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Vagos, reconhecida como a capital do metal em Portugal, foi palco de mais uma edição do Festival.
Com um cartaz menos ambicioso do que em 2022 e com foco nos headliners, a presença do público foi significativamente menor em comparação com a edição anterior, algo que foi evidente.
Por outro lado, os fiéis seguidores do festival mantiveram a festa em um patamar elevado, e a produção entregou o melhor que estava ao seu alcance.
Sepultura, Alestorm, Belphegor compunham uma tríade de nomes mais esperados, e logo ao lado Dieth a sensação do metal europeu atraia olhares.
Não choveu, no entanto, o vento esteve presente, e o clima permaneceu favorável durante os três dias do evento.
Foi evidente uma maior organização no acampamento em comparação ao ano anterior, com maior limpeza, e este ano incluindo também a opção de Glamping.
No local do evento, notou-se a ausência de cerveja artesanal, o que gerou reclamações da maioria das pessoas. Por outro lado, houve um aumento nas opções de comida e lanches.
Houve também alguns atrasos e as vezes shows um pouco adiantados do horário, que confundiram parte do público.
Dia 1
Dragon’s Kiss
Os algarvios Dragon’s Kiss abriram as hostilidades no palco Hidromel Lucitanea com um público ainda tímido mas já um pouco composto. Apresentaram o seu mais recente trabalho “The Last Survivors” e, apesar do vento, que perturbou bastante a qualidade sonora em todos os concertos, a banda esteve à altura e abriu o festival sendo muito bem recebidos.
Dagara
Apesar dos ventos intensos, a banda conseguiu manter sua sonoridade, embora tenha sido um pouco afetada. Isso não impediu que demonstrassem a excelente qualidade de seu hardcore robusto e envolvente, enriquecido por fortes influências do metal.
Os elementos climáticos não conseguiram abalar a entrega da banda, que perseverou com sua poderosa mistura de estilos, destacando-se pela entrega de apoio do público que batiam palmas , abriam rodas e acompanhavam a banda.
Vendetta FM
Os espanhóis Vendetta FM regressam a Vagos, abrindo o palco principal Sublimevilla trazendo o mais recente álbum “Apologia del Fracaso”. Um concerto que chamou bastante público, em que o vocalista não se poupou em iniciar o crowdsurfing que se estendeu a todos os restantes concertos ao longo dos 3 dias, até com os seguranças do evento a participar!
Besta
Um dos nomes mais pesados do cenário nacional, os grinders do Besta sacudiram o palco Hidromel. Com um poderoso grind e um Paulo Rui performático o grupo de Lisboa abriu com “Vermes”, “Cravado em lume negro” e “Aposto do Terror”, abriram-se rodas e o mosh foi garantido.
Paulo sempre a mandar beijos a plateia, interagia e mantinha um público ativo que demonstrava porque a banda é um nome importante no pais.
Destaque para “Herança Macabra”. Infelizmente a banda não tocou músicas do seu novo disco “Terra em desapego”.
Texto Iúri
Belakor
A banda de melodic death metal Be’Lakor, não desiludiu os fãs presentes que ansiavam pela estreia dos australianos em Portugal. Começam com “Roots to Sever” do álbum “Vessels” e passando por vários temas dos álbuns “Stone’s Reach” e “Of Breath and Bone” terminando com o tema “Countless Skies” agradecendo em Português.
Setlist:
Roots to Sever
Venator
Abeyance
Valence
Countless Skies
Dieth
David Ellefson, ex-integrante do Megadeth, juntamente com Guilherme Miranda, que passou pela banda Entombed A.D., e Michał Łysejko, ex-membro do Decapitated, formam um trio de destaque. Mesmo antes do lançamento de sua primeira música, eles carregavam consigo uma aura imponente de peso, intensidade sonora e curiosidade, deixando no ar a expectativa do que esse novo trio traria ao universo do metal.
Esses três renomados músicos trouxeram suas vastas experiências e influências para criar um som explosivo e envolvente, repleto de qualidade musical.
