Por Panda Reis – [email protected]

O mundo contemporâneo vem mudando freneticamente nos últimos meses, pra ser sincero, não me recordo em outro momento da história, principalmente brasileira, em que tivemos tantas mudanças em um curto espaço de tempo. Fiquei alguns meses sem escrever justamente por sentir que as pessoas estavam confusas demais, e até os que pensavam igual, passaram a pensar diferente, então vendo tantos falando coisas que enojavam quem sempre gostou e estudou política e história, achava que não existia precisão de escrever para uma massa que fundamentaram suas vontades e preferências políticas, baseadas em opiniões dos outros, com afirmações e raciocínio de especialistas a trabalho da mídia e formaram opiniões com discursos tendenciosos e claramente a serviço de um lado político, uma ala com fundamentos de se pensar a democracia e o liberalismo brasileiro (se é que posso chamar assim).

Porém não escrever não me protege dessa nova leva de “pensadores” neoliberais aos moldes terceiro mundista, pois os memes, frases e ataques a tudo que é contrário ao novo pensamento “azul” do brasileiro, serve de tabua de mira ao alvo, mudanças de lado, ou aceitação do que sempre foram nos brinda com novos tempos, de brigas digitais intermináveis no Facebook, Instagram, grupos de Whatsapp e todas as dezenas de mídia sociais que temos nos dias atuais (bendito sejam aqueles que sabem usá-las para um propósito nobre). E a pior parte é que parece que todos estão entorpecidos por um ódio burro, por ideologias difusas e uma busca ignorante em seguir pseudos lideres, em idolatrar certos heróis de índole duvidosa e ressuscitar, desenterrar pensamentos e conceitos que á muito estavam esquecidos, simplesmente porque gerações evoluíram para deixar pra trás ideias e pré-conceitos há muito ultrapassado e extintos.

Confesso que fiquei embasbacado em ver e ouvir os jovens, uma nova geração tão mediocremente preconceituosa, que graças a essa nova geração, assuntos como nazismo, racismo, xenofobia, machismo extremo e um desejo militar, que sinceramente, não tinha presenciado em minha juventude, a nova geração regou e deixou o terreno fértil para políticos, grupos de extrema direita e outras espécies, que eu jurava que tinham perdido forças e caminhavam a passos largos para a extinção.

Esse é o cenário de um País de terceiro mundo, que foi formado pela trinca Afro, Indígena e Europeia (não tem um único brasileiro que não tenha esses sangue correndo em suas veias), que se embebedou com os interesses da mídia, que escolheu um único culpado por toda a desgraça que esse País atravessa, há mais de 500 anos, a inteligência da nova geração é tamanha, que ignora a história nacional, que não entende que apenas algumas poucas pessoas ou um partido político seja capaz de receber toda a carga negativa pela decadência do nosso Neo Liberalismo tupiniquim, sem se atentar que ainda somos o quintal do primo rico” do norte, e que ele não se sente a vontade com caminhos sociais.

Pra piorar o cenário, nossa esquerda que ainda sonha com formulas ultrapassadas e lideres caucasianos e europeus, que nunca pisou ou escreveu nada sobre nós, uma esquerda que cultua os mortos, pois os vivos estão tão inertes em seu partidarismo, em suas subdivisões ideológicas, que não consegue se articular como antes, ficando totalmente as margens do poder político, algo que para eles é um incómodo, pois mesmo que o capitalismo caia de podre, eles apenas iriam querer inverter a ordem estabelecida, não percebem que as diferenças são exatamente o ponto que deveria nos ligar e servir de concreto parar o que realmente deveria ser, ou seja, nem azul, nem vermelho, nem pseudos-comunistas e nem pseudos liberais… engatamos a marcha ré, e não podemos contar com mais nenhum deles, porque todos eles querem exatamente a mesma coisa, o poder.

Me pego pensando, pra que escrever então, se meus interesses são com as pessoas, com a carne e o osso, que meu interesse é invisibilizar as fronteiras, as bandeiras e as cores, pra quem eu falaria… pra quê prosseguir, se não lhes interessa o ser Humano…

Enquanto isso muros surgem mundo a fora… enquanto isso o conceito de nação e povo toma rumos que fariam algumas figurinhas da história mundial sorrir no inferno, alguns deles cairiam muito bem em tempos atuais.

Em pleno século XXI eu ainda ter que escrever sobre isso, me deixa extremamente enojado e descrente com a maioria …

Sabe aquela liberdade, sabe aquela democracia, sabe aquela liberdade de expressão … a nova geração não esta interessada nada disso, a classe média quer dinheiro e poder, se tornar ricos, e na favela, na periferia, eles só querem saber de “lança perfume”, um carro de luxo, garotas materialistas que se satisfazem em ser um objeto, catuaba, cocaína e sexo regado a muita música requentada ( salve algumas raras exceções ).do-parquinho-ao-ipad-a-nova-geracao-digital-01

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