Com quinze anos de existência, quatro álbuns de estúdio com direito a um Grammy de melhor álbum de Rock e uma revolução musical com um poderoso conceito visual, o organismo sonoro soteropolitano BaianaSystem regressa a Portugal com duas datas (dia 31 no HardClub, Porto, e 1 de Junho no Coala Fest em Cascais), iniciando uma digressão europeia que passará também por Espanha, Inglaterra, Holanda, Alemanha, Irlanda e Suíça.

Com uma sonoridade extremamente original, misturando elementos tão diversos da música popular afrobaiana, do reggae, do hiphop, do rock, do samba, da música eletrônica e redefinindo a guitarra baiana ampliando as possibilidades da sua utilização a partir do conceito de soundsystem jamaicano, BaianaSystem é famosa por arrastar multidões carnavalescas com o seu Navio Pirata, trio elétrico sobre o qual ela faz ecoar toda a potência do que tem sido considerada a grande revolução musical/cultural brasileira dos últimos anos, talvez até sucessora da cena Manguebeat pernambucana.

Se BaianaSystem é um fenômeno único em cima do Navio Pirata, sobre um palco a experiência não será tão diferente, como demonstrou a sua passagem em 2018 pelo festival MIMO em Amarante. Com ritmos cativantes, batidas poderosas, linhas de guitarra deliciosamente suingadas e a energia performática do vocalista Russo Passapusso, a garantia de uma experiência alucinante está dada. As estruturas do HardClub irão tremer.

Data: 31.05.2024

Local: HardClub – Mercado Ferreira Borges, 4050-252, Porto.

Hora: 21h30

Promotor: Primeira Linha LDA.

Bilhete: 30€ (2º lote – lotação limitada)

Onde comprar: Ticketline

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Juliano Mattos
Nascido paulistano, filho de uma portuguesa e um quase baiano, encontrei a redenção no percurso migratório inverso, em Aracaju, que me adotou aos cinco anos. Cresci na capital sergipana, até migrar aos dezoito para Portugal, onde atualmente resido na cidade do Porto. Também residi em Braga, Madrid, Cracóvia e Praga. Devido ao meu interesse pela fotografia, estudei inicialmente artes, mas logo ingressei no curso de Geografia na Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), onde me graduei em 2010. No ano seguinte, fiz uma pós-graduação em Sistemas de Informação Geográfica e Ordenamento do Território na mesma instituição antes de rumar a Praga, cidade que mudou a minha vida. De regresso ao Porto, tornei-me fotógrafo e trabalhei em eventos da vida noturna e em festivais de verão. Fui membro-fundador da Frente de Imigrantes Brasileiros Antifascistas do Porto (FIBRA) e desde 2018 sou responsável pelo projeto fotoativista Ativismo Em Foco. Tenho dois livros de poesia, Travessa das Almas (Corpos Editora, 2014) e Significância Em Escala Poética (2016), e um de ficção, que é uma espécie de «diário de bordo da quarentena», chamado Até Mais, E Obrigado Pelos Feixes (Kotter, 2021). Em 2019 iniciei um mestrado em Riscos, Cidades e Ordenamento do Território (FLUP), com enfoque no Direito à Cidade, debruçando-me sobre a gentrificação turística, e fui investigador bolseiro no projeto «SMARTOUR – Turismo, alojamento local e reabilitação: políticas urbanas inteligentes para um futuro sustentável». De Outubro de 2021 até Julho de 2023 fui o fotógrafo residente na sala de espetáculos M.Ou.Co., no Porto, tendo fotografado quase uma centena de concertos, além de conferências, palestras, peças de teatro, etc.