No Vagos, a plateia estava ansiosa para testemunhar o que eles trariam ao palco, pois o álbum por si só já se destacava. A Napalm Records lançou um dos projetos mais prolíficos e pesados de 2023.
Guilherme Miranda deu o pontapé inicial com “To Hell and Back“, seguindo a ordem do álbum de forma inalterada. Além de compartilhar anedotas sobre sua mudança para Portugal, Guilherme procurou interagir com o público, que compartilhava a mesma língua.
Destaque para “Heavy Is the Crown“, e ficou a certeza que a banda alçará grandes voos, experiência não faltam.
Alestorm
A quantidade imensurável de festivaleiros vestidos de pirata e envergando espadas ou bandeiras de pirata, tanto no campismo como no recinto, criou-nos uma grande expectativa para o que seria o concerto de Alestorm. Com um “patinho” de borracha insuflável gigante e vestidos a rigor, os escoceses não desiludiram e cumpriram com todas as expectativas.
Abrindo com “Keehauled”, o público não se conteve e de imediato se lançou ao mosh pit e ao crowdsurfing. A energia foi palpável e até tivemos direito a um cover da “Hangover” de Taio Cruz, dúvidas houvesse de que isto é uma festa.
Setlist:
Keelhauled
No Grave But The Sea
Alestorm
Under Blackened Banners
Hangover (cover Taio Cruz)
Mexico
Magellan’s Expedition
P.A.R.T.Y.
Captain Morgan’s Revenge
Shit Boat (No Fans)
Drink
Zombies Ate My Pirate Ship
Fucked With An Anchor
Sacred Sin
Os lisboetas Sacred Sin apresentaram uma vasta parte da sua discografia, passando por temas do seu último álbum “Storms Over The Dying World” como o tema com o mesmo nome, “Hell is Here” e “Perish in Cold Ambers”. Abrir para os cabeça de cartaz nunca é tarefa fácil mas os Sacred Sin não desiludiram e aqueceram o público com a sua energética presença.
Setlist:
Intro
Gravestone Without Name
Born Suffer Die
Storms Over The Dying World
The Shades Behind
Ghoul Plagued Darkness
The Chapel of the Lost Souls
In the Veins of Rotting Flesh
Eyemgod
Hell is Here
Vipers – Rise from the Underground
False Deceiver
Perish in Cold Ambers
Darkside
Seal of Nine
Sepultura
Sepultura merece ser exaltada por sua trajetória marcante na cena musical. Com uma carreira que se estende por décadas, o Sepultura se estabeleceu como um verdadeiro ícone do metal, conquistando corações e mentes em todo o globo. Sua busca incessante por evolução musical e suas letras profundas refletem um comprometimento notável com a expressão artística e a exploração emocional. Do palco aos estúdios, o Sepultura continua a demonstrar sua maestria, consolidando sua posição como uma força influente e inspiradora no metal mundial.
No palco de Vagos, a banda priorizou a execução de faixas do seu mais recente álbum, “Quadra”, que silenciou definitivamente a maioria dos críticos.
Para aqueles que tiveram o privilégio de testemunhar a banda ao vivo pela primeira vez, puderam constatar o impacto avassalador da performance do grupo, a potência vocal de Derrick e a harmonia perfeita entre Andreas e Xisto, com a presença poderosa de Eloy na bateria.
A introdução ousada foi marcada por músicas como “Isolation“, “Territory“, “Means to an End“, “Capital Enslavement” e “Kairos“, que abriram a apresentação de maneira arrebatadora.
Indubitavelmente, o Sepultura atraiu a maior concentração de espectadores junto ao palco, fazendo a terra tremer com a execução de seus clássicos históricos, incluindo “Propaganda“, “Refuse Resist“, “Arise” e “Roots Bloody Roots“.
No entanto, o ponto alto foi inegavelmente “Machine Messiah“, que se destacou como o ápice eletrizante desse memorável show. A banda deixou uma marca indelével na memória dos presentes, consolidando sua posição como uma força incontestável no mundo do metal.
