A banda uruguaia Apneuma, formada em 2006, destaca sua jornada no metal, desde as motivações iniciais até as participações em festivais renomados. Com três álbuns lançados, eles planejam um novo trabalho, “Quantum Omniscience”, retornando às raízes. A banda compartilha experiências internacionais e enfatiza a importância do apoio às bandas locais.
Eder: Contem-nos um pouco sobre a história da banda. Como e quando ela foi formada, e qual foi a motivação por trás da criação da banda?
A banda foi formada em 2006 na cidade de Paso Carrasco. Inicialmente, a motivação era ter uma banda para expressar as ideias musicais que tínhamos e tocar o mais rápido e pesado possível. Entrar no circuito de bandas, tocar ao vivo, ser reconhecido pelo público, gravar um demo, entre outros objetivos básicos que todos buscam no início ao formar uma banda.
Eder: Vocês participaram de festivais renomados, como o Carnival Paysandú Metal Fest. O que essa experiência significou para a banda e como influenciou em seu desenvolvimento?
Participamos de alguns festivais e, sem dúvida, o Carnival foi um dos melhores. Ele permite que você transmita sua mensagem para pessoas que muitas vezes não vão aos seus shows, tudo isso em um ambiente festivo e fraternal. Não podemos pedir mais.
Eder: Poderiam falar sobre os álbuns que lançaram até agora? Qual consideram o mais importante em sua evolução como banda?
Lançamos 3 álbuns, 2 EPs e 1 demo. Acredito que todos foram importantes porque construíram a história e nos colocaram onde estamos como banda hoje. Acho que o primeiro e o último álbum foram os mais importantes, fizeram com que crescêssemos muito como músicos.
Eder: O caminho de uma banda de metal underground muitas vezes está cheio de desafios. Quais foram os principais desafios que enfrentaram como banda e como os superaram?
Enfrentamos todo tipo de problemas, praticamente todos os desafios que qualquer banda enfrenta. A única coisa que posso dizer é que para continuar aqui depois de tantos anos, você precisa de duas coisas: amor pela música e uma determinação enorme. Derrota e abandono não podem estar em seu dicionário.
Eder: Quais são os planos e objetivos para o futuro da banda? Têm em mente fazer uma turnê internacional ou trabalhar em um novo álbum?
Para 2024, o plano é lançar um quarto álbum. Já começamos a trabalhar nisso, e, ao mesmo tempo, sim, uma turnê internacional é algo que sempre sonhamos. Veremos como podemos concretizá-la. Há muito trabalho pela frente.
Eder: Me contaram que estão trabalhando em um novo disco. Poderiam compartilhar alguns detalhes sobre esse próximo lançamento? O que podemos esperar desse novo álbum?
Sim, já estamos ensaiando músicas novas. Apresentamos 2 no nosso último show. A ideia deste álbum é voltar um pouco às raízes e buscar o álbum mais brutal e pesado que já lançamos. Por enquanto, provisoriamente, será chamado de “Quantum Omniscience” e sua temática estará relacionada. Não será um álbum conceitual, mas as letras terão relação com um mesmo tema.
Eder: O processo de composição no metal muitas vezes é muito pessoal e criativo. Como abordam a criação de novas músicas na banda?
Bem, ao longo da história da banda, tivemos muitas formas de compor. Para este álbum, atualmente, eu estou compondo a maioria das músicas e depois as ajustamos ou modificamos com a banda nos ensaios.
Eder: Tiveram a oportunidade de abrir shows para bandas internacionais. Poderiam compartilhar alguma anedota memorável dessas experiências?
Felizmente, devido ao trabalho, participamos de vários shows internacionais. Tivemos a oportunidade de conhecer pessoas que admiramos, como Destruction, Phil Anselmo, Hatebreed, Dark Tranquillity, Brujeria, Vader, Krisiun, etc. Dessas experiências, tiramos pequenas conversas, aprendemos como os profissionais se comportam, no que nos assemelhamos, no que não, e, obviamente, levamos todas essas experiências como lembranças para a vida. Não posso dizer que tivemos alguma anedota maluca ou estranha nas vezes que tocamos com essas bandas. Muitas vezes, os músicos vêm de longas turnês e estão cansados, os produtores também são muito rigorosos para evitar distrações, e os tempos são muito controlados, então realmente não tenho nenhuma anedota maluca ou estranha com essas bandas, haha. Mas tivemos experiências incríveis, como levar um ônibus cheio de headbangers do Uruguai para a Argentina para tocar com o Dark Tranquillity, isso foi ótimo.
Eder: O metal uruguaio teve um impacto significativo na cena underground. Como veem o papel de sua banda na promoção da cena metal no Uruguai?
Essa pergunta acredito que só o tempo pode responder. Aqui no Uruguai, geralmente, uma banda é mais valorizada quando se separa do que quando está ativa.
Eder: Por último, que mensagem gostariam de transmitir aos seus seguidores e àqueles que ainda não conhecem sua música?
A mensagem seria: nos ouçam, vocês não vão se arrepender, haha. Muito obrigado a todos que o fizeram ao longo desses anos, para eles é toda a música. Se você gosta de uma banda local, apoie-a, é disso que depende para que ela continue existindo ou não.