Banda de Street punk de Salt Lake City, Utah, formada em 1995, lança seu quarto álbum de estúdio “Where Do We Go?”, produzido por Jesse Struggle (Endless Struggle), mixado e masterizado por Andy Patterson (Negative Charge) gravado no estudio The Boar’s Nest e lançado pelo selo Recidivist Records.
O Endless Struggle se formou originalmente em 1995, depois que Magoo deixou a banda Total Chaos. Voltando a Utah, Magoo convocou Bobby para cantar os vocais, Greg para tocar baixo e T-Roy para tocar bateria. Depois de dois shows, eles adicionaram Jesse na segunda guitarra. Depois de uma turnê pela costa oeste, Jake Casualty pediu a eles que começassem a gravar músicas para sua gravadora, Charged Records. Eventualmente, a banda assinou com a A-F Records e lançou um álbum. Eles se separaram em 2006, voltando em 2010 com os membros originais Bobby e Jesse. Eles adicionaram o baixista Derwood que começou a tocar com a banda em 2003, Tay na bateria que tocou com a banda em 2005 e um novo guitarrista Robbie.
Esse novo disco demonstra uma grande evolução musical da banda, trazendo uma sonoridade um pouco mais melódica e agressiva em comparação aos trabalhos anteriores, surfando entre influências, desde o crust punk(Casualities, G.B.H.) até o Hardcore mais na escola californiana(Bad Religion, Adolescents)!!! O disco começa com a faixa “Stand Up” apresentando diretamente ao ouvinte a proposta principal da banda neste álbum que seria entregar um som agressivo, com alguns riffs melódicos, porém nunca deixando de lado a agressividade do Crust Punk, na qual a banda sempre desenvolveu; emendam com “No Reason”, Riffs melódicos, aliás, vários sons desse disco tem esses riffs melódicos demonstrando, mais uma vez, a evolução da banda em questão de melodia; “Bleed” é a próxima, potente, nessa faixa a banda explora bastante os backing vocals dando uma grande sensação de protesto que esperamos em um bom e velho Punk Rock; “Schemes and Lies”, escutamos aqui um som bem da escola Punk inglesa, bem trabalhada pela banda inclusive, “Oxygen” começa com um alguém exclamando:”Don’t let them bury me, i’m not dead!”, basicamente o que a banda sugere em sua mensagem nessa música: “Não nos enterre, pois estamos vivos!”, “Scars”, porrada na cara, essa é aquelas que dá vontade de sair pulando pela sala, a base desse som é bem na linha do Casualities, o refrão também é muito bom, curti muito esse som, na minha opinião é a melhor desse ótimo disco, “Apathy” é a cara do Endless Struggle, sem massagem, Hardcore rápido e agressivo até o osso,“You’re Not Alone” tem um clima mas já logo de cara entra pesada, aliás, a gravação desse disco tá linda, destaco a bateria com o bumbo comendo solto e os efeitos infringidos pela guitarra no decorrer da música, “Black Hat Man” tem um som bem na mesma pegada da faixa anterior, detalhe pro baixo dessa música que é contagiante, “Where Do We Go?” é a faixa título do álbum, Hardcore pegado, riffs melódicos e um refrão contagiante integram essa faixa, “By my Side”, Mosh e muito Stage Diving, tipo ninguém fica parado, refrão forte, destaco também o solo de guitarra que compõe a faixa, “Thin Blue Lie” bem trabalhada, mesclando entre, introdução, efeitos sonoros, Hardcore e muito, mas muito gritos de protesto! e o disco é finalizado com “False Freedom” , bem ao estilo do Endless Struggle.
Finalizando, o “Endless Struggle” novamente nos brinda com um ótimo disco mantendo o seu característico estilo, porém mais técnico e melódico. Apesar da banda já ter alguns anos de carreira, eles vêm com esse maravilhoso disco provando que, como vinho, vão ficando melhores com o tempo, se você ainda não ouviu, faça esse favor a você, Hardcore Punk na veia, nota do editor (9,0).
links:
Spotify: Spotify – Where Do We Go?
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