Corpus Christii
Para encerrar a noite, logo após a performance do Sepultura, a responsabilidade recaiu sobre os portugueses do Corpus Christii. Consolidados como uma das figuras proeminentes do black metal luso e reverenciados no cenário nacional, eles entregaram um espetáculo denso, impulsionado por riffs repletos de fúria.
O setlist apresentado foi composto por músicas como “The Predominance“, “Unearthly Forgotten Memory“, “Fragmented Chaos Disharmony“, “Under Beastcraft“, “Become the Wolf“, “From Here to Nothing“, “For I Am All“, e “Behind the Shadow“. Com sua experiência palpável e seu peso sonoro marcante, Corpus Christii reforçou sua posição como um nome influente no panorama do metal negro.
Com uma presença de palco enigmática e uma entrega visceral, os membros do Corpus Christii mergulharam profundamente em sua própria penumbra, trazendo à vida cada faixa de forma intensa. O público foi envolvido por uma atmosfera carregada de energia obscura, enquanto as músicas como “The Fire God“, “I See, I Become” e “Stabbed” ecoavam pelo local, deixando uma impressão duradoura da habilidade da banda em criar uma experiência musical envolvente e sombria.
Dj Antonio Freitas
E como não podia deixar de ser, a festa estendeu-se madrugada adentro com o Dj António Freitas.
Dia 2
Viciously Hateful
Dando início ao segundo dia, a banda Viciously Hateful trouxe uma surpreendente dose de energia, apresentando um hardcore cadenciado com influências de beatdown e contando com dois vocalistas.
O grupo iniciou sua performance com uma certa timidez, porém, à medida que as músicas avançavam, eles foram se soltando e se integrando gradualmente à atmosfera festiva, conquistando o apoio caloroso do público presente. A combinação de seu estilo único com seus dois vocalistas alternando os vocais fizeram um excelente inicio de jornada.
All Against
Um dos grupos portugueses de maior impacto no festival, desde Sintra ofereceram uma mistura marcante de thrash com uma pegada hardcore. Através de seu som pesado, o grupo solidificou sua presença no evento.
Com um estilo de thrash moderno, rápido e habilmente executado, o All Against cativou tanto aqueles que ainda não conheciam sua sonoridade quanto aqueles que já aguardavam ansiosamente por sua performance. A qualidade de sua apresentação deixou uma impressão duradoura, reforçando sua influência entre os espectadores do festival.
Lecks Inc.
Os franceses Lecks Inc. surpreenderam com o seu metal industrial e presença em palco, e arrebataram novamente os festivaleiros que já os tinham presenciado na edição passada. Comunicaram bastante com o público e tiveram uma estética em palco extraordinária.
Glasya
Os Glasya, também conhecidos como “Nightwish portugueses”, tiveram um concerto curto mas poderoso. Abriram com “From Enemy to Hero” e passaram por temas como “Battle of Trust” e “Within the Sandstorm” do álbum Attarghan. A junção do metal com o épico resulta muito bem com a incrível soprano a harmonizar com os restantes membros.
Setlist:
From Enemy to Hero
Battle of Trust
Within the Sandstorm
Heaven’s Demise
Texto Tatiana Pinto
Gatecreeper
Death metal do Arizona. tempestuoso, seu vocalista Chase “Hellahammer” Mason mantém uma postura macabra no palco, olhares fixos e corpo inabalável, buscando transparecer o terror e transmitir o sentimento do mais puro death metal.
Dominaram o palco com uma intensidade avassaladora, mergulhando os riffs em um death metal visceral. Seu setlist foi uma jornada implacável, com “Sweltering Madness“, “Puncture Wounds”, “Ruthless”, “Craving Flesh”, “Starved”, “Caught in The Threads”, “From the Ashes”, “Rusted Gold”, “Patriarchal Grip”, “Desperation”, “Barbaric Pleasures”, “Sick of Being Sober” e “Flamethrower”, transmitindo uma aura de brutalidade que arrebatou a multidão. A fusão de riffs poderosos e vocais devastadores criou uma experiência musical imersiva que trouxe à tona a essência do death metal em sua forma mais pura e avassaladora. O Gatecreeper, com sua entrega apaixonada, consolidou como um dos melhores shows do segundo dia.
