O segundo dia do festival começou com uma banda portuguesa da zona de Sintra os SHAME ON YOU HUMANS, foram uma ótima surpresa para quem não os conhecia, a voz do Bruno Marques e a sua presença em palco mostraram que esta banda que já conta com mais de 5 anos na estrada. Podiam ter tocado talvez um pouco mais tarde no alinhamento do festival e tido mais público presente, pela qualidade musical e entrega em palco vamos com certeza ouvir mais desta banda.
A segunda banda da noite foram os BAD REDUCE também portugueses, que apesar de parecerem bem jovens já andam pelos palcos desde 2019. Este segundo dia do 2 the core desviou-se um pouco do Hardcore e os Reduce trouxeram realmente algo diferente, um estilo Grunge, quase Stoner metal foi o que o trio trouxe à RdM. Competentes, chegaram a entusiasmar a audiência que que os acarinhou e que já contava com alguns fãs da própria banda. O setlist foi baseado no seu EP do ano passado Nobody Wins e são uma banda que merecem ser ouvidos com calma.
A noite começou a aquecer com a “banda da casa” os FIGHTER com uma energia fantástica e contagiante, o Beirão, Zé pedro, Duarte, Matos e Silva, conseguiram por a sala a cantar. “Sorry” que faz parte do seu primeiro EP abriu o concerto seguido de malha, Contemplate do álbum de 2023 Eye of the fighter, Think for yourself, e Fighter anteciparam o hino da noite Struggle uma grande canção de punk rock que puxa todo o entusiasmo do público, e que fez todos cantar “… on and on and on… the struggle still goes on…”. Foi uma bela apresentação desta banda lisboeta que terminou com outro grande êxito September Se quiserem conhecer mais da banda veja a entrevista da CAIXA NEGRA com os membros da banda.
Numa noite com grandes bandas, mas menos publico, de seguida entraram em palco os grandes MORDAÇA quem nunca foi a um concerto da banda de Linda-a-velha, não sabe o que esta a perder, será puro Hardcore, não, será punk, também não, sabemos que é muito bom! Com uma plateia fiel à banda que os segue de concerto para concerto, a banda tocou os seus grandes sucessos, Ovelha Mansa, 2795, Escravo laboral foram gritados no microfone com fervor pelo Foito, com Johnny no baixo, Ivo na bateria e as guitarras nas mãos do Pina e Jay B. Uma bela homenagem ao “Bifes” e aos que partiram uniram em aplauso todo o público presente. Uma grande apresentação dos Mordaça no 2 the core que pede ao público que os procurem nos seus próprios concertos.
Uma aposta ganha pela organização foi o duo de Lacrosse, Wisconsin nos USA, Os RIG TIME! compostos por Bryan W. Fleming na voz e bateria e Rebecca Fleming na guitarra e baixo foram uma excelente surpresa para quem esteve presente, Hardcore straigth edge, gritado a todos os pulmões pelo Brian que ao mesmo tempo martirizava a bateria que grande power. Uma presença mais discreta mas muito competente da Rebecca, puzeram todos a “moshar” e mostraram que não é preciso muita gente para fazer boa música e transmitir uma mensagem importante. Sigam esta banda que não se vão arrepender.
Antes de entrarem em palco os headliners, apresentaram-se as britânicas SHOOTING DAGGERS que apresentaram músicas do seu novo álbum Love & Rage numa atuação energética da vocalista e guitarrista Sal, com Bea no baixo e Raquel na bateria. Trouxeram uma mensagem Queercore a lisboa, que teve interesse na audiência.
Mas o público que já estava bem composto a esta hora espera ansioso pela banda de Dwid Hellion, e já passava das 23h quando os INTEGRITY começaram a cativar o publico com o mascarado a percorrer a plateia a desafiar o publico para o que vinha a seguir. A banda de Cleveland formada em 1988 e já com carreira discográfica de dezenas de álbuns, mostrou ao que vinha logos nas primeiras músicas tocadas. Vocal test, Holow e Psycological Warfare incendiaram os fãs fanáticos da banda que voltaram a mostrar todo power e agressividade de um verdadeiro concerto hardcore. O concerto terminou com uma cover dos Misfits Hybrid Moments mas seguiu-se de dois encores com Live it down e No One a deixarem a marca nos valentes que aguentaram até ao fim.
O 2 the core foi um ótimo festival com grandes nomes que corresponderam em palco num venue bastante adequado e com uma ótima sonoridade. As entradas no evento e horários cumpridos proporcionaram uma boa experiencia a quem conseguiu chegar cedo e se aguentou até ao fim. Esperamos pelo cartaz de 2025 que sabemos desde já que será bem organizado pela SONIC SLAM.
Entretanto consultem as redes sociais da promotora porque já existem mais concertos preparados para o início de 2025.
Rock on people!!