No passado dia 6 de Abril, os The Red Crow atuaram na 7ª edição do Tondela Rocks, evento organizado por Rocha Produções, e apresentaram-nos o seu stoner rock que não ficou indiferente a ninguém dos presentes!

Os Stoner Rockers, originários do brasil mas que se encontram há 1 ano em Portugal, mostram-nos que muitas vezes “less is more“. Apresentam-nos temas com base em bons riffs, sem grande complexidade mas poderosíssimos e vigorosos, juntando ainda o timbre violento e condimentado de Christiano Vieira. O trio encontra-se neste momento a gravar músicas para um novo álbum.

Durante o evento, tivemos a oportunidade de realizar uma entrevista com a banda:

1-Qual a origem do nome da banda? É representativo de algo?

É uma homenagem a um grande guerreiro de pele vermelha do norte dos Estados Unidos e sul do Canadá. Tornou-se chefe da policia após a morte do seu pai e liderou o seu povo de forma memorável. Sem contar que é um nome giro as f*ck!

2-A banda é atualmente constituída por 3 elementos brasileiros. Tendo isso em conta, onde e quando foi criada?

A banda foi criada em 2013 na cidade de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul, inicialmente como uma tentativa de ser um cover de Queens of the Stone Age. Porém, logo percebemos que a nossa veia seriam mesmo os originais.

3- O vosso estilo caracteriza-se por stoner rock que é um estilo que em Portugal não existem muitas bandas a tocar embora seja um estilo apreciado. Consideram isso uma oportunidade para se expandirem nacionalmente?

Realmente gostaríamos de ver muitas bandas do estilo dentro de Portugal, porém não é esta a realidade infelizmente. Com toda a certeza isso é uma oportunidade. Não é nada fácil pois como não somos muitos não há grandes eventos nem produtoras específicas neste estilo. Isso faz com que tenhamos de nos “infiltrar” em eventos de metal ou até mesmo punk o que claro, não é um problema mas sentimo-nos carentes neste sentido pois é complicado encontrar o “nosso público”.

4-Que festivais nacionais e internacionais ambicionam tocar no futuro?

Obviamente aqui em Portugal tencionamos um dia tocar no SonicBlast e no WoodRock Fest. No âmbito internacional seriam o Freak Valley Fest e o Desert Fest na Alemanha. Se algum dia pisássemos qualquer um desses fests seria com certeza um sonho realizado.

5- Para quando novos trabalhos e novos eventos?

Para este ano temos o lançamento do nosso full no formato físico enquanto no formato digital vamos lançar o álbum inteiro no formato de singles juntamente com videoclipes no youtube onde já postamos inúmeros vlogs dos concertos que fazemos. Quanto a eventos, temos aí muitos concertos por portugal já marcados até ao fim do ano, juntamente com uma tour por espanha a ocorrer ainda este ano. Já estamos a negociar alguns eventos para o ano de 2025 bem como uma tour um pouco maior por mais países da europa e se tudo der certo vamos a américa do sul em 2025.

6- Sendo que esta entrevista está a ser realizada no Tondela Rocks 7ª edição, o que estão a achar do festival e do ambiente no interior de portugal?

The Red Crow no Tondela Rocks, por Cátia Sousa

Seria loucura dizer que não estamos a gostar do fest. A organização é algo fora do padrão, destacando-se em muito pela qualidade e trato com as bandas. É um fest muito focado no som pesado e com grandes nomes do metal nacional. Para nós está a ser um prazer imenso estar no meio destas bandas. Quanto ao ambiente metaleiro do interior é melhor do que aquilo que já nos tinham dito que ia ser! O público é fiel e acolhedor, muita gente presente do início ao fim e todos nos receberam muito bem mesmo o metal não sendo a nossa vertente mais perceptível. O interior de portugal realmente respira o metal e a música pesada, principalmente o norte que é onde temos mais convites para tocar.

 

7- Quais os maiores desafios de uma banda que iniciou num continente diferente e que agora se encontra em Portugal?

Readaptar a forma como gerir a banda e encaixar num novo ambiente, com novas regras e formas de funcionamento principalmente na parte do marketing. Aqui em portugal a coisa funciona muito na persistência, pois para isso é preciso ter muita força de vontade, visto que para receber uma resposta de uma proposta de data para concerto às vezes é preciso enviar imensos emails e mesmo assim a resposta não é garantida. Acredito que existam alguns produtores de concertos que não aguentem mais receber os nossos emails (ahahah) mas continuamos a enviar até recebermos resposta mesmo que negativa. No Brasil a coisa é mais fácil neste sentido. As produtoras costumam sempre responder mesmo que seja com um curto “não temos interesse”. 

8-Por último, quais as maiores inspirações para a banda tanto em termos líricos como de composição?

Não podemos deixar de citar bandas como Queens of the Stone Age, Kyuss e Red Fang. Em termos líricos costumamos falar de zumbis, monstros, demónios, espíritos, entre isso. A ideia é nunca falar de assuntos muito sérios porque acreditamos que já existem muitas bandas a falar desses temas. Acreditamos que no nosso projeto o ideal seria trazer um alívio para tudo isso que passamos no nosso dia a dia e como gostamos muito de filmes de terror misturados com comédia, tais como filmes do Tarantino e filmes de monstros dos anos 80, abordamos sempre essas temáticas nas nossas letras.

Agradecimentos à banda The Red Crow pela entrevista prestada e votos de muito sucesso nesta nova aventura!

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