Seventh Storm
Possuindo um imenso potencial para se destacar como um dos principais expoentes do metal português, a Seventh Storm não atingiu completamente todo o seu potencial, sendo perceptível a ausência de algo essencial. Mesmo assim, ofereceram um concerto de grande potência.
Com as caravelas portuguesas de fundo, e com dançarinas empunhando espadas, os piratas da Seventh Storm conquistaram o palco de Vagos, executando as faixas de seu álbum “Maledictus“.
Setlist:
Intro
Pirate’s Curse
The Reckoning
Gods of Babylon
Inferno Rising
Seventh
Saudade
Saudade (Outro)
Tara Perdida
Os lendários Tara Perdida entraram em grande e sem papas na língua, dirigindo-se ao público com uma certa provocação. “Os metaleiros estão com medo do punk rock”, dizia o vocalista seguindo com o riff de “Raining Blood” de Slayer e mais tarde também com o riff de “Enter Sandman” de Metallica brincando com o público. Mesmo assim, presenciámos vários moshes e um Circle Pit bem composto, e até, aqueles que se atrasaram para não perder mais um segundo. Uma homenagem e apelos de saudade a João Ribas e mais provocações: “Se connosco é assim coitados dos Ugly Kid Joe” acabámos com os parabéns ao Marinho e “Lisboa” a tocar nos speakers em jeito de despedida. Os que vinham para os ver (que não eram poucos) e os que não tinham grandes expectativas juntaram-se como um mostrando que o que importa é mesmo a música.
Nervosa
Voltamos ao palco secundário, desta vez para ouvir as brasileiras Nervosa. O público esperava thrash e foi isso a que teve direito – e, portanto, não se poupou a moshpits e ao crowd surfing a que já estamos habituados. As brasileiras comunicaram bastante com o público e fizeram uma performance sólida aproveitando para apresentar o mais recente single “Seed of Death”.
Setlist:
Seed of Death / Perpetual Chaos
Death! / Masked Betrayer
Kill the Silence
Kings of Domination
Genocidal
Venomous / Guided by Evil
Endless Ambition
Under Ruins
Ugly Kid Joe
O hard Rock de Ulgy se fez presente em Vagos. Um nome altamente contestado pelos fãns do festival quando anunciado, paraiva no ar uma expectativa de como seria a apresentação deles.
Olhares curiosos, alguns insatisfeitos, mas tudo isso não durou até o fim da primeira música.
Um grande acerto do festival, a banda cantou, encantou e conquistou o público, num show longo tocando clássicos de sua carreira e ainda fazendo um cover de Megadeth com a presença de “David Ellefson“, eles fizeram “Ace of Spades” onde o público realmente explodiu.
Mas o destaque fica para Devil’s Paradise.
Setlist:
That Ain’t Living
VIP
Neighbor
CUST
Jesus Rode a Harley
Panhandlin’ Prince
Dead Friends Play
No One Survives
Devil’s Paradise
Bad Seed
So Damn Cool
Cat’s in the Craddle
I’m Alright
Failure
Milkman’s Son
Goddamn Devil
Ace of Spades (with David Ellefson)
Everything About You
Megara
Os espanhóis Megara trouxeram-nos um cenário bastante interessante e rico acompanhado da energia incansável da vocalista Kenzy. Começaram com “Esclava del Aire, passando depois por “Saturno” e, entre brincadeiras e conversas decidem dirigir-se ao público em espanhol depois de todos mostrarem que entendiam. Uma balada que desanimou um pouco o ambiente foi seguida de temas mais pesados com a promessa de que “era a única balada na setlist”, e também de um medley de bateria. No geral devemos destacar a energia da vocalista e o espetáculo visual com a aposta no cenário, guarda-roupa e mesmo coreografia.
Setlist:
Esclava del Aire
Saturno
Bienvenido Al Desastre
Involución
Almas
Estanque de Tormentas
Hocus Pocus
Oxígeno
Medley Bateria
Arcadia
Náufrago
Heroes
Truco o Trato
Dj Izzy
O final da noite ficou a cargo de Dj Izzy que convidou também António Freitas e Miguel Gaspar.
