Há exatos 29 anos, a banda Hole, liderada pela vocalista, guitarrista e compositora Courtney Love, lançava Live Through This, um álbum que já nasceu clássico por vários motivos. Quem era adolescente (como eu) na época, vibrou com a sonoridade perfeita do que se podia chamar na época de ‘rock feminino’, pois não era comum ver a mulherada tocando o horror nos palcos. Destaque para as músicas “Dolls Parts” e “Violet”, que soavam como um soco no nosso estômago com suas microfonias, ruídos e gritos. Ao todo, o segundo álbum da banda vendeu mais de 2 milhões de cópias.
Com influências punk, Hole pode ser classificada como uma banda de rock alternativo. Mas é impossível desassociar Hole às polêmicas envolvendo a vocalista, viúva de Kurt Cobain. Curioso também é o fato que o álbum foi lançado no mesmo ano da morte do vocalista do Nirvana (1994). Enfim, muita confusão rolou com Courtney e Hole ao longo de sua carreira, já que Courtney ainda estava envolvida com Kurt no tumultuado relacionamento deles. Rolou tragédias sérias, entretanto, como cancelamento de turnês, e até a morte da baixista Kristen Pfaff por overdose de heroína (droga sempre presente), além de diversas mudanças e desentendimentos. Mas também uma série eventos positivos, como a topo nas paradas, indicações a prêmios e o fato da revista Rolling Stone ter nomeado Live Through This como o melhor álbum de 1994 e, posteriormente, como um dos melhores álbuns de todos os tempos, na lista The 500 Greatest Albums of All Time.
A influência de Hole na forma como o rock começou a incluir as mulheres é grande e significativa para o feminismo. Apesar da banda ter durado uma década, sua influência no som feito por mulheres segue vivo até hoje.
As músicas do disco:
“Violet”
“Miss World”
“Plump”
“Asking For It”
“Jennifer’s Body”
“Doll Parts” (Courtney Love)
“Credit In The Straight World” (Stuart Moxham)
“Softer, Softest”
“She Walks On Me”
“I Think That I Would Die” (Courtney Love, Eric Erlandson, Kat Bjelland)
“Gutless”
“Rock Star”