Olá headbangers! Feliz 2024. Estamos iniciando as análises deste ano após a reflexão sobre as últimas notícias do Metal Internacional, como a saída de Kiko Loureiro do Megadeth e o anúncio do fim do Sepultura, uma das maiores bandas de Metal do mundo. Após absorver essas questões, decidi escrever sobre o Cavalera Conspiracy, pois muito se fala, mas pouco se explica nas questões que envolvem os irmãos e o Sepultura.

O álbum em análise é o terceiro álbum do Cavalera Conspiracy, Pandemonium (2014). A banda lançou o bom álbum “Inflikted” (2008) e o excelente “Blunt Force Trauma” (2011). Parecia que a saga Cavalera seria recriada, assim como o Sepultura ressurgiu e evoluiu em vários momentos difíceis na carreira. No entanto, o Cavalera Conspiracy parece ter ficado muito tempo remoendo o passado, e, infelizmente, quando olharam para frente, não seria mais plausível enxergar o futuro.

Neste disco, Pandemonium, o Cavalera Conspiracy não encontrou o melhor caminho para se distanciar de seu passado.

SIDE A

Babylonian Pandemonium, que abre o LP, apresenta um som pesado e rápido, com a voz de Max ao fundo, diferente do que estamos acostumados, mais hardcore do que metal. Bonzai Kamakazee tem um começo eletrizante, com um som melhor arranjado, apesar do vocal muito gritado no refrão. Scum é curta e pesada, mas não deixa uma forte impressão.

I, Barbarian é um dos bons momentos do álbum, com um som rápido, pesado e potente. Cramunhão destaca-se como a melhor música do disco, com refrão em português, alternando momentos de cadência e extremo peso. Apex Predator é considerada por alguns como experimental, por outros como totalmente extremo, mas a definição é desafiadora.

Insurrection começa com um solo matador, estilo Kerry King, com energia e potência, variações de ritmo fantásticas e um refrão no melhor estilo Hardcore.

SIDE B

Not Losing The Edge é uma música pesada e cadenciada, bem trabalhada e empolgante. Father of Hate é rápida, no estilo Soulfly, pesada e empolgante. The Crucible começa com um andamento cadenciado e cresce ao longo do tempo. Deus Ex Machina é pesada e agressiva.

Porra, a essência da música pesada dos irmãos Cavalera está neste som, com raízes brasileiras, representando o que se espera do Cavalera Conspiracy.

Concluindo, um bom registro, mas poderiam ter trabalhado mais nas letras e músicas. Talvez a fórmula para um disco memorável do Cavalera Conspiracy seja voltar para o Brasil e reconectar-se com suas raízes. Esquecer o passado e seguir em frente, focando unicamente no Cavalera Conspiracy, mantendo o orgulho pela contribuição à uma das maiores bandas de Metal do mundo, o Sepultura.

See you, have a special life!!!

Ficha Técnica

Banda: Cavalera Conspiracy

Formação: Max Cavalera (vocals and rhythm guitar), Iggor Cavalera (drums and percussion), Marc Rizzo (lead and rhythm guitar), and Nate Newton (bass)

Álbum: Pandemonium

Artwork and Layout: No information

Picture: No information

Released: 2014

Producer: Max Cavalera

Music and Lyrics: Max Cavalera

Arranged: Iggor Cavalera and Max Cavalera

Recorded: John W. Gray at Loud Audio Recording, Glendale, AZ, USA

Recorded Company: Napalm Records

Nota: 6

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