bateria

Wagner Barros, 43 anos,  baterista a mais de 25 anos, é técnico em contabilidade e mora atualmente na cidade de Içara/SC, casado e sem filhos, passou por várias bandas de Santa Catarina e é uma figura presente nos eventos da região. Amante do Death Metal e de Black Metal, o Metal inclusive pulsa em suas veias desde a infância.

 

Confira a entrevista

Cultura em Peso: Bom, para começar meus trabalhos no Cultura em peso, não poderia começar em melhor estilo, vou entrevistar um dos melhores amigos que fiz no cenário underground, que além de ser um monstro na bateria, também da aula de humildade e caráter, desde já agradeço por ter aceito o meu convite. Para começarmos, nos conte quem é o Wagner Barros e como foram os primeiros passos na bateria?

Wagner: Agradeço a oportunidade, Cultura em Peso. Os meus primeiros passos foram ouvindo muitos LPs e destruindo caixas de sapato (rs).  Nessa época já sentia em minhas veias em qual parte do palco eu me sentiria melhor!

 

Cultura em Peso: Natural de Içara e atualmente já carrega uma boa bagagem repleta de experiências, conte-nos qual foram tuas primeiras bandas e como foi o processo até se tornar baterista delas?

Wagner:  Difícil não lembrar da minha primeira banda, que era de Thrash Metal, chamada Emptness Death, chegamos a gravar uma demo em Florianópolis na época que fundamos, que era entre 1993/1994. Foi uma banda como muitas, criada entre amigos para nos divertimos.

Cultura em Peso: Ser baterista não é fácil, não é mesmo? Qual foi as primeiras dificuldades que encontrasse no começo?

Wagner: As primeiras dificuldades são claras, adquirir o instrumento. Minha primeira bateria era minha e de mais duas pessoas, para se ter ideia a pele do bumbo, era de carneiro, ou melhor, sei lá de que animal era (rs).

 

Cultura em Peso: Te conheci tocando com a Don Capone, banda de Rock ‘n Roll de Orleans/SC, mas pelo o que conversávamos, você sempre deixou claro que teu gosto musical sempre foi mais pesado, conte-nos um pouco mais de suas influência e o que costuma ouvir no teu dia a dia?

Wagner: Tocar com a Don Capone foi uma honra e um marco em minha carreira, algo que levarei para a vida toda, acima de tudo sempre seremos amigos, porém algo dentro de mim sempre pede um som mais pesado,  influenciado por Black Metal e Death Metal, chegou uma hora que senti que era a hora de focar no que eu mais gosto de tocar.

 

Cultura em Peso: Recentemente, recebemos a triste notícia que saísse da Don Capone, tens projeto novo? Vais dar um tempo? Como estão seus projetos e seus objetivos?

Wagner: Na realidade, estou em dois projetos.  Tenho a banda de Thrash/Death chamada “If I Kill You” e uma de Black Metal, chamada Somberland, está última lançando em alguns meses(ou menos) o seu primeiro EP.

Cultura em Peso: Ou seja, atualmente estás com uma banda de Black Metal e outra de Death Metal, como é conciliar duas bandas? E como é o espaço que ambas tem na cena metal?

Wagner:  É tranquilo, são formadas por pessoas maduras que também tem seus outros projetos. Por enquanto está super tranquilo, não tenho nenhum problema.

Cultura em Peso: Qual é a sua concepção sobre o cenário underground atual?

Wagner:  Bah, então. A minha opinião é que hoje em dia, a cena não está tão “underground” assim, mas isso não quer dizer que não temos bandas boas, temos bandas boas sim, temos ótimas bandas, porém underground era na época que comprava zines xerocado,  que inclusive eu contribuía com alguns.  Hoje a internet tornou as paradas não tão undergrounds!

Cultura em Peso: Qual seria a tua dica para alguém que está começando a tocar bateria?

Wagner: A dica é simples, toque, pratique e toque mais. Sempre tente estar tocando e praticando por casa, e claro, ouvir muita e muita música, não se prenda apenas a um estilo musical.

Cultura em Peso: Wagner, agradeço imensamente a tua disponibilidade, obrigado por tirar um pouco do teu tempo para nos responder, acredito que damos inicio a está matéria com o pé direito e que tu era o cara certo para começarmos, obrigado. Poderia deixar uma mensagem para o pessoal que nos lê?

Wagner: Viva a música e suas diferentes vertentes. Obrigado Cultura em Peso!

 

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