1- A pergunta que não se cala, porque o Lost In Hate vai acabar? O que levou essa decisão pesada?
Acho que nós finalmente chegamos em uma fase decisiva pra banda, se dedicar de forma muito mais intensa e colocar a banda realmente a frente de tudo que a gente faz ou nos concentramos nos nossos trabalhos, família e etc; nós não conseguimos conciliar tudo e alguns de nós tinham outras prioridades, como nós sempre fomos uma banda muito unida e com um proposito muito forte, decidimos encerrar a banda ao invés de mudar de formação ou não conseguir nos dedicar de forma única.
2- O DVD será um presente de despedida para os fãns?
Na verdade acho que mais isso, será um registro de tudo que a gente fez até hoje, um presente pra eles e pra nós também, um marco na nossa história.
3- Qual a expectativa para o Porão do Rock? Tocar em casa ainda mais em despedida?
A gente até então está bem tranquilo mas sempre rola uma ansiedade, por ser nosso último show, por ser em um dos maiores festivais independentes do Brasil e acho que é de consentimento geral de quem tem banda no DF e região, todo mundo que tem uma banda no DF sonha em tocar no Porão, o festival tem um peso enorme, com várias atrações de peso, então tudo isso significa muito pra nós.
4- Como foi a tour com o Comeback Kid?
Foi a realização de um sonho, quando nós imaginaríamos que estaríamos lado a lado com a banda que nós escutamos desde a nossa adolescência? Foi incrível presenciar os shows e conseguir absorver um pouco daquela energia e experiência, foi algo que todos nós levaremos para sempre conosco.
5- Após o termino da banda, já existe algum projeto sendo formulado para permanecer na música?
Sim, nós temos nossos projetos fora o lost, o Fabio já está tocando a algum tempo na As verdades de Anabela que é uma banda de peso e também vai tocar no PDR, o Bruno toca com Sinco que é um projeto mais groove e tem feito um trabalho bem legal, eu (kenji) e o Well estamos montando um projeto novo que logo menos vai estar por ae.
6- A cena da capital nacional sempre teve nomes fortes, como vocês vêem a cenal atual de Brasília? Houve mudanças com o passar dos últimos 10 anos?
Acho que Brasilia tem um nicho musical muito grande e diversificado, nós sempre temos grandes nomes na música como o Hamilton de Holanda, Ellen Oléria e outros na MPB, no rock nós temos o Scalene, Dona Cislene, Etno, Galinha Preta e vários outros que vem fazendo um trabalho exemplar e conquistando um público cada vez maior, as mudanças são naturais e necessárias, nos podemos ficar dependendo do que aconteceu no cenário musical do DF nos anos 80, eles foram sim de grande importância para a música brasileira mas acho que temos nossa própria identidade e temos conseguido trabalhar de forma eficiente.
7- Jogo rápido:
4 bandas nacionais: Sepultura, Project 46, Worst e DPR.
4 bandas internacionais: LionHeart, While She Sleeps, The Ghost Inside, Comeback kid
1 livro: Clube da luta.
1 cd: Chaos A.D – Sepultura
Project46: Maior nome do cenário atual, exemplo de profissionalismo e competência.
Metalcore: Difícil rotular porque acho que dentro da mesma vertente existem outras divisões mas surgiu como uma nova cara do metal moderno.
Brasil: País com muito potencial, subjugado, explorado de forma negativa e vive um momento politico muito delicado.
Violência: Presente de forma constante do dia a dia do cidadão,tanta que chegar a ser banal.
Políticos e sua política: Pessoas que dão suporte a interesses empresariais e ao lucro, tentam privar a população de acesso a informação e direitos básicos, precisamos de uma profunda e geral reforma politica.
Uma frase: “Seja a mudança que quer ver”
8- Refletindo sobre toda a trajetória da banda, qual foi o aprendizado conquistado nesses 8 anos?
Que somos capazes de algo que nunca imaginamos que fossemos conquistar, que vale a pena acreditar nos seus sonhos e que a mudança e esperança começa em pequenos atos.
9- Oque a Lost In Hate tem a dizer a todos os fãns que sempre acompanharam vocês, e que poderão ainda ver uma última vez no Porão do Rock?
Muito obrigado por todo o apoio que nos foi dado, cada sentimento, cada abraço, cada palavra e cada momento que nós compartilhamos juntos, levaremos com nós em todos os momentos esse carinho e essa energia, esperamos ver todos vocês para compartilharmos de tudo isso uma última vez!
10- Contatos e merchan:
Facebook.com/lostinhateofficial
11- Mensagem final aos leitores do CEP:
Sozinhos nós não mudamos o mundo, mas nós começamos, acredite em você, no seu potencial e que o céu é o limite, façam suas vozes serem ouvidas e apoiem uns aos outros porque ninguém cresce sozinho, temos espaço para todos e sempre podemos aprender algo com quem está ao nosso lado.
Muito obrigado a galera do CEP, pelo espaço e oportunidade, continuem o bom trabalho.
Lost In Hate