Na noite quente de 3ª feira, o público de Lisboa foi agraciado com uma dose de energia, tal e qual o chocolate belga: intenso e negro.

BRUTUS, originários da Bélgica, desembarcaram na capital portuguesa para uma apresentação direta e sem espaço a interações desnecessárias. Mas desengane-se quem pensar que a relação com o público foi fria. A intensidade com que Stefanie Mannaerts esmurra a bateria com as baquetes enquanto canta com voz de criança inocente mas rebelde é o magic souce da banda. E sempre com sorriso tímido mas sincero para o público.

O LAV – Lisboa Ao Vivo estava praticamente lotado de ansiosos para presenciar a tempestade sonora que os BRUTUS são capazes de criar, e que a Prime Artists trouxe a Portugal. A noite prometia e a banda não dececionou.

A atmosfera eletrizante começou quando os membros da BRUTUS, Stefanie Mannaerts (bateria e vocal), Stijn Vanhoegaerden (guitarra e vocal) e Peter Mulders (baixo), subiram ao palco. A plateia não perdeu tempo e respondeu com a primeira ovação.

O concerto começou com a faixa “Liar”. A habilidade de Stefanie Mannaerts de alternar entre a bateria e os vocais de forma magistral é impressionante e ficou patente no primeiro tema. Ela é, sem dúvida, a força motriz por detrás da sonoridade poderosa dos BRUTUS, que mistura elementos de post-rock, punk e até metal de uma maneira única.

A setlist incluiu:

  • Liar
  • Chainlife
  • War
  • Storm
  • Justice de Julia II
  • Miles Away
  • Brave
  • Love Won’t Hide the Ugliness
  • What Have We Done
  • Desert Rain
  • Space
  • Sugar Dragon
  • Victoria

A performance de “War” foi outro dos momentos cativantes da noite, com o público acompanhando com braços ao alto entregando-se completamente à música. A química entre os membros da banda era palpável, a medir pela paixão genuína que fazem sentir.

À medida que o concerto se aproximava do fim, o público estava cada vez mais rendido. Foi, por isso, com muita pena que BRUTUS não atendeu aos pedidos de um encore, terminando a noite com uma interpretação explosiva de “Victoria”.

Em resumo, o concerto de BRUTUS em Lisboa foi uma demonstração de pura energia. A banda belga entregou uma performance intensa que transcendeu as barreiras do género e tocou a plateia lisboeta.

Uma menção ainda para a dupla THE CHRISTIAN CLUB, uma banda de Bruges que, com guitarra e violoncelo, trouxeram uma mão cheia de temas do seu EP “Ami Hostel”.

 

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