TODAS AS FOTOS POR @CREMO_IU – @CULTURAEMPESO

 

O retorno do Resurrection Fest Post-Pandemia foi brutal

 

Sempre que se fala com espanhois ou sobre Espanha, o primeiro nome citado é sempre “Resurrection Fest”, e não é para menos, é o maior Festival do Estilo na Península Ibérica.
O festival é praticamente um património espanhol do Underground.

Nos fomos conferir e te contamos por aqui.

 

Depois de uma viagem de quase 7 horas chegamos um dia antes do começo do festival, e por motivos alheios ficamos no camping gratuito que já estava lotado, havia gente a 3 dias por lá a espera do Festival, isto fala um pouco sobre o sentimento do público com o Fest.

Um festival mais inclinado ao “Core” (Hardcore, metalcore, deathcore) que mantém grandes opções para todos os outros estilos, ou seja, para todos os gostos.

“… Para mi fue una de las mejores ediciones a las que he ido y de las bandas que más ganas tenia de ver era Electric Callboy y Free City …“
@daughter_of_motherearth . (Espanha)

Sobre o Acampamento, haviam duas zonas pagas oficiais e uma gratuita que falaremos melhor num vídeo.

Além de duas zonas pagas privadas ao lado da zona livre.

 

 

O ponto negativo é que a zona de camping gratuita fica a 3,1 km do festival, problema contornado com autocarros/Ónibus que faziam viagens de ida e volta a cada 20 minutos.
Cada viagem custava 1 euro.
Para quem foi de carro, estacionar era um problema no camping, mas havia

estacionamento suficiente a 400 metros do festival, dali em diante , somente carros autorizados, a zona paga de camping ficava ao lado do Festival.
Por outro lado, a praia de Viveiro fica exactamente em frente ao camping gratuito, mesmo com a temperatura da agua um pouquinho fria, vale a pena o mergulho.

Sobre o Festival, um recinto nem enorme, nem pequeno, abrigando quatro palcos, e toda uma estrutura para o publico se sentir bem.

Com muitas opções de comida e bebida, das mais simples e baratas as mais exigentes, e bares espalhados em vários pontos do recinto para não criar tumulto.

Um ponto interessante foi o empréstimo de power banks para carregar os celulares, deixando um depósito de 20 euros como garantia, que retornavam quando devolvido o power bank, e também venda dos mesmos personalizados como souvenir do Festival, que podiam chegar até 65 euros.

Ponto negativo para a forma de pagamento, não foi digital, tinha-se de comprar tokens , o que obrigava a todos ficarem carregando nos bolsos ou carteiras, seria mais prático pagar com a própria pulseira.

Preços? Em relação a outros festivais, pareceram justos, tanto para comer quanto beber, não esteve muito acima da média, e como já dito, havia opções para todos os gostos e bolsos.

O merchandising esgotou-se muito rápido, também por ter preços atrativos, ou simplesmente porque havia muita gente, e aqueles que quiseram comprar algo levaram minimamente mais de 20 a 30 minutos de espera.

 

Day 1

 

Onza

O primeiro show que vimos foi o Onza uma banda que mescla rock ao hardcore de forma sensacional, para uma multidão que estava sedenta por shows e com saudades do Festival.

 

Serrabulho

Inicialmente todos os shows do dia 29/06 seriam no Main Stage, mas por alguma decisão a terceira banda do dia foi para o palco Ritual. Serrabulho, uma banda portuguesa de porngrind que “encanta” por onde vai, e com certeza absoluta foi o show mais movimento do primeiro dia, fizeram uma grande apresentação.
Cheerleaders, animador de torcida vestido de Robin, um vocalista que canta com uma pá escrito “Grind”, e toda uma preparação para ser o show mais divertido do festival.
Desde todo tipo de insufláveis , colchões , bolas , e tudo que se pode imaginar, eles jogavam do palco e o público se fartava em surfing, moshs.
Definitivamente os espanhóis estavam a espera deles, protagonizaram a maior “roda punk” do festival, eles correram entre os dois stages mais próximos “Main e Ritual”.

Ivan , Guilhermino , Paulo e Guerra formam parte deste grupo que não pode faltar na sua playlist e mais importante, deve entrar na lista de shows a ver ao vivo!

Após sair de São Paulo, 12horas de viagem até Europa, 3 aviões, 2 trens, tive o prazer de desembarcar e conhecer Viveiro-Lugo, na região da Galicia, para finalmente conhecer e curtir o Resurrection Fest.

Logo de cara já vi que o festival tinha um público diferenciado.. um público diversificado de vários estilos.. desde o rock n roll dos anos 80 passando pelo metalcore e até mesmo ao extremo como Black Metal e Death Metal..

@lucas_slayer – Brasil

 

 

Bleed From Within

Bleed From Within
Scott Kennedy vocalista da banda liderou o caos implantando pelo deathcore/metalcore escocês no Main Stage com destaque para “I Am Damnation” que foi cantada em coro por todos.

 

Alien Weaponry

Alien Weaponry de Waipu, Nova Zelândia, que faz uma mescla de thrash metal moderno, Groove e influências “Maori” dando ênfase a sua cultura, levaram ao Main Stage uma grande apresentação, incendiando grandes rodas e pogos, destaque a “Kai Tangata” .

Caminhando para o fim da noite, as duas bandas mais esperadas por toda a importância que tem no cenário estavam a chegar a sua vez.

 

Bullet For My Valentine

Bullet For My Valentine fez um show melhor do que o esperando.
Seu metalcore cheio de influências de nu metal, thrash, e heavy metal fazem da banda única, e consequentemente pela alta qualidade um dos grandes nomes da actualidade.
Os galeses tocaram músicas como “Waking the Demon”, “The Last Fight” e “Rainbow Veins”.

 

E para fechar a noite Deftones foram os responsáveis de terminar o primeiro dia.

Deftones

Com um poderoso Setlist os Norte-americanos de Sacramento levaram abaixo o Recinto em Viveiro, com grande destaque para “Be quiet and Drive” e “My own summer” .

Set List completo:

Song played from tape
Pompeji
Genesis
Rocket Skates
Be Quiet and Drive (Far Away)
My Own Summer (Shove It)
Swerve City
Digital Bath
Around the Fur
Headup
You’ve Seen the Butcher
Sextape
Diamond Eyes
Rosemary
Bloody Cape
Change (In the House of Flies)
Ohms
Encore:
Lotion
7 Words

Gostei do evento ,teve bons shows entre Judas Priest, Sepultura, Crossfaith, Dark Funeral, Bloodbath foi os que eu curti, local do evento bem grande também, pena no sábado e domingo o tempo não ajudou, ponto negativo pra mim foi o merchan que acabou muito rápido, e nas próximas edições não tomarei mas thunder bitch.

@andresilvametais – Brasil

Day 2

 

Vita Imana

Vita Imana originaria de Madrid, foi dos grupos espanhóis mais aclamados e pesados no Festival com um groove metal de grande qualidade, eles estiveram pela terceira no evento e não decepcionaram, apresentação brutal.

 

Fuzz Foward

Fuzz Foward é uma espécie de Grunge, Stoner e hard rock, e representam uma esperança de nova geração do estilo, com linhas muito bem trabalhadas, organizadas e direccionadas fizeram outro grande espectáculo.

 

Bonecarver

Bonecarver grupo de Technical Deathcore trouxe toda sua brutalidade ao palco Caos.
Para um público mais reduzido, até mesmo pelo tamanho do Stage, a interação foi extraordinária, e os amantes do estilo não ficaram quietos um só segundo.

 

Lepoka

Lepoka foi daquelas gratas surpresas, forte indicação para os amantes do folk metal é uma ótima pedida, e com certeza foi dos grandes shows do segundo dia, muitas rodas, e muita gente cantando junto os temas da banda.
Nota-se que o grupo é muito querido na sua casa!

 

Foi meu primeiro festival de Resurrection e foi tão incrível quanto as pessoas descreveram para mim. Me deixou totalmente sem palavras.
@_sxddendeath_ – Espanha

 

Sepultura

A gigante brasileira Sepultura subiu ao palco sem a presença de Andreas Kisser que estava no Brasil por problemas de saúde na família.
O grupo teve a presença de Jean Paton (Project 46) no lugar de Andreas para cumprir as datas da tour.
Assim como no Hellfest, no Resurrection não foi diferente, aclamados esperados e idolatrados, uma multidão delirou com o poderio ofensivo que o Sepultura proporciona, deste a violência nas baquetas com Eloy Casagrande, a presença imponente de Derrick, e a cozinha sempre em ordem com Xisto. Jean Paton, se saiu muito bem, seria hipocrisia dizer “não se sentiu a falta de Andreas”, porque é uma ausência de muito peso, mas, o guitarrista do Project 46 fez o dever de casa, impecável e com grande presença de palco, numa grande sincronia com Eloy, o homem marcou sua presença.

Como é de costume, a entrada da banda é sempre marcada com uma introdução de “Polícia” na versão Titãs (original), e logo em seguida a banda começou sua apresentação com duas pedradas Arise e Territory, um convite para o caos.
Ainda pode-se destacar Troops of Doom e Slave New World que foram brutais.

Setlist:
Arise
Territory
Means to an End
Propaganda
Cut-Throat
Convicted in Life
Troops of Doom
Slave New World
Refuse/Resist
Ratamahatta
Roots Bloody Roots

 

Opeth

Opeth fez um show orquestral, é daquelas bandas que mais se observa e contempla, do que se agita. The Devil’s Orchard e Demon of the Fall foram os destaques.

 

Judas Priest

Judas Priest fez daqueles shows que sempre ficaram na memória, apesar da idade o grupo segue vigente com uma energia eloquente e sempre em interação com o público.
Não é atoa, a banda é uma lenda vida!

Set List:

Battle Hymn
One Shot at Glory
Lightning Strike
You’ve Got Another Thing Comin’
Freewheel Burning
Turbo Lover
Hell Patrol
The Sentinel
A Touch of Evil
Victim of Changes
Blood Red Skies
The Green Manalishi (With the Two Prong Crown)
(Fleetwood Mac cover)
Diamonds & Rust
(Joan Baez cover)
Painkiller
Encore:
The Hellion
Electric Eye
Hell Bent for Leather
Breaking the Law
Living After Midnight

 

Me and That man

Me and That man subiu ao palco pouco antes de Dark Funeral começar. Muitos dos fãns de black metal não sabiam em qual palco ficar. Nergal grande expoente do Black metal, lidera seu projeto paralelo, que trás certa obscuridade astral em suas músicas, mas não tem nada de metal, o projeto ronda o blues, o country e o folk, de forma sombria mais muito bem executado.

Com baladinhas que se podem dançar em dupla, ou sons um pouco mais puxados,  você pode se sentir dentro de uma floresta ou um filme de Tarantino.

 

Dark Funeral

7 anos depois (Salvo erro) o Dark Funeral retorna a Viveiro.

Com uma postura inconfundível e expressiva de Heljarmadr que por momentos se tornva uma estátua imponente frente ao seleto público apreciador do mais puro e pútrido metal negro sueco.
Impetuosos e impiedosos trouxeram clássicos de sua extensa carreira, e também músicas mais novas, explendido .

 

 

 

Day 3

 

The Raven Age

Originaria de Londres a The Raven Age faz um metal com muitas influências que variam entre metalcore e heavy metal com pitadas melódicas transformando em uma sonoridade agradável e única.

 

 

Depois de dois anos de uma eterna espera, vivi uma das melhores experiências da minha vida!

@mati_hajic3k – Eslováquia

 

Caliban

De volta ao Main Stage, Caliban fazia as honras da vez. Os alemães trouxeram o melhor do metalcore, demonstrando por que são dos principais nomes do gênero.

Em “We Are The Many” o vocalista Andreas Dörner se jogou no público enquanto cantava e chamava toda a platéia pro mosh, e a galera respondeu a altura, fantástico!

 

Jinjer

Jinjer entrou de maneira explosiva e brutal, com Call Me a Symbol e On the Top, seguida por Pit of Consciousness. Tatiana liderou um verdadeiro caos de maneira singela.
Seu semblante que por muitas vezes trás paz no palco, sempre vem com um furacão por trás com o peso da banda.

Setlist completo:

Call Me a Symbol
On the Top
Pit of Consciousness
Disclosure!
Judgement (& Punishment)
Teacher, Teacher!
Sleep of the Righteous
Perennial
Pisces
Home Back
Vortex
Colossus

 

Ill Niño

Um dos nomes mais esperados do Festival Ill Niño entrou de forma devastadora, abrindo com “God save us “ . A multidão de forma brutal respondeu a altura e fizeram com que o gigante nome do do Ill Niño se tornasse uma festa maior. Destaque para “This is War” .

 

Rise Against

Rise Against é daquelas bandas que atravessam gerações e se mantém firmes sempre nostalgicas e inovadoras ao mesmo tempo.
“Prayer of the Refugee” , “The Violence” e “Satellite2 foram de um inicio fenomenal, passando por “Help Is on the Way” e “Ready to Fall”.
O destaque fica para “Give It All” a minha preferida deles, e claro parece que por maior parte do público que foi ao delírio. Eles fecharem com “Savior”.

 

Sabaton

 

Sabaton

Sabaton com uma estrutura descomunal, canhões de fogos, e um tanque de guerra na bateria, além de toda uma preparação visual.
Power Metal sueco se fez sentir no recinto, desde o inicio com Ghost Division, Stormtroopers, Great War e The Red Baron.
Em “The Attack of the Dead Men” fez se um coro totalmente sincrono, seguido por Soldier of Heaven.
Destaque para “Night Witches” . O grupo sueco trouxe muita violência sonora, a essência do power metal em seus dias mais inspiradores!
Eles terminaram com Swedish Pagans e To Hell and Back.

 

Decapitated

Para finalizar a nossa noite, Decapitated trouxe devastação e violência ao palco Ritual.
Uma desgraceira atrás da outra, um caos interminável que se inicio com “Cancer Culture”, música do seu novo disco de mesmo nome. Os poloneses traduzem a destruição apocalíptica em forma de Death Metal.
Um dos maiores expoentes do Death técnico, terminou a noite do terceiro dia repleta de rodas, brutalidade e um espírito de comunhão do metal.

 

Day 4

 

Dagoba

Dagoba fez sem sombras de dúvidas, um dos melhores shows do quarto dia de Resurrection.
O grupo francês com mais de 20 anos de carreira protagonizou um dos maiores “wall of death” desta edição, ao som de um pesadíssimo Groove / Metal.
Além dos grandes circle pits.
Eles abriram com The Sunset Curse e Sunfall brutais. O destaque para a infernal apresentação fica com “Maniak”.

 

Gaerea

Gaerea subiu ao palco trazendo seu black metal moderno, um visual todo trabalhando para marcar uma estética da banda. O grupo tem se destacado na Europa na actualidade pela qualidade do seu som.

O grupo que tocou nos maiores festival europeus neste verão e tem tour confirmada no Brasil, fez um tremendo show com destaque para “Salve” .

 

Crossfaith

Outro dos shows que podem entrar facilmente no top 5 do festival, metalcore, dunstep, música eletrônica, tudo numa banda só, sim o Crossfaith fez uma gigante nuvem de poeira no Mainstage.
Os japoneses abriram com “Deus Ex Machina”, seguido por Catastrophe , Monolith e Jägerbomb.
Xeno esteve entre as mais esperadas pelo público que agitou bastante.

Bloodbath

 

Bloodbath

Mudando totalmente o ritmo, os suecos do Bloodbath trouxeram death metal, puro e cru.
Nick Holmes com seu olhar fixo e uma postura que por vezes lembra até mesmo Andreas Vingbäck, comandou a potência desta máquina mortífera.
Iniciaram com Fleischmann, Let the Stillborn Come to Me, Crucifiers e So You DiE.

Destaque para “ Cancer of the Soul “, eles fecharam com “Eaten”.

 

 

Gojira

Gojira outro grande nome da actualidade, fez um show sem apontar defeitos iniciando com Born for One Thing, , Space Time, Backbone e Stranded.
Destaque para Another World , é uma banda que garantidamente se deve ver mais vezes.

 

 

Malevolence

Malevolence
Fechou a noite com uma dose de circle pit, mosh, e muita diversão.
Seu hardcore, com muito beatdown, hora com influências de metalcore, hora com influências deathcore, levantou poeira no palco “caos”.

 

 

 

Day 5

Chegamos no último dia de Festival , dia que era mais que esperado por ter entre seus headliners o Korn.
O festival fez o possível e impossível para manter Korn no cartaz. Trocou horários varias vezes para encaixar a banda de forma que eles pudessem chegar até viveiro em tempo hábil, mas no fim a banda cancelou sua ida para a Espanha por problemas técnicos no avião privado que a levaria, trazendo uma onda de frustração em grande parte do público que esperava ansiosamente ver a banda.
Também vale citar que não houve revolta e todos entenderam não foi culpa do festival.
Neste só vimos uma banda, porque tínhamos que viajar muito cedo.

 

Mosh

Mosh foi a banda que nos surpreendeu pela sua qualidade. Uma banda nova de hardcore espanhola de altