre está rolando uns rock’n roll no mínimo.

O Embalmed Alive é uma banda que está na ativa há algum tempo. Quando vocês começaram a tocar? Quais as diferenças que você percebe no cenário atual para o cenário de quando vocês começaram a tocar?

O Embalmed Alive começou seu trabalho em 2001. O cenário nessa época era mais unido, e também rolava muito mais show underground. A vinda de bandas gringas como Iron Maiden, Heaven and Hell, Motorhead etc… fez a galera do meio ficar mais quebrada ($$$). Uma vez tocamos no Brutal Devastation, dividimos o palco com outras 15 bandas, e só banda de nome como: Headhunter DC, Lustful, Pathologic Noise, Ocultan, entre muitas outras bandas de vários estados. Hoje a galera tem que ter R$300 (ingresso) para ir a um show e ver duas bandas no máximo, sendo que antes se pagava 15 reais para 16 bandas!!! Eu prefiro shows undergrounds com bandas nacionais, a gente se sente mais em casa.

O que os motivou a tocar um som extremo como o deathsplatter? Ao escutá-los ao vivo, podemos perceber uma forte pegada de Cannibal Corpse no som de vocês. Quais são as outras bandas que influenciaram e influenciam o som do Embalmed Alive?

O que nos motivou a tocar death splatter foi realmente as influencias musicais, escutavamos muito sons nojentos como: Mortician, Intestinal Disgorge, Disgorge (USA), Flesh Grinder, Brutal Truth, Napalm Death…As que influenciam hoje em dia é: Dying Fetus, Aborted, Deeds of Flesh, Cephalic Carnage etc…

E seguindo o estilo de muitas das bandas citadas, as letras do Embalmed Alive são voltadas para os temas porn, gore, splatter? Existe algum outro tipo de temática na letra de vocês?

Sim, assim como as bandas que nos influenciaram na parte sonora, a nossa temática também foi bastante influenciada no início da banda, e continuamos seguindo essa mesma linha porn/gore/splatter até hoje, porque é um tema que achamos muito interessante ecom o qual nos identificamos muito. É uma linha onde não falta inspiração. Nos dias atuais nos deparamos com siituações cada vez mais grotescas, podres e obscenas e isso nos estimula a escrever letras nesse estilo.

E a respeito das mudanças de formação. Porque elas ocorreram? Isso afetou o som da banda em algum sentido? Como você percebe o estágio atual de composição de músicas do Embalmed Alive?

As mudanças ocorreram, acho que todas elas, por uma falta de entusiasmo e empenho por parte dos membros que saíram. Todas ocorreram de uma forma tranqüila e somos brothers dos caras que tocavam com a gente até hoje, infelizmente eles tiveram seus motivos e optaram por não continuar com a gente. Acho que isso é comum na maioria das bandas. As mudanças influenciaram claramente o som da banda. Na minha opinião o nosso som ficou mais extremo e mais splatter mesmo, se comparado com o som da nossa gravação feita em 2003. Cada pessoa que passa a fazer parte do Embalmed, querendo ou não, traz pra banda um pouco de suas preferências musicais, e isso acaba influenciando no som final.Acho que tivemos uma boa evolução, estamos com um som mais rápido, com mais variações nos vocais, e pra mim, está melhor agora. E uma coisa importante também é que mantivemos a mesma linha e continuamos com a mesma proposta, a proposta de fazer um deathsplatter dedicado a todos apreciados deste estilo, no underground…

Quais são os materiais lançados do Embalmed Alive? Para quem tiver interesse, há como pegar o material de vocês?Vocês tem lançamentos futuros previstos? Estão trabalhando com algum selo ou gravadora?

