Por : Panda Reis – [email protected]

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 Acredito que é sabido de todo e qualquer brasileiro ou qualquer um em qualquer lugar do planeta que se interessa por política internacional, a eterna batalha no poder por uma reforma política, reforma tributária e até uma reforma partidária. Os eternos e diversos casos de corrupção, a máfia dos colarinhos branco e toda a jogada política de partilha do lucro e ganhos do País, vem sendo ferozmente disputada desde que a República foi proclamada por aqui no Brasil.

A disputa da situação e oposição para governar o país, ganha capítulos de filme de terror trash, a alternância partidária no poder chega a ser extremamente clara em duas alas que se reforçam com alianças e coligações que para qualquer leigo se torna uma anomalia política, caso isso fosse em qualquer outro lugar do mundo, mas aqui não, aqui é chamada de evolução política, vemos nossos governantes divididos em dois grupos majoritários, que se reveza em situação e oposição, os neoliberais de um lado e os ditos socialistas de outro, excluindo e afastando todos e qualquer outra veia política ou inclinação social, da possibilidade de participar efetivamente do jogo democrático brasileiro, alternâncias , jogos políticos e todo jogo sujo é feito para legitimar a nossa política anti-social iniciada lá nos primórdios da Democracia brasileira … (antes as alternâncias eram por regiões , hoje é tudo misturado , o que era a Política do Café com Leite, por exemplo , hoje seria visto como alianças partidárias).

Mas e o discurso sobre a reforma, deveria ser para democratizar o poder, ou seja, inserir o povo em todo o processo e votações, assim poderíamos ter reformas realmente visando favorecer o povo … dizem que a reforma política é uma arma para enfrentar a corrupção, falaram até de plebiscito para se tratar sobre as principais mudanças, mas esse plebiscito não saiu do papel … e mais uma vez a opinião da população novamente pouco importa, ignoram novamente o desejo do povo na questão e seguem adiante …

… mas será se o plebiscito saísse do papel, será que a nossa grande maioria da população , que age como uma “caixa de ressonância” , estaria preparada para separar o pó da poeira ? Será que a nossa mídia elitista , preconceituosa burguesa e neoliberal, não faria seu papel alienando magnificamente e competentemente, como fez até aqui ? Será que o resultado realmente representaria a vontade do povo, digo o real desejo humanitário, e não o fascismo burguês disfarçado de populismo ?  Ou legitimaria o poder da indústria da informação e sua lavagem cerebral enraizada no senso comum brasileiro ?

A reforma política verdadeiramente popular, teria que ir contra os interesses capitalistas, digo do controle das empresas que detém o monopólio do capital, as mesmas empresas que financiaram com cerca de R$ 5 bilhões nas eleições de 2014 (tanto financiando a situação como a oposição) , empresas como JBS, Bradesco , O Grupo Vale, Itaú, OAS, Ambev, Andrade Gutierrez, Odebrech, UTC Engenharia e a Queiroz Galvão, fizeram doações generosas para mais de 70% do deputados eleitos em 2014, fica difícil não associar tamanho apoio político sem esperarem nada em troca que os favoreça, ainda mais se tratando de  gigantes no mercado nacional, ainda mais sabendo de como as doações acontecem e quais são seus reais interesses, fica nítido o jogo do capitalismo e como  funciona os bastidores da democracia tupiniquim. Alguns podem dizer que nas questões partidárias, as coisas tenham se tornado mais “democráticas” , pois temos o ex. da câmera dos deputados , aonde se passou de 22 partidos para 28, mas essa pulverização partidária, não é sinônimo de maior participação popular e sim fica marcada pelas coligações, permitindo alianças sem alguma, ou nenhuma, coerência ideológica e programática, fazendo uma grande distorção entre os candidatos e partidos escolhidos pelo povo e os que de fato foram eleitos ( temos ocaso do Tiririca, que sua eleição com enorme expressão devotos, puxou para dentro outros candidatos de sua coligação que não obtiveram os fotos necessários para se eleger sozinhos ), o resultado é que tivemos nas eleições do congresso nacional , um número recorde de conservadores, nada comparado em eleições anteriores ( pós –  ditadura ), basta analisar os 257 ruralistas, 190 empresários, 55 policiais e 52 evangélicos, todos de bancadas conservadoras e que muitos foram arrastados para dentro do congresso graças as coligações partidárias. Em contra partida as minorias como mulheres , negros e indígenas , continuam tendo participação mínima, com nenhum representante indígena no congresso.

As mudanças da alíquota de Icms, Pis e Cofins, seguem para favorecer os empresários e os industriais, a pouco investimento m educação e inovações , financiamento do setor privado, juros e base Selic e a Lei da Terceirização … são armas para manter o povo nas mãos da classe dominante e a exemplo da Europa , seguimos com as medidas muito parecidas com as de austeridades implantadas por lá , a diferença é que aqui a população assiste a tudo bestificado … inertes e esperando que o “senhor feudal” tenha compaixão com os vassalos , escravos e plebe em geral.

Bem vindo ao Feudalismo pós moderno !!! ( mas isso é tema para outro artigo).

 

 

 

 

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