Pelo 16º ano, em Otacílio Costa/SC, o tão esperado por todos o ano inteiro chegou e foi simplesmente memorável novamente, deixando como sempre, a saudade e a ansiedade pelo próximo ano.

Otacílio Rock Festival é reconhecido por ser um dos melhores (se não o melhor) festivais de Santa Catarina. A cada ano que passa, a organização se supera trazendo sempre o melhor para o evento, tanto na questão de bandas, quanto aos mínimos detalhes que acompanham o festival.

O evento acontece no Parque Cambará, um amplo local para camping, com energia elétrica, banheiros com chuveiros, área de alimentação, galpão coberto para bandas e bar.

Este ano, dentre observações de dentro da equipe do CEP e também de alguns comentários de terceiros, tivemos a falta de água nos banheiros internos do galpão, porém foi resolvido assim que a organização foi acionada.

Outras observações referentes a poucas lixeiras no evento, e ao estado do chão dos banheiros. Mas, como experiência pessoal após uma década participando do evento, foram contratempos que não são regulares durante os anos, porém sempre notáveis para o crescimento constante do evento.

A previsão durante a semana antes do evento estava para chuva, porém o clima pegou a galera de surpresa e o sol radiou no final de semana, o que fez com que os bangers pudessem aproveitar o famoso churrasquinho nas barracas.

Em torno de 800 pessoas passaram pelo Ota, e se existe uma certeza, é que todos deixaram o local satisfeitos com cada segundo deste evento. E com isso, gostaria de agradecer a produção do evento, por mais um ano impecável, a galera das bandas, o público que compareceu e fez tudo acontecer, e também o pessoal das imprensas, que estão sempre unidos divulgando a cena e guardando memórias entre flashes e palavras escritas.

As apresentações

A equipe do Cultura em Peso chegou ao evento e infelizmente não foi a tempo de ver a Dark New Farm, banda que iniciou a tarde de sábado.

A banda Tressultor de Santa Catarina, munidos da brutalidade do Thrash e do Death Metal, mostrou toda sua energia no palco na tarde deste sábado no Otacílio Rock Fest, sendo a segunda banda a tocar.

Os músicos originários de São Bento do Sul, apresentaram um som genuíno com seus vocais em Português carregados com temas de reflexões sociais. Entre os destaques do setlist estavam “Cartel de Juarez” O ateu Epidemia Temas com que agitaram a plateia deixando os espectadores frenéticos e encerrando o show com o tema que conta a bizarra história de um episódio de canibalismo acontecido no estado de Pernambuco: “As deliciosas empadinhas de Dona Isabel”.  SET LIST:  Epidemia, Mande a merda, Tenho um nome a zerar, Juarez, Gutalax/Dieta, Ateu, IML, Música 03, Sentinela, Direção, Cheiro de cão e Empadinhas. – Karla

 

Vindo da cidade de Rio Negrinho/SC, a banda Profana, entra em cena para mandar seu som seguindo o gênero do Heavy Metal tradicional dos anos 80 e faz com que a galera se acomode a pouco a frente do palco, dando um show no repertório de peso pesado, Caminho da Cruz, Refém do Pecado, Fragmento, Trilha Escura, Coração Animal, Destruição de Sonhos, Profana e já aquecendo o sábado dos presentes ali com muita pancadaria. – Heide

Profana – Foto por Leticia Malaguez

 

A banda Alkila vem de Laguna/SC e sobe ao palco trazendo um Death/Trash Metal com uma grande bagagem de cada integrante, trazendo muita técnica e reunindo o público para curtir o show. O grupo traz uma releitura do Sepultura, porém trazem composições próprias com muita quebraceira, como The Deand Call My Name, Madness, Systematic Murder, Corruption, Hated by Hate, Infernal Hunter, Ashes of this World, Church of Ignorance. – Heide

Alkila- Foto por Leticia Malaguez

A banda Deathgeist da cidade de São Paulo, é de uma boa bagagem no Thrash Metal nacional e conta com um quarteto de integrantes experientes na cena underground.

Se fez presente no festival trazendo uma pegada legal e com a pancadaria do Thrash Metal tradicional. Bateria bem marcante e riffs bem construídos nas faixas tocadas. – Karla

Deathgeist – Foto por Leticia Malaguez

Vindo de Curitiba e sendo pioneira na cena da sua região, a Eternal Sorrow sobe ao palco para transmitir suas batidas, acordes e vocais pesados, profundos, depressivos e oprimidos. Ao anoitecer, se coube muito bem e fez com que os bangers se posicionassem a frente do palco tendo uma boa experiência de um Doom Metal sombrio e de muita qualidade em cada composição. – Heide

Eternal Sorrow – Foto por Leticia Malaguez

A próxima banda a subir ao palco nesta noite, seria a Rebaelliun, porém tivemos a triste notícia de que um dos membros da banda teria sido hospitalizado na noite do Ota. Sentimos muito pela falta da banda, mas entendemos e a saúde está sempre em primeiro lugar.

Tendo isto, a banda Tenebris Umbral adianta seu show e sobe ao palco no horário da Rebaelliun. Por infortúnio do destino, a energia cai por umas duas vezes, mas logo normaliza para que a banda possa seguir com seu repertório.

Tenebris Umbral é uma banda que segue o gênero Atmospheric Black Metal, e traz em seu som uma atmosfera assombrosa, explorando temas emocionalmente intensos relacionados a vida e a morte. Os integrantes chamam atenção com seu paint, e por serem apenas dois integrantes na banda. Apesar do baterista estar com o braço quebrado, o duo manda a ver em cada batida e acorde, e manda um discurso voltado para o ego. – Heide

Tenebris Umbral – Foto por Leticia Malaguez

Thou Shall Not vem de Curitiba trazendo uma grande bagagem no Heavy Metal, e interliga uma energia absurda com o palco nesta noite do Ota. Cada segundo deste show, mostrou o quanto o grupo simpatiza com o público e mostra uma imensa qualidade em suas composições. A setlist escolhida foi: Romanticize, Psycosphere, Devil Station, Black Sun Vortex, Rebel Higher Level, Nightingale, Repetile Blues, Brother Beyond the Worlds, sendo do álbum ‘’I am the Presence’’ e ‘’Synchronized Abductions. – Heide

Thou Shall Not – Foto por Leticia Malaguez

A banda Lacerated and carbonized (LAC) do Rio de Janeiro, sendo destacada como uma das melhores bandas de Death Metal do Brasil foi a primeira headliner. com uma presença de palco contagiante, mostrou que não é mais uma simples aposta, mas uma realidade do talentoso cenário da música extrema do nosso país. Foi uma das bandas mais esperadas do festival e com um setlist empolgante com todo o peso e brutalidade, com faixas destacadas como “Hell de janeiro” e com uma presença de palco contagiante fizeram um show memorável. – Karla

LAC – Foto por Leticia Malaguez

Mystifier, banda originária de Salvador na Bahia, uma banda clássica e veterana do Black Metal extremo e um dos pioneiros no Brasil. Foi um dos Headliners do evento. Na ativa desde 1989, a Mystifier já excursionou por todo o mundo, mesmo tendo passado por algumas mudanças radicais na sua formação no decorrer do tempo continua sendo admirada e respeitada em todo mundo, através do underground, tendo um grande sucesso com vários álbuns lançados e concertos com ingressos esgotados.

A banda traz abordagens que tratam assuntos como o Satanismo, Ocultismo, Anti-Cristianismo, Mitologia. Com uma setlist impetuosa de violência e brutalidade, e com uma atmosfera de escuridão assombrosa, foi um verdadeiro prato cheio para os bons apreciadores do autêntico Black Metal. – Karla

Mystifier – Foto por Leticia Malaguez

Oath Persistence vem de Porto Belo/SC para fechar a noite do Ota com chave de ouro, trazendo seu Death Metal obscuro e brutal. O trio manda as músicas do seu álbum lançado recentemente ‘’Fear of the Unknown’’ carregado de brutalidade. Cada integrante honra sua presença no palco com muita técnica em cada instrumento e vocal, animando o público ali presente e fazendo cabeças balançarem. – Heide

 Domingo

A banda DELÍRIO originária de São Francisco do Sul-SC, teve seu primeiro álbum lançado em 2022 “A Insanidade” participando com uma de suas faixas na trilha sonora no filme americano “Brother’s Keeper” também no mesmo ano. A banda teve uma deslumbrante apresentação, tocaram para um pequeno público executando quase uma dezena de músicas e entregou uma performance implacável que não decepcionou.

SETLIST: Gaia, na cena do filme, Paradoxo ortodoxo, O último adeus, Nuvem passageira, Na frente do espelho, Sem pudor e Vírus mortal. – Karla

Delirio – Foto por Leticia Malaguez

Gueppardo é uma banda de Heavy Metal fundada em 2007 em Porto Alegre, Brasil. Sempre apostando em seu material original e acertando em cheio, a banda já fez diversas turnês por cidades do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai abrindo shows internacionais ou como headliners em festivais. A paixão pelo Rock n’ Roll, as lutas da banda na estrada e a vontade constante de estar no palco são alguns dos principais temas musicais do grupo. Com uma bela execução, detonaram na tarde do domingo no palco do Otacílio rock fest, agitando a plateia com seus temas de protestos e carregados de críticas reflexivas sobre temas voltados para problemáticas sociais, de guerras e realidade atual. – Karla

Gueppardo – Foto por Leticia Malaguez

Hardways, vem do estado do Paraná e traz um Hard Rock contagiante para a manhã de domingo, o público ainda se encontra em poucas pessoas, mas de qualquer forma, a banda faz com que todos dancem e deslumbrem de cada trilha sonora, vindo com muita presença de palco e fazendo um show clássico, trazendo a setlist: Lost in the Night, Riverside Girl, Its Dance, We Need to Believe, Rape of the Land. – Heide

Hardways – Foto por Leticia Malaguez

Trazendo um Stoner Metal, Stone Wizards sobe ao palco com uma energia contagiante desde a primeira, até a última canção, chamando a atenção do baixista, por suas caras e bocas que faz com que todos observem a banda até o final. A galera já está em peso à frente do palco, sendo refém de cada composição e balançando cabeças. O grupo toca a faixa ”Haze on the Mountain”, próximo single que será lançado, e completando com,  Earthquake and Balance, Worship your Soul, Into the woods, Ashes of your Soul, Night Winged Huntress, Red Giant, Flying Ladies, Enchant the sun. – Heide

Stone Wizards – Foto por Leticia Malaguez

A ORTHOSTAT assumiu o palco na tarde do domingo com uma performance visceral que deixou sem fôlego a plateia trazendo um som com um clima mais pesado, com compassos elaborados e técnicos. As faixas tratam temáticas em torno de civilizações antigas, seus costumes e suas guerras. Com uma sonoridade clássica do Death metal old school que remonta aos anos 90.  Setlist: The heat Death, Nothingness, Entropy, Hydrogen, Gravity, Chemistry, Incitatus, Singularity e Ambaxtol. – Karla

Orthostat – Foto por Leticia Malaguez

Diretamente da Alemanha, os tão aguardados Thrashers da Nuclear Warface trazem um fantástico e lendário show para os bangers do Ota. O grupo tem uma baita presença de palco, muita técnica em cada composição e harmoniza com o público que não para por um minuto se quer, com muito mosh rolando solto. A setlist escolhida pela banda foi: Lobotomy, Great Evil, Ages of Blood, Mutilator, Death by Zucchini, Warlust, Mata com Faca, Let the Hate Reign, Ich Mag Bier, Escape or Die e finaliza com Just Fucking Trash. – Heide

Nuclear Warface – Foto por Leticia Malaguez

A banda brasileira Harppia é um dos pioneiros do Heavy Metal no Brasil. Formada em São Paulo no ano 1982, com 40 anos de história e de trabalho musical ininterrupto, que surge com a ideia inicial de difundir o Rock Nacional como uma forma de expressão artístico-musical.

O HARPPIA teve lugar no palco, no dia domingo com a missão de encerrar o festival, com uma performance incomparável, uma dinâmica sincronizada de palco e com a densidade característica. Proporcionando aos fãs uma experiência única de euforia que não paravam de pedir por mais! O Harppia sem sombra de dúvida mostrou todo seu talento e técnica e grande seriedade profissional. – Karla

 

Harppia – Foto por Leticia Malaguez

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