Com o regresso do Helloween a Portugal marcado para o dia 13 de novembro de 2025, no emblemático Sagres Campo Pequeno, celebramos a carreira de uma das bandas mais icónicas do heavy metal europeu. Nesta série de artigos, vamos continuar a percorrer a discografia dos mestres do power metal.
Lançado em 1993, Chameleon é provavelmente o álbum mais divisivo e experimental da carreira dos Helloween. Após a receção morna de Pink Bubbles Go Ape e num contexto de crescentes tensões internas, a banda optou por seguir um caminho ainda mais arrojado — e arriscado.
Neste disco, os Helloween afastaram-se quase por completo das suas raízes metálicas, abraçando sonoridades que vão do rock progressivo ao pop, passando até por baladas com secções de metais e elementos orquestrais. Michael Kiske, com uma voz mais suave e melódica, ganhou ainda mais protagonismo, enquanto as guitarras perdiam a agressividade que definiu os primeiros álbuns.
Canções como “When the Sinner” e “I Don’t Wanna Cry No More” destacam-se pela produção limpa e abordagem radio-friendly. Já “Giants”, “Windmill” e “Longing” mostram um lado introspectivo, mas distante do espírito que os fãs esperavam da banda.
O álbum dividiu a crítica e afastou uma parte significativa dos seguidores mais fiéis. Internamente, o ambiente tornou-se insustentável. Pouco tempo depois do lançamento, Michael Kiske foi afastado da banda, e o baterista Ingo Schwichtenberg enfrentava problemas graves de saúde mental, que culminariam tragicamente anos mais tarde.
Apesar de todos os problemas, Chameleon permanece um documento honesto de uma banda à procura de identidade no meio do caos. Um disco imperfeito, mas corajoso, que marca o fim de uma era.
No próximo artigo, abordamos a reconfiguração da banda com a entrada de Andi Deris e o regresso às raízes metálicas com Master of the Rings. Não percas!
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