O trio Paulistano Maddiba, formado em Santo André em 2016, que conta com Tchel Caron (Guitarra / Voz), Lucas Viana (Baixo e Dj / Backing Vocals) e Renan Pigmew (Bateria / Backing Vocals), acaba de lançar o ótimo disco “Santo André” e promete entrar de vez no circuito Underground se consolidando no cenário como uma das bandas mais ecléticas do gênero. O difícil é saber qual o gênero deles. se você tem algum tipo de preconceito com misturas de estilos em músicas a resenha acaba aqui pra você, porque essa banda não se prende a nenhum tipo de padrão, Extremistas das camisas pretas e os Hardcores Radicais não verão esse disco com bons olhos, mas posso garantir que acabam por aqui as críticas, o disco “Santo André” , gravado no excelente e renovado estúdio “Bay Area” e produzido pelo experiente Diego Rocha não deixa a desejar nem pela qualidade e nem pelo processo todo de gravação/ Masterização etc…
A banda, que já tem um Ep intitulado de Ayanda, contendo 3 músicas e 2 singles desse novo trabalho, já despertou os olhos de vários produtores pelo Brasil e em breve essa excelente banda tem tudo para galgar um lugar melhor nesse concorrido e complicado mundo da musica Underground.
“Santo André” é um disco recheado de variações ritmicas e estilos como hip hop, Reggae, Thrash Metal, Hardcore, viola caipira, Ska e por aí vai e cheio de participações especiais como nos brinda a primeira faixa do álbum intitulada Save Yourself, que começa num estilo bem Beastie Boys (uma das mais evidentes influências da banda) e logo após essa introdução um Hardcore rápido e violento, com refrão forte, onde o vocalista André (Statues on fire) deixa sua marca característica dando um tempero especial à música, seguimos com The Answer is, Lucas faz bem essas introduções Hip Hop, dá um clima bem legal, a sapatada que se segue vem ao melhor estilo Suicidal Tendencies, vocal corrido um convite ao “pogo”, Power é a próxima, que é o ultimo single lançado pela banda em Agosto desse ano, música forte, intensa, cheia de variações ritmicas, aliás a capa desse single é sensacional, assim como a capa do desse disco que resenho agora, desenvolvida pelo ilustrador Wendell Araújo (@wendellnarkedmi), Let me Think About it, é um Reggae muito bem executado misturado com Hardcore e palhetadas cravadas, muito cuidado com City of S.A., que segue o disco, o refrão gruda na cabeça e não sai mais, Every day I see your eyes, In the city of my life, inclusive o clipe dessa música é bem legal e vale a pena a visualização, We are Going Down é uma pancadaria sem escrúpulos e vira um mosh bem legal, aí no meio dessa pandemia toda, entra um baião, com viola caipira (tocada pelo produtor Diego Rocha) e mescla com o peso e porrada da música, mano, difícil respirar, um disco recheado de surpresas, WTF Can I Say, começa com aquele rap oitentista, mas a sapatada que segue sem dó, destaque pro Renan que senta o braço, Gruvit tem um começo mais Metal, um belo solo do Tchel, vocal melódico, base encardida, aí entra um Ska, essas misturas são sempre legais e a gente fica esperando no que vai virar, Keep it, também começa com um clima hip hop bem bacana e termina ao bom estilo Hatebreed, adorei essa música, aliás o lado B desse disco é bem pesado, se prepare para próxima, Visual Violence, com participação de Cleber Orsioli (Blackning), Thrash Metal socando a cabeça, aliás puta riff legal, bem slayer, bate cabeça garantido, Day by day fecha esse excelente disco, essa música também é demais, o riff do final dela é contagiante, souberam concluir essa obra prima com chave de ouro, é uma música que é bem a cara deles, Rap/ Metal/ Hardcore, deixando claro à ultima audição bem a proposta deles.
Concluindo, ouça esse disco sem preconceitos, se você gosta de som pesado, de Rap/ hip hop, de Hardcore, mas as vezes curte um Ska, Reggae, esse disco é uma ótima pedida, quanto mais eu ouço mais eu gosto dessa banda e espero ainda vê-los fazendo e gravando mais material, porque eu particularmente adoro essas misturas (quando bem feitas) e esses caras fazer isso com primazia. Nota do Editor 9,5
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