Nós até hoje só temos um material gravado. É a nossa primeira demo gravada em 2003 em BH, com quatro músicas. Se alguém quiser adquirir o material é só entrar em contato com a gente, embora a gente não tenha divulgado esse material muito ultimamente por ele estar um pouco desatualizado. A gente está sempre prevendo uma nova gravação que nunca chega…kkkkkkk… o motivo é sempre a falta de grana. Somos uma banda independente, como tantas outras, e temos que juntar a nossa própria grana pra bancar as gravações. Acho que isso é que mais atrasa a nossa segunda gravação. Mais um dia ela ainda sai. Atualmente não estamos trabalhando com nenhuma gravadora ou selo.

Um assunto que você abordou anteriormente,foi a questão da cena atualmente estar um pouco enfraquecida devido, por exemplo, a escassez de lugares para tocar. Em sua opinião, quais os motivos que causaram isso e o que as pessoas que se envolvem de um modo geral com o underground poderiam fazer para tentar reverter esta realidade?

O som alto, as brigas que as vezes acontecem na porta e dentro do show, “metaleiros” quebrando garrafas de vinho, isso tudo eu já vi acontecer. O que poderia mudar na minha opinião é, parar com essas brigas quem tem entre um estilo e outro, se o estilo é metal, deviam todos se unir e fortalecer a cena.

Mas você concorda que a vinda de bandas de grande renome mundial como Motorhead e Iron Maiden, até mesmo o Carcass como no ano passado, auxilia a manter o pessoal unido em prol do som pesado?

Ajuda manter o pessoal unido sim, temos muita coisa para aprender, e vendo esses caras tocando ao vivo, agente aprende algo novo a cada show grande que vai.

Vocês tem tocado com grandes bandas do cenário nacional como o Pathologic Noise e o Lustful, Rompeprop (Holanda), Isacaarum (Republica tcheca). Como tem sido esta experiência? Quais outras bandas você destacaria do cenário nacional e internacional, que tem chamado bastante sua atenção?

É muito bom e importante para o amadurecimento da banda.
bandas nacionais: Flesh Grinder, Anopsy, Ass Flavour, Lastima, Violator, Torture Squad, Pathologic Noise, Gag on My Cook, Expurgo, Sarcastic, Necroterio, cenario internacional: Carcass, Putrid Pile, Disgorge (USA), Cannibal Corpse, Devourment, Cephalic Carnage, Beneth the Massacre, Napalm Death, Nasum, etc…

Valeu pela entrevista ai Julimar. Deixe uma mensagem final para os leitores do Cultura em Peso e também os contatos com o Embalmed Alive.

Hail leitores, valeu pelo tempo cedido á leitura deste, interessados em algum material da banda, entrem em contato com o MSN, E-EMAIL [email protected] , Obrigado ao zine Cultura em Peso por apoiar a cena… e por nos ceder o espaço.

 

 

 

Entrevista realizada por egon

Facebook - Comente, participe. Lembre-se você é responsável pelo que diz.
Artigo anteriorFormação ou Deformação?
Artigo seguinteEnd Of Pipe
Cremo
Sejam bem-vindos ao meu mundo onde a música é pesada, a arte visual é uma paixão e a tecnologia é uma busca incessante pela excelência. Sou um aficionado por Death, Thrash, Grind, Hardcore e Punk Rock, trilhando os ritmos intensos enquanto mergulho no universo da fotografia. Mas minha jornada não para por aí; como programador e analista de segurança cibernética, navego pelas correntes digitais, sempre sedento por conhecimento e habilidades aprimoradas em um campo em constante mutação. Fora do reino virtual, vibro intensamente com as cores do Boca Juniors, e meu tempo livre é uma mistura de leitura voraz, exploração de novos lugares e uma pitada de humor. Seja nas areias da praia, nas trilhas das montanhas, acampando sob as estrelas ou viajando para terras desconhecidas, estou sempre pronto para a próxima aventura. E claro, não há nada que eu ame mais do que arrancar um sorriso do rosto das pessoas com minhas piadas e brincadeiras. Junte-se a mim nesta jornada onde a música, a tecnologia, o esporte e o entretenimento se entrelaçam em uma sinfonia de diversão e descobertas. E lembrem-se: Hail Odin e um firme 'foda-se' ao fascismo e ao nazismo!