Fotos: Giovanni Maglia

Ele quer ser punkEle quer ser punk, punk, punk (punk, punk, punk)Ele quer ser punkEle quer ser punk, punk, punk

Corta seu cabelo, deixa todo arrepiadoÉ que ele não tem medo que o chamem de viadoEm casa ele é certinho, arrumado e bonitinhoÉ muito queridinho e seu cabelo é tão curtinhoPunk, punk!

Essa canção dos Replicantes, de 1986, representa muito e segue viva no imaginário de todos os punks que dedicaram a poguerar a noite do último domingo (25/05) para ver os Repli, é claro, e o Cólera. Mas se os Repli ainda estão comemorando mais de quatro décadas de resistência (a atual formação, que já dura quase 20 anos, conta Júlia Barth (vocal), Cláudio Heinz (guitarra), Heron Heinz (baixo) e Cleber Andrade (bateria), o Cólera não fica atrás: na estrada desde 1979, é um dos grupos seminais da cena punk nacional. 

Em mais um evento inesquecível, organizado pela Pisca Produtora e Opinião Produtora, as duas bandas fizeram jus ao título de pioneiras do punk rock brasileiro. Ao subir ao palco, às 19h30min, Júlia, fez questão de chamar o público todo para frente do palco, sem tempo para dispersões. A ideia era transformar o Opinião logo numa grande festa punk, o objetivo da noite, tocando esse sucesso homônimo, bem como “Nicotina”, “Surfista Calhorda”, “Boy do Subterrâneo”, “Sandina” e muitos outros.

 

Criada pelos irmãos Redson Pozzi (vocal/guitarra) e Pierre Pozzi (bateria), a banda Cólera participou da lendária coletânea “Grito Suburbano” (1982) antes de gravar o seu disco completo de estreia, chamado “1.9.9.2.”, dois anos depois. Desde 1979 na estrada, é um dos grupos mais importantes e pioneiros do punk brasileiro.

Ao longo dos anos, o Cólera lançou oito álbuns, além de quatro registros ao vivo e realizou várias turnês pelo exterior. Em 2012, a banda passou por uma grande mudança após a perda de Redson, mas continua firme. Hoje, o grupo é formado por Wendel Barros (vocal), Fábio Belucci (guitarra), Val Pinheiro (baixo) e Pierre Pozzi (bateria). Com uma postura ecológica e antimilitarista, o Cólera é responsável por clássicos do punk brasileiro, como o LP “Pela Paz em Todo o Mundo” (1986) e a música “Medo”.

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