Os russos chegaram ao Peru pela primeira vez para um show totalmente quente onde a Casa Poco Floro destruiu todas as expectativas em uma noite de terça-feira.
Desde a minha chegada, o ambiente parecia totalmente familiar, confortável para todos, algo que representa bem o mundo do “subte” em Lima; Ao chegar, encontrei ninguém menos que o querido “Burro”, vocalista da DHK, banda que abriria o show, junto com o baixista Alex fazendo o clássico penteado punk.
Na outra sala, Aurelio, o dono do estabelecimento, pintava uma obra de arte totalmente surreal, mas impressionante, nas paredes, enquanto ouvia clássicos do Death Metal.
DHK abrindo a noite
Depois de um tempo, esse grande show começou, o local começou a encher e as cervejas começaram a rolar por todo lugar, o DHK começou com suas músicas clássicas, um hardcore punk afiado e direto, Burro, Alex e Chino abriram esse evento tão esperado.

Com um repertório clássico, músicas como Lima de Mierda, Hipokritaz e Lxs punks no mueren, eles animaram todo o público que compareceu ao local numa terça-feira à noite.
De figuras clássicas do underground a novos rostos, todos podiam ser vistos presentes. O pogo e os gritos encheram o local, enquanto eles demonstraram que o punk é sempre sobre união e manter vivos a essência da música analógica e o legado do Discharge.
De figuras clássicas do underground a novos rostos, todos podiam ser vistos presentes. O pogo e os gritos encheram o local, enquanto eles demonstraram que o punk é sempre sobre união e manter vivos a essência da música analógica e o legado do Discharge.


Depois que o DHK abriu esse grande evento, chegou a banda Humanicidio, uma proposta que foi a primeira vez que ouvi falar, pessoalmente, não sabia que era liderada por uma vocalista, também na bateria, acompanhada de um guitarrista e um baixista.

Com toda a força do Crust Punk e até com toques de Grindcore, eles conseguiram agitar muito mais o público presente. Vale destacar que essa grande banda está prestes a embarcar em uma grande turnê pela Colômbia, então, pelo menos na segunda metade deste mês, esse grande quarteto representará o poder do crust punk peruano com nossos irmãos colombianos.

Feira de Merch e Zines
Como é inevitável nesses shows, bandas e vendedores tinham mesas separadas para vender seus equipamentos, desde discos, patches, protetores de costas, pulseiras, tiras, camisetas e muito mais, encontrados nas entradas do local, de todos os preços e modelos.
Você também pode reservar um momento para conversar com os membros do Moratory, que gentilmente venderam seu material e tentaram entender o pouco espanhol que sabiam; Embora a maioria preferisse falar com eles em inglês, haha.

ARCADA e TENEBRION: GRANDES PROPOSTAS NO METAL
Depois de uma breve pausa, voltei ao salão principal e encontrei uma banda inteira coberta de sangue e maquiagem. Foi a primeira vez que os vi ao vivo e valeu muito a pena.

Arcada, uma excelente proposta de Black Metal, no melhor estilo Darkthrone e Behemoth, conquistou todo o público com um show de grande impacto, sua performance e fogo, conseguiram fazer com que todos se apaixonassem completamente por essa grande proposta, inclusive eu.

Da mesma forma, já há rostos conhecidos neste grupo; o mesmo baterista do DHK também faz parte desse grande projeto, e o já conhecido, EL VISIR como guitarrista. Visir já é uma figura pública neste mundo, conhecido por fazer excelentes trabalhos em couro, como arreios, correias, pulseiras, correntes e muito mais; Ele é o responsável por fazer o “uniforme de guerra” da banda PUS.

Por outro lado, a próxima banda, Tenebrion, uma proposta totalmente crua e alucinante de hardcore, thrash e speed metal, um power trio que formou um dos melhores pogos da noite.

De minha parte, me apaixonei pela camiseta do vocalista da banda, em alusão ao fato de que os principais convidados daquela noite eram russos. A camiseta “ARIA” da banda foi um ótimo aceno naquela noite. Com um show minimalista, mas cheio de energia e potência, eles receberam dezenas de aplausos naquela noite.


Da mesma forma, ambas as bandas têm material publicado tanto no YouTube quanto em streaming.
MORATORY: D-BEAT RUSSO NA VEIA
Após cerca de 15 a 20 minutos, os tão aguardados russos encerraram a noite com um show energético. Talvez o clima tenha sido um fator contraproducente para o show, pois senti que algumas músicas estavam faltando, mas fora isso, o show foi preciso.

Eles tocaram as músicas necessárias para remediar tal contratempo e ainda conseguiram fazer com que todo o público aproveitasse o show ao máximo.

Com a energia e presença inegáveis de todos os integrantes, eles conseguiram passar sua mensagem com força, como vêm fazendo nesta turnê que os trouxe a terras sul-americanas. A turnê “Chaos en el Sur” os levou a países como Argentina, Chile, Colômbia, Equador e Peru.

Para encerrar esse excelente show, muitos se autoconvidaram, já que a polícia e os seguranças fizeram sua querida aparição minutos antes do show terminar. Imagino que eles estivessem querendo aproveitar um pouco da ação antes do feriado que aconteceria naquela semana.

O importante é que nada passou dos limites; o show foi uma experiência inesquecível para muitos que decidiram quebrar a rotina daquela semana e fazer um show dessa magnitude numa terça-feira à noite.

Facebook - Comente, participe. Lembre-se você é responsável pelo que diz.