Com uma emoção palpável no ambiente, na última segunda-feira, 29 de abril, Avatar fez sua tão esperada estreia na Argentina. No vasto e diversificado cenário do metal contemporâneo, poucas bandas se destacam tanto pela sua singularidade e versatilidade como o Avatar. A combinação de um show original e extravagante com o agitado e quente público argentino tornou-se uma experiência que quebrou todos os padrões.

foto de @garciagarra para Cultura Em Peso

Desde a sua criação, esta banda de Gotemburgo, na Suécia, desafiou as convenções do género.

A expectativa que antecedeu o evento não estava focada apenas na música de alta qualidade que a banda promete, mas também na promessa de uma experiência ao vivo que transcenderia as expectativas convencionais. Embora seja verdade que ficamos todos mimados com as atuações das bandas e só nos resta saber como se adaptam ao local e ao público de plantão, também é verdade que a experiência Avatar foi 100% garantida, devido a declarações anteriores dos mesmos músicos falando sobre a entrega em seu show (de estreia), independente do contexto em que são apresentados.

Desde a sua criação, esta banda de Gotemburgo, na Suécia, desafiou as convenções do género, explorando uma vasta gama de estilos que vão do metal alternativo ao death metal melódico, incluindo elementos de circo e música dos Balcãs. Tudo isso tece uma narrativa visual e performática que envolve seu público em um mundo único e fascinante.

Hermanos de Sangre ficou encarregado de abrir para os fãs que chegaram ao local logo pela manhã. Esta banda vem ganhando espaço no cenário nacional com um excelente material autointitulado publicado em novembro passado e um cover de Almafuerte ft. Tano Marciello que lhes deu grande exposição nos últimos meses.

O promissor grupo se apresentou, apesar de alguns problemas de saúde que vinham afetando sua agenda, e deu um show poderoso e sólido de 6 músicas.

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A espera do fandom de Avatar finalmente chegou ao fim quando, muito pontualmente, as luzes foram baixadas e os músicos suecos fizeram sua entrada triunfante no palco, explodindo a energia de um “Teatrito” que parecia completo em sua capacidade.

“Dance Devil Dance” abriu uma noite que seria inesquecível. Com “Let It Burn” a temperatura subiu aos limites infernais mas os mesmos músicos se encarregaram de dizer que – “Ladies and Gentleman, everything is going to be okay-ay-ay-ay” – quando “The Eagle Has Landed” tocou a seguir.

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Depois disso o clima ficou um pouco pesado, com 3 das músicas mais sombrias do repertório: “Valley of Desease”, “Chimp Mosh Pit” e “Paint Me Red” exigindo esforço gutural máximo do mestre de cerimônias Eckerström. O público voltou com o mesmo nível de intensidade naquela faixa que ganhava violência.

A calma tensa veio quando soaram os acordes da introdução de “Bloody Angel”: uma linda música, que abriu caminho para chegar a momentos épicos onde a banda se exibia com todos os seus recursos de melodia, distorção e performance visual, sempre com a surpreendente e enérgico acompanhamento do público. O protagonismo dos participantes foi notado quando eles marcaram o ritmo da banda cantando as partes de guitarra em “When The Snow Lies Red”. O momento mais surreal veio com “Puppet Show”, quando Johannes Eckerström assumiu o centro do palco, aparecendo na plateia e criando uma marionete com um balão e depois tocando trombone no meio da multidão.

Cada música foi uma ode à diversidade e inovação do metal, levando o público a uma jornada sonora que ia da melancolia à euforia desenfreada. Jonas Jarlsby (guitarra), John Alfredsson (bateria), Henrik Sandelin (baixo), Tim Öhrström (guitarra) e Johannes Eckerström (voz, trombone, piano, teclado) apresentam um altíssimo nível técnico de execução em todas as partes que tocam.

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Em cada pausa entre as músicas, Johannes cativava os presentes com suas palavras e energia contagiante. O vocalista provou ser um verdadeiro mestre na arte da comunicação ao vivo. Mas não foi só ele quem brilhou na área de comunicação; Cada integrante da banda contribuiu para a atmosfera única do show com sua presença de palco e interação com o público.

E assim, entre atos de loucura e momentos de genialidade, Avatar levou o público em uma jornada incrível que se aproximava do fim, mas não antes de passar por vários clássicos da banda como Black Waltz”, “A Statue of the King e Tower que foi tocada em piano solo, tornando-se o momento mais intimista da noite.

“The Dirt I’m Buried In”, “Smells Like a Freakshow” e “Hail The Apocalypse” fecharam a noite com uma explosão de energia e caos, deixando todos se perguntando se o que tinham acabado de testemunhar era um show de metal ou um show surreal de outro mundo. Um mundo que só eles são capazes de criar.

la setlist completa del show
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O show dos suecos oferece uma experiência completa. Chamar esta experiência de um simples concerto seria minimizá-la injustamente. Avatar ofereceu muito mais que música: foi um show no sentido mais amplo do termo, um palco onde foram expostas as mais marcantes composições do metal contemporâneo, entrelaçadas com balões, danças e humor. A adesão do público foi notável, mas a banda merece um público ainda maior, sua proposta precisa ser mais reconhecida e é só uma questão de tempo até que isso aconteça.

É um espetáculo que deixa você sem palavras e sem fôlego. Arte no seu mais alto nível de expressão. O poder transformador da música ao vivo, para nos transportar para lugares além da nossa imaginação.

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Agradecemos à produção e ao pessoal da imprensa da HP por nos permitir fazer parte deste grande evento.

 

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