Aranhas gigantes, muitos animais venenosos e outros espécimes exóticos são encontrados na Austrália. Assim encontramos também Ne Obliviscaris (significa Não esquecer, em latim), uma banda com uma sonoridade muito peculiar que se classifica como metal extremo (mais carregado para o deathmetal) progressivo, com violinos colocados nos momentos certos para aumentar a emotividade do música. Resultando em uma excelente mistura de tecnicidade, peso e beleza.
Já se passaram 7 anos desde a última turnê da banda no México. Em 2017, divulgando seu álbum de sucesso Urn, visitaram Tijuana, Monterrey, Guadalajara e CDMX, sendo este último o local mais movimentado. O show foi muito bom, a partir do momento que a banda chegou eles começaram a cumprimentar as pessoas, e conversar com elas entre as músicas. Ah, sim, eles andavam descalços.
Exul, álbum lançado em 2024, teve uma longa jornada, pois começou a ser gravado no início da pandemia em 2020. Após se depararem com a morte, a saída do baterista, relacionamentos destruídos e outras situações inesperadas, eles conseguiram concluí-lo com seu selo característico. Aproveitaram os inconvenientes para reescrever e aperfeiçoar algumas músicas, resultando na característica mistura de emoção e beleza.
O álbum começa forte, com Equus, bateria determinada, dedilhados de guitarra abafados e violinos muito emocionantes. Depois entram as vozes, alternadas entre limpas e guturais. O último a se destacar é o baixo, que traz uma dança progressiva na música. No total são 6 músicas, com durações entre 3,5 e 12 minutos com flutuação de emoções.
Não sabemos quanto tempo seu setlist durará no MXMFVIII, mas pelas apresentações que fizeram em festivais como Hellfest, Graspop Metal Meeting e IntotheGrave, podemos esperar que comecem com Equus e incluam Suspyre e AndPlagueFlowersTheKaleidoscope; As primeiras são do novo álbum e a última é uma das suas músicas mais emblemáticas, pertencente ao seu álbum de estreia.