Dia 3
Pull The Trigger
O último dia começou com a atuação de Pull The Trigger, vindos de Faro e que aclamaram bastante a sua terra. Iniciando com “2.0”, single de 2020 e convidaram ao início de uma Wall of Death logo nos temas seguintes, mostrando a energia da banda e proporcionando um ótimo princípio ao último dia de Vagos.
Praetor
Os Praetor vieram diretamente do Luxemburgo, trazendo o vocalista Hugo Centeno de volta à sua terra natal, o qual se mostrou muito feliz. Apresentaram vários temas do álbum homónimo que saiu este ano, passando por “Pitch Black”, “Precious Time”, “Screens” e “Enemy” bem como o primeiro single “Mass Extinction” que contou com a ajuda do público e com vários mosh pits. Sem dúvida um thrash metal que fez aquecer os festivaleiros e lhes redobrou a energia para o resto do dia.
Urne
Prog & Stoner, geralmente dão a sensação que será um show mórbido, um omento de observação. Mas as pegadas de metal rubricadas por Urne dão peso a sua sonoridade, velocidade, e sua postura no palco não deixa a desejar!
Com movimentação, e presença imponente de Joe Nally trás a tona a voracidade da banda.
Texto Iúri Cremo
Process of Guilt
Não pudemos ver o show todo da banda, mas o que vimos mostrou uma predominância avassaladora de Doom sobre o death que o grupo executa.
Nós que já entrevistamos a banda no passado podemos conferir pessoalmente o som hipnotizante e poético produzido por ele.
Setlist:
Scars
Victims
Breathe
Host
Heidevolk
Um bonito coro entoava “Oh Zé traz vinho” enquanto Heidevolk se preparava para entrar no palco Sublimevilla. Apesar da troca de horário com Midnight, tiveram o público esperado e, inicialmente, dirigiram-se ao público em português. Fomos presenteados com vários temas do novo álbum Wederkeer, entre os quais, “Hagalaz”, “Klauwen Voorhuit” e “Wederkeer” mas também viajámos pelo repertório mais antigo com “A Wolf In My Heart”, “Vulgaris Magistralis” e “Nehalennia”.
Setlist:
Intro
Hagalaz
Klauwen Voorhuit
Winter Woede
Einde Der Zege
A Wolf In My Heart
Shildenmuur
De Strijd Duurt Voort
Wederkeer
Saksenland
Drink Met De Goden
Vulgaris Magistralis
Nehalennia
Monuments
Apesar do ligeiro atraso de Monuments, os britânicos foram muito bem recebidos pelos fãs do metal progressivo. Abriram com “Cardinal Red” do álbum de 2022, In Stasis e seguiram com alguns temas do álbum de 2014, The Amanuensis como “Origin of Escape” e “I, the Creator”. O vocalista mostrou-se muito comunicativo com o público e bastante contente com a resposta do mesmo à atuação da banda, com diversos crowdsurfs que mereceram participação até dos seguranças do evento. Uma performance sólida que vale a pena ver e re-ver.
Setlist:
Cardinal Red
Origin of Escape
Degenerate
False Providence
Opiate
Leviathan
I, the Creator
Belphegor
Neste festival lado de Sepultura com certeza se fazia presente o Belphegor como estandar dos pratos cheios do evento.
Claramente o grupo era dos mais esperados, e com tudo que trás em sua decoração de palco, fizeram um show arrebatador.
Iniciaram com “The Procession“, com sua postura sempre fulgaz “Helmuth Lehner” liderou o Blackened Death Metal austríaco do Belphegor a pura potência.
Para o deleite dos fotógrafos presentes, a banda demonstra uma performance altamente cativante, dominando a arte de manter a presença de palco de maneira excepcional, ao mesmo tempo em que transmite sua sonoridade intensa a cada acorde.
Vale a pena destacar a sequência composta por “Hell’s Ambassador“, “Conjuring the Dead” e “Pactum in Aeternum“, que desencadeou uma efusão de energia com uma empolgante roda e um pogo frenético no mosh pit.
