Entrevista com Vitor Rodrigues, vocalista do Voodoopriest.
1- O grupo é formado por membros com bastante experiência na música e provenientes de estilos diferentes, hardcore e metal. Como surgiu a ideia de formar a banda?
Vitor Rodrigues: Na verdade foi tudo muito rápido e natural. Eu estava disposto a começar uma nova banda apenas no começo de 2013. Mas devido a muitas manifestações de apoio dos headbangers tanto na minha página no Facebook, como nos comentários nos sites especializados, voltei atrás na minha decisão e comecei a fazer uma lista de músicos com quem eu gostaria de formar uma banda, o que posteriormente viria a se tornar o Voodoopriest. Lembro-me que o primeiro a entrar em contato comigo por e-mail com uma composição foi o César Covero (guitarrista). Passou uma semana e ele me mandou mais outra. Decidi conversar com ele para saber se estaria interessado em formar uma banda comigo, e ele não pensou duas vezes (risos). O Renato De Luccas (guitarrista) eu já tinha o conhecia quando o Exhortation abriu um show do Torture Squad anos atrás e, depois que a banda dele lançou um álbum-debut, eu virei mais fã ainda. Ele se interessou e mandou uma música inteira com bateria e tudo, o que acabou se tornando a faixa “Reborn”, e isso o credenciou a participar da banda. O Bruno Pompeo veio por indicação do próprio Renato De Luccas. Mandei uma mensagem para ele perguntando se estaria interessado em participar da banda, e ele foi outro que não pensou duas vezes (risos), mesmo sendo integrante de uma banda maravilhosa, o Aggression Tales. Já o Edu Nicolini, eu o conheço há muito tempo, mas o via sempre como baterista de hardcore. Para minha surpresa, além de tocar muito, ele é fanático pelo thrash metal bay area anos 80. E já no primeiro ensaio pude perceber que a coisa iria ficar séria (risos).
2- Vitor qual é a expectativa de começar tudo do zero com o Voodoopriest, sendo que você estava em um dos ícones do metal brasileiro? Qual é a formula pra que tudo de certo?
VR – A expectativa é a melhor possível, mesmo porque vejo nos comentários que todos estão ansiosos em saber como é o som do Voodoopriest. Acredito que a fórmula é você acreditar no que está fazendo, acreditar na sua música e ir à luta! Nada cai do céu. Ouvir muita música, de todos os estilos, para que você enriqueça seu vocabulário musical e ser o diferencial.
3- O EP ‘Voodoopriest’ tem show de lançamento previsto para março, mas antes disso, vocês vão se apresentar no Otacilio Rock Festival. Será tocado o EP na íntegra? O que mais preparam para esta apresentação em Santa Catarina?
VR – Estamos muito empolgados com essa apresentação. O EP será tocado na íntegra com a adição de mais músicas. Faremos um set bem dinâmico para que os headbangers percebam como é o Voodoopriest. Mas isso é apenas a ponta do iceberg. Estamos criando e temos muitas outras músicas vindo por aí.
4- Qual a expectativa para este show em Santa Catarina?
VR- As melhores possíveis. Como disse na resposta anterior, estamos realmente empolgados com toda essa vibe. Vamos voodoozar os headbangers de Santa Catarina!
5- Jogo rápido:
4 bandas nacionais: Sepultura, Krisiun, Korzus e Ratos de Porão
4 bandas internacionais: Judas Priest, Dio, Slayer e Morbid Angel
1 livro: A Arte da Guerra, de Sun Tzu
1 cd: Running Wild – Under Jolly Roger
Metal nacional: Lutar até morrer
Uma frase: Aqueles que não nos matam, nos mantém mais fortes.
6- Onde foi produzido o EP? Quanto tempo levou?
VR – O EP foi produzido no Norcal Studios, em São Paulo, por Brendan Duffey e Adriano Daga, e levou um mês para gravar, mixar e masterizar. Vale ressaltar o profissionalismo e o talento desses dois produtores. Sempre trazendo ótimas ideias e enriquecendo mais ainda o som do Voodoopriest.
7- Além do EP, quais são os objetivos para 2013?
VR – O objetivo principal é tocar, e muito (risos). Vamos “voodoozar” a tudo e a todos. Queremos que os headbangers curtam tanto quanto nós. O Voodoopriest é mais uma força o metal nacional que veio pra ficar e honrar a tradição.
8- Você pode contar a história da escolha do nome da banda?
VR – Sim, claro. Quando eu estava excursionando com a minha ex-banda, a Torture Squad, fizemos um show na Alemanha. O público estava doido com as músicas e, em determinadas partes delas, eu costumava virar os olhos. Como tinha uma luz vermelha bem na minha frente, creio que a visão deve ter sido assustadora (risos). Quando retornamos ao camarim para nos
recompor, apareceu um alemão elogiando a performance da banda e me dizendo que quando eu virava os olhos e andava pelo palco daquele jeito, parecia um sacerdote vodu – “looks like a voodoo priest” -. Eu curti isso e guardei pra mim. Quando fui escolher um nome pra banda, não tive dúvidas… VOODOOPRIEST!
9- A banda antes mesmo de lançar qualquer música já fez um “reboliço” na cena nacional. Vocês esperavam essa expectativa/ansiedade por parte de público / imprensa?
VR – Sinceramente não. Ficamos extremamente surpresos com toda essa ansiedade e expectativa em torno da banda. Talvez pelo fato de reunir músicos consagrados da cena de talentos extraordinários, a expectativa em saber como vai ser está criando todo esse “reboliço”.
10- Merchan da banda, onde pode ser adquirido?
VR – Estamos fechando algumas parcerias, mas com certeza a banda vai levar merchandise nos shows, e quando estiver tudo pronto anunciaremos onde e como você poderá adquirir camisetas do Voodoopriest.
11- Contatos:
VR: [email protected]
12- Mensagem para os fãs, para os leitores do Cultura em Peso e para o público do Otacilio Costa que irão prestigiar o show de vocês em primeira mão.
VR: Em primeiro lugar agradecer a você, Cremo, pela oportunidade. Aos leitores do Cultura em Peso e aos headbangers que irão comparecer ao Otacílio Fest, quero dizer que estamos muito empolgados e não vemos a hora de estar aí com todos vocês para “voodoozar” a tudo e a todos! Queremos quebrar tudo! Avante metal nacional! Avante headbangers de Santa Catarina!