Fotos: Giovanni Maglia

O punk ressuscitou em Porto Alegre. A cinquentenária banda britânica de punk rock Buzzcocks fez show na chuvosa cidade gaúcha na última terça-feira, dia 27, no Bar Opinião, e privilegiados os menos de 500 seres que puderam cantar, ensandecidamente, pular, dançar e berrar como se não houvesse amanhã, Ever Fallen in Love, com direito de até quase derramar lagriminha no canto do olho. (E não podemos esquecer a abertura da banda Treva, que em breve ganhará uma entrevista especial no Cultura em Peso.)

Guitarrista Steve Diggle é um frontman sem tempo ruim

Exageros à parte, seja para os fãs mais experientes, que já esperavam a performance enérgica, simpática e “pra cima” do guitarrista e vocalista Steve Diggle (que assumiu também os vocais após a morte do antigo líder Pete Shelley, em 2018), seja para quem estava lá simplesmente para conhecer um pouco da história viva do punk (o Buzzcocks são contemporâneos de bandas como Ramones, Sex Pistols e The Clash), o fato é que o show de quase duas horas levou a galera à loucura. Esta foi a segunda vez que a banda tocou em Porto Alegre.

O guitarrista Mani Perazzoli
O baterista Danny Farrant

Os músicos foram não se deixaram abater por nada, nem eventuais probleminhas técnicos. Formado por Chris Remington (baixo), Danny Farrant (bateria) e o guitarrista de turnê Mani Perazzoli, a banda era mesmo a energia de Diggle, que provava pra todos os jovenzinhos ali presentes que um senhor de 70 esbanja mais energia e alegria que muitos adolescentes por aí.

Ao todo, mais de 30 músicas foram tocadas, e o aquele se deu pela grudenta “What Do I Get”, um clássico inesquecível da carreira da banda. Para quem não sabe, o Buzzcocks tem uma pegada que pode ser enquadrada como “pop punk”, ou seja, para além das questões político e sociais, a banda se deteve sobre letras engraçadas, amor com uma perspectiva adolescente. O lado melancólico também é super presente nas letras dos caras, tornando o Buzzcocks uma banda única.

Logo em seguida, eles emendaram Everybody’s Happy Nowadays, Fast CarsIsolation (uma das mais festejadas da noite), Autonomy e a desbocada Orgasm Addict, esse último um “hino” que deu o que falar ao longo da história da banda. Dividido em duas partes, o show teve como destaque na sua segunda metade sucessos como Love is Lies, Harmony, Boredom e Chasing Rainbows. 

Grande figura, o baixista Chris Remington e seu ar blasé, nada o abalava

 

O lendário Steve Diggle
O público cantou “ole, ole, ole, Buzzcocks” ao longo de todo o show
Impossível não se envolver pela energia de Steve Diggle

O set list:

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