A 2ª noite do Infected Fest foi tão ou mais animada que a primeira noite, com as prestações dos Bastardos do Espirito Santo, Crab Monsters e a fechar a noite, os madrilenos Grippers. De salientar a presença na sala de algumas crianças que acompanhadas dos pais assistiram a um grande espetáculo de punk rock, já que é “de pequenino que se torce o pepino”!

De Lisboa e com um álbum lançado recentemente na bagagem chegam os Bastardos do Espirito Santo. Com um Punk Rock old school bastante politizado, afirmaram logo de inicio essa vertente, exibindo uma bandeira da Palestina colocada sob a bateria. “Manifesto do Partido Consumista” é o disco de estreia da banda e foi lançado este ano, servindo este concerto de certa forma para divulgar o álbum. Como é habitual, trabalho novo tem mais destaque no set das bandas e para os BES não foi exceção, “Bastardo” é o tema de abertura do disco e foi também aqui o tema que deu inicio ao concerto. Seguiram-se mais alguns temas do álbum como “Parece Suicídio em Massa, mas Chamam isso de Capitalismo”, “O Último Bolchevique” ou “Quinze Anos no Cavalo”. A meio do set surge “Sionistas = Nazis” que vem justificar a bandeira Palestina e mostrar que estão contra o que se está a passar no médio oriente. Para finalizar a sua atuação tocaram ainda “Armados para Permanecer, Nunca vão Mudar” que neste caso é também a ultima faixa do álbum.

 

Bastardos do Espirito Santo | Photo @aliveandclikin – @culturaempeso
Setlist
Bastardo
Parece Suicídio em Massa, mas Chamam isso de Capitalismo
O Ultimo Bolchevique
Quinze Anos no Cavalo
Saltillo (Revolta e Rebelião)
Pálido Ponto Azul
Estrada de Fogo
Sionistas = Nazis
Acordes de Guerra
Historia Triste
Armados para Permanecer, Nunca vão Mudar

 

A banda que se segue já têm a fama de dar concertos arrasadores, e fazem questão de ter o proveito também. De Castelo Branco os Crab Monsters tomaram conta do palco do Tokyo Lisboa com o seu Rock n´Roll a 300 kms/h. Esta designação simplifica as coisas e assenta-lhes que nem uma luva! “Stage Chaos” foi o tema de abertura e na realidade caos em palco foi uma constante ao longo da atuação da banda.

Com três álbuns na bagagem não foi difícil oferecer um set diversificado e abrangente, “High On Guts” de 2019, “Piss Wizard” de 2021 e “Shovel Headshot” de 2023 foram bem representados nesta noite. Temas como “Rock n´Roll”, “Good Home” ou “Naked Alive” fazem a banda recuar ao primeiro disco, passando também por malhas como “Piss Wizard”, “Oh Fuck” e “Flat Earth Squirt” do seu segundo trabalho. Shovel Headshot (que teve review feita por nós:https://culturaempeso.com/crab-monsters-review-de-shovel-headshot/) conta com cerca de um ano de vida e esteve devidamente representado em temas como “Permanent Purge”, “Feed On Violence Ocd”, “Shovel Headshot” entre outros. No meio de tanto stage caos houve espaço ainda para o tradicional “rachamento de cabeça” com o microfone, por parte do frontman Tiago “Granada”, ou nem seria um concerto de Crab Monsters sem essa parte!

 

Crab Monsters | Photo @aliveandclikin – @culturaempeso
Setlist
Stage Chaos
Violent World
What Was Needed
New Wave Depression
License Man
Permanent Purge
Can´t Even See You
Piss Wizard
Rock N´Roll
Good Home
Shovel Headshot
Oh Fuck
Feed On Violence Ocd
Naked Alive
Shit Spit
Flat Earth Squirt
Explosives Down Your Racist Friend´s Throat
Uncomplicated Man
Monsterizer Party Zone

 

A única banda internacional deste evento ficou com as honras de encerrar a 2ª noite. Os Grippers que já nos tinham visitado este ano para duas datas, vieram repetir a dose tal foi a aceitação do publico português ao quarteto espanhol. O power de um concerto da banda não é fácil de descrever completamente por palavras, correndo o risco de não se ser justo, por isso nada como não os perder da próxima vez que voltarem! Este concerto fez parte da tour de apresentação do ultimo álbum Complicity Is A Weapon lançado em Abril deste ano, e que foi tocado na integra embora não pela mesma ordem do disco nem de forma sequencial. O trio de temas “Never Surrender”, “The Flame” e “Black Tears” abriram com grande pujança esta atuação.

Rachel é incansável na voz e no baixo, com um postura super dinâmica enquanto frontwoman, isto claro sendo devidamente apoiada nessa dinâmica pelos guitarristas Ale e Markitos que se encarregam também das backup vocals. Do álbum de 2016, Addiction, foi tocado o tema com o mesmo nome e mais tarde já na reta final “Keep On Rollin” e “Suburban Rats” viriam a encerrar definitivamente o concerto dos Grippers. Foram feitas as despedidas e os devidos agradecimentos, a todos os presentes em geral e em particular à Infected Records por estas oportunidades de poderem tocar por cá. É muito provável que se tornem frequentes estas visitas, a admiração da banda pelo publico português é reciproca e Madrid fica já ali ao virar da esquina!

Grippers | Photo @aliveandclikin – @culturaempeso
Setlist
Never Surrender
The Flame
Black Tears
Spit In Your Face
Broken Boots
Red Wine and Roses
STU
The Void
Addiction
Squad
Call Of The Wolves
Defiance
The Fool
Keep On Rollin´
Suburban Rats

 

 

Como nota final fica o agradecimento à Infected Records, pela oportunidade e por continuar a apostar nas bandas, e a manter o underground vivo!

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