Indiscutivelmente, este é mais um memorável espetáculo que se inscreve na história do Vagos, contribuindo para a rica tradição de shows impactantes ano a ano.
Imperial Triumphant
Um show que começou bastante confuso e desencontrado com “Tower of Glory, City of Shame” foi se acertando logo na sequência com “Metrovertigo“.
Seu metal experimental trás inovações , mesclas que lembram até mesmo o jazz e por momentos uma sonoridade robusta.
As máscaras e vestimentas dão um toque a mais na sonoridade peculiar do grupo que ganha cada vez mais adeptos pelo mundo.
Setlist:
Tower of Glory, City of Shame
Metrovertigo
Atomic Age
Devs est Machina
Transmission to Mercury
Bass Solo
Chernobyl Blues
Death on a Highway
Cosmopolis
Rotted Futures
Swarming Opulence
Triptykon
Os mais esperados da noite eram sem dúvida Triptykon, que abriram com “Into dhe Crypts of Rays”. Além disso tocaram bastantes clássicos de Celtic Frost como “Morbid Tales”, “Visions of Mortality”, “Nocturnal Fear” e “Dawn of Meggio”. Foi inegável que a banda fez jus ao que é Celtic Frost e não desiludiu os fãs da banda original, considerada uma das mais influentes na cena do metal.
Setlist:
Danse Macabre (tape)
Into the Crypts of Rays
Visions of Mortality
Dethroned Emperor
Morbid Tales
The Usurper
Jewel Throne
Suicidal Winds
Return to the Eve
Procreation (Of the Wicked)
Visual Agression
Nocturnal Fear
Dawn of Megiddo
Circle of Tyrants
(Beyond the) North Winds
Necromantical Screams
Tears in a Prophet’s Dream (Outro)
Midnight
Como mencionámos, Midnight trocou de horário com Heidevolk, o que fez todo os sentido – uma banda chamada Midnight tocar por volta da meia noite. Bastante esperados, viajámos através da sua discografia começando com “All Hail Hell” (2012), “Fucking Speed and Darkness” (2020), “Black Rock N’ Roll” (2012), entre outras, terminando com “Unholy and Rotten” (2012). Mais uma vez tivémos um público muito receptivo e energético, pronto para queimar os últimos cartuchos desta edição de Vagos.
Setlist:
All Hail Hell
Fucking Speed and Darkness
Black Rock N’ Roll
Szex Witchery
Satanic Royalty
Lust Filth and Sleaze
Poison Trash
Evil Like a Knife
I Am Violator
You Can’t Stop Steel
Who Gives a Fuck?
Unholy and Rotten
Serrabulho
E no final, podíamos estar cansados, mas se houvesse dúvidas que “Vagos é Aqui C*ralho” e que isto é uma festa, Serrabulho trouxe-nos festa a valer. A introdução da banda ficou a cargo de Rato, de Balas e Bolinhos, a personagem conhecida por todos e que trouxe grande humor ao palco principal. Juntou-se o grindcore ao coro do público que entoou “E Pudesse eu Cagar de Outra Forma”. O vocalista foi muito comunicativo e saiu do palco diversas vezes para se juntar à festa e ao Circle Pit enquanto outros se divertiam com a máquina de espuma. Vários convidados como Alda Fernandes, Maria Pereira (Capela Mortuária) e mesmo Carlos Guimarães (Caminhos Metálicos).
Setlist:
Intro Rato + E Pudesse Eu Cagar de Outra Forma (com Rato)
Ela Fez-me um Grão de Bico
Congro
Don’t Fuck With Krusty
Lèche Moi les Couilles
Grind e Grossa
Dingleberry Ice Cream (com Ricardo)
B.O.O.B.S. (Com Ricardo e Sérgio)
Sweet Grind O’Mine
Toco Loco du Moi
Quero Cagar e Não Posso
O Gato Pompom (com Alda)
Love Parade
Caguei na Betoneira (com Maria)
Pentilhoni nu Culhoni
Cripple Bitch (com Guimarães)
Disgusting Piece of Shit
Left Ball
Pubic Hair in the Glasses
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PHOTOS PEOPLE: