Após dois shows com ingressos esgotados, a clássica banda madrilenha chegou à cidade de Málaga na sala París15 para repetir mais um sucesso na turnê de 30º aniversário, liderada por OLISKULL, onde, além de seus clássicos, também revisitaram outros grandes sucessos da época do SAVIA, com Jesús Pulido no baixo, e do SKIZOO, com Morti nos vocais.
Em um ambiente muito quente, embora habitual para a época, o primeiro momento foi aquele em que alguns fãs puderam desfrutar de um momento mais íntimo ao comprar o ingresso com o meet and greet, aproveitando um breve momento durante o teste de som para tirar algumas fotos com os membros antes do início do concerto.
Depois que a sala ficou lotada, ao som de AC/DC, começou a introdução de Retorcidos, uma releitura de seu primeiro trabalho, chamada Amosis. Tudo virou uma loucura quando os membros começaram a entrar no palco e os primeiros acordes de La Prisión del Placer começaram a soar, seguidos pelo repertório do disco Morfología, com um medley que incluiu trechos de Caída Libre, Abstinencia e Cubos.
A ordem continuou de forma cronológica com Versus, mas decidiram dar um salto no tempo ao continuar com Sombras e seguir com essa fase de reunião. De fato, continuaram com Tic Tac de seu disco Superbia e Blancanieve de Letargo. Desta vez, deram um “passo atrás” ao tocar La Araña e retroceder ainda mais no tempo com Arrepentido, de seu grande sucesso Paradysso. Não é difícil entender por que a banda madrilenha tinha a sala na palma da mão, com sua presença de palco e o desenvolvimento impecável do concerto sem nenhum problema técnico. Na verdade, o único aspecto negativo era o calor dentro da sala.
Após isso, chegou o aguardado momento especial desta turnê: poder ouvir ao vivo novamente músicas de duas bandas que também fizeram história na Espanha, como foram SAVIA e SKIZOO. Ao contrário da turnê de 20 anos, as músicas não seriam interpretadas de forma consecutiva, mas seriam alternadas entre uma e outra. Quem deu o pontapé inicial foi SKIZOO com seu “Solo Está Tú”, com Morti liderando o microfone e Jesús com seu clássico Fender Thunderbird no baixo. Apesar de alguns probleminhas de saúde, Morti estava em ótima forma. E que dizer de Jesús, parecia que os dois não tinham parado em momento algum nessa fase musical. Depois disso, Carlos subiu ao palco com seu clássico chapéu de cowboy e sua Les Paul preta para dar lugar a um dos hinos de SAVIA, “Derrotado”.
A festa não parava, alternando as músicas e as vozes: “Habrá que Olvidar” e “Insensible” continuavam agitando o ambiente, que já estava fervendo devido ao calor da sala e à animação do público. Seguiram com “Dame Aire” e “Fragile”. Pouco a pouco, esta fase estava chegando ao fim, pois “Algún Día”, a balada mais reconhecida do SKIZOO, continuou no repertório. SAVIA prosseguiu com “Inmortal” e chegaram as duas últimas músicas, que, é claro, foram dois grandes sucessos dessas duas bandas: “Renuncia al Sol” do SKIZOO e “Sólido” do SAVIA.
Era hora de voltar à fase do SÔBER com “Eclipse”, uma de suas últimas baladas que fez grande sucesso entre seus fãs. Deram um passo atrás novamente no tempo, e Vulcano aumentou ainda mais as revoluções quando tocaram “El Día de la Liberación”. Passaram para sua última fase antes da separação, interpretando “La Nube” e “El Hombre de Hielo” de seu álbum “Reddo”. Era o momento de tocar ao vivo aquele “Retorcidos con Brazos Altos, Caras Bajas”, onde tudo soou como uma única voz.
Depois disso, veio um dos momentos mais especiais do concerto, pois, no meio de um de seus grandes clássicos, “10 Años”, houve um duelo de baterias entre MANU e CARLOS, como aconteceu naquela turnê de reunião ou na de apresentação de “Superbia”. Não seria o único confronto entre membros da banda, pois depois desse houve outro “enfrentamento” entre JORGE e ANTONIO com solos de guitarra para mostrar quem era o melhor da banda. Assim como no anterior, o público se divertiu muito com isso, então ficou empatado porque nenhum dos dois pareceu ser o claro vencedor.
O concerto estava chegando ao fim e chegava outro dos momentos mais esperados pelo público, quando Carlos desce com o microfone na mão para interpretar junto com eles “Estrella Polar”. O momento final foi, sem dúvida, o mais especial, já que Jesús e Morti se juntaram à banda para tocar o que foi o primeiro single daquele “Retorcidos”, que também era uma nova música, “Tiempo”. Antes de terminar, houve um momento para aquelas “luciérnagas”, como Morti bem definiu: “Náufrago” fez com que 1500 pessoas iluminassem a sala París15 para essa tremenda balada. Claro, um concerto do Sôber não poderia terminar sem o hino da banda: “Loco” encerrou de forma espetacular uma jornada espetacular.
Foram três horas de música em que todos que entraram naquela sala estavam com um sorriso de orelha a orelha, ansiosos para aproveitar uma data verdadeiramente especial e que, depois desse concerto, ficou ainda maior por terem vivido uma grande experiência. Todo mundo que saía da sala comentava o quão bem se divertiram e como o tempo passou rápido, mas o mais comentado ainda foi o desejo de repetir a experiência. Por outro lado, OLISKULL novamente conquistou um “sold out” em seu currículo em um concerto que foi perfeito em todos os sentidos.
Album completo de las fotos do concerto: