Quando o assunto é Vulcano, desenvolver elogios se torna tarefa difícil se não quiser falar de areia no deserto, no chover no molhado.
A importância da banda para o metal sul americano é imprescindível, fiel ao estilo, que de certa forma se tornou muito próprio da banda, trabalho após trabalho eleva o nível de qualidade.
Engana-se quem acredita que o grupo se escora no status de pioneiros do metal extremo na América do Sul para se manter de pé, credenciados por três grandes tours em alto nível em solo europeu, eles completam 36 anos de atividades e premiam os fãs com o álbum “X I V”.
O quinteto trouxe um álbum exacerbado em experiência, mesclando claramente a velha escola do thrash metal oitentista a nova geração do metal mundial, candidato para melhor disco de 2017.
Inicia com “Propaganda and Terror”, demonstrando que a banda evoluiu tecnicamente, porém mantendo sua essência. O som tem riffs de Zhema Rodero e por Gerson Fajardo deixando claro a pegada do som.
Thunder Metal, mais pegada, soa mais violenta, emplaca como hino para bangers sacudirem poeira do chão em rodas nos shows.
The Tides of Melted Metal, talvez seja o ponto fraco do disco, onde a voz quse atropela os riffs em curtos momentos.
Necrophagy, conexão de cozinha e sala são perfeitas, Vocais baixo bateria e guitarras se casam completamente em perfeição, a música muito bem cadencia conta com solos e pegadas velozes, de forma bem construída.
Behind the curtains, permanece na mesma pegada, em ritmo rápido a banda não perde velocidade, com boas viradas de bateria, é uma chamada insana para chacoalhar o cérebro.
Thou shalt not kill, mais técnica, e mais lenta em alguns trechos, o som tem boas pegadas de baixo, acompanhando fielmente a bateria.
Paradise on holocausto, thrash metal autentico, verdadeiro e honesto, com sonoridade própria sem fugir das origens do estilo, a canção soa como uma verdadeira pedrada, com solos excelentes.
The face of the abyss seguindo a linha de “Paradise”, rápida, técnica, um tiro sonoramente.
To kill or die, como um pontapé na porta, promete não deixar nada inteiro até o seu final, brutal, sem meias voltas.
O disco termina com I’m back again, com riffs intensos deixando a música mas incorpada, e uma bateria muito trabalhada, tecnicamente é a música mais trabalhada do disco em seus vários setores .
Oque podemos senti é que “XIV” é um disco que passara décadas e continua sendo ouvido com status de clássico. Não soa enjoativa, e não corre o risco de cair na mesmice.
Nota: 9,0