Se há algo a ser dito sobre o Lich King é que eles não são uma banda comum.
Poderíamos falar da sua qualidade e técnica musical, que nunca foi posta em causa, ou de quantas vezes já esteve em festivais de grande calibre. Ou como sua filosofia de preservar o som e o estilo do thrash metal dos anos 80 e 90 lhe rendeu uma sólida base de fãs em todo o mundo.
Porém, hoje vou falar com vocês sobre a viagem por duas cidades, de Huey Teocalli, na Cidade do México, até Cerro del Tolo, na capital mexicana, e sobre o Lich King como uma unidade, como uma maquinaria bem oleada de o melhor metal cru e sem adornos, e a união, respeito e carinho com seus fãs.
Enquanto ouço Agnosticism pela enésima vez, continuo lembrando desses dois dias cheios de after metal.
CIDADE DO MÉXICO
O HDX Circus Bar foi o local escolhido para dar vida a este espetáculo incrível que foi o concerto do Lich King no México. O local é pequeno, mas incrivelmente equipado para um concerto de qualidade. A combinação de espaço e equipamentos torna a experiência sonora de alta qualidade.
O evento começou pontualmente com a participação da banda nacional Spine, que deu tudo de si no palco. O povo os recebeu muito bem, quebrando tudo em todos os sentidos.
Depois foi a vez do velho confiável: Tulkas. A nossa banda nacional preferida por excelência. Não só porque são fiadores de boa música, riffs poderosos e shows poderosos, mas porque são uma referência do que uma banda é coerente com sua própria filosofia. Sempre ver Javier Trapero e sua comitiva dando tudo de si no palco me surpreende, porque são uma demonstração de energia que nunca acaba, a convivência com as pessoas abaixo montando o moshpit mais brutal, enquanto toca a música mais brutal. Torna-se apenas uma experiência interativa em vários níveis.
Finalmente, após uma breve espera para ajustar os instrumentos, o Lich King faz sua aparição com “Attack of the Wrath of the War of the Death of the Strike of the Sword of the Blood of the Beast”. A noite virou um moshpit infinito, cheio de fúria, hinos inesquecíveis como “Combat Mosh”, “In the End”, “Devastation”, “We Came to Conquer”, e muitos mais que soaram com a voz poderosa e inigualável de Zack. A banda sempre parecia muito confortável e até muito divertida. Houve muitos momentos engraçados no palco, diversas vezes Zack distribuiu cervejas entre os presentes, ele abordou os guitarristas para discutir o setlist de uma forma bastante conspiratória, e em uma ocasião o cabelo de um dos guitarristas ficou emaranhado no baixo, enquanto o outro guitarrista riu e o vocalista tentou libertar o amigo. Esse tipo de interação foi uma delícia de assistir, pois projetavam uma banda muito unida pela confiança.
O dia, mesmo o fórum não tendo casa cheia, foi um sucesso estrondoso, a energia da banda, somada à dedicação do público da capital fizeram do evento um sucesso estrondoso. Além disso, por ter a oportunidade de não ter casa cheia, a banda conseguiu se misturar com seus fãs de uma forma bem casual antes do show, então puderam tirar fotos, assinar cartazes e conversar com seus fãs.
TOLUCA, ESTADO DO MÉXICO
El Carpicho de la Diabla foi o fórum que acolheu a banda em sua turnê pela capital do Estado do México, devido a um problema com o fórum que foi originalmente cogitado. Este fórum, infelizmente, possui um pit muito pequeno e declives muito íngremes, porém, isso não impediu os participantes de se divertirem e montarem um moshpit de qualidade.
Dessa vez foram as bandas Warkill, Envenomed, Atrox e nossos Tulkas que se encarregaram de colocar o “Before Flow” diante da brutalidade do Lich.
Todas as bandas convidadas estiveram à altura do desafio, mostrando a sua qualidade e capacidade musical. Pessoalmente, Atrox é o que mais gostei em termos de proposta musical. Deixo-vos um conjunto para que os possam conhecer.
Tulkas sobe ao palco com seu show peculiar, interagindo com as pessoas, que não foram comedidas na hora de montar o moshpit, que parecia muito brutal visto de cima do pit. Tulkas colocou tudo de si em sua música, deixando o palco para Lich.
No entanto, Lich foi forçado a tomar uma decisão muito importante.
Zack adoeceu durante a noite e não conseguia cantar. Sua saúde estava ruim e ele precisava descansar. Então, pela primeira vez em toda a carreira de Lich, eles decidiram subir ao palco, pedindo ao cantor dos Tulkas que anunciasse a doença de Zack, e desse o melhor show possível.
Toluca não se intimidou nem se incomodou com a situação, Toluca recebeu o anúncio com surpresa, mas disposto a curtir Lich, então na capital mexicana tivemos um setlist sem voz, mas brutal.
Ao final do evento, os integrantes tiraram fotos com os participantes, conversaram com eles e assinaram cartazes.
Naqueles momentos difíceis, Lich King se movia como uma máquina bem lubrificada, superando contratempos e deixando claro ao público que era a primeira vez na carreira que davam um show sem o vocalista, mas que a situação era urgente e que Queriam dar um grande show ao público de Toluca. Com essa cumplicidade no palco, sua preocupação com seus ouvintes e sua disposição para com eles, Lich King demonstra não apenas um incrível domínio do palco e habilidade musical, mas também a qualidade de humanos que realmente são, o quão unidos são. uma banda e o amor e respeito que eles têm por sua base de fãs.
Na viagem puderam visitar lugares emblemáticos do CDMX e de Toluca, como o Palácio de Belas Artes, o Monumento à Revolução, o Zócalo, a Catedral, as Ruínas do Templo Mayor; e em Toluca puderam visitar rapidamente Metepec, Los Portales, a Catedral e as barracas de artesanato em barro, típicas do município de Metepec. Isso não foi contado por Armando, o diretor da Dirty Sound.
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Esperamos sinceramente que Lich King tenha gostado deste pedaço do México e que tenha ficado querendo mais. Skol por eles, por serem grandes seres humanos, e queremos que eles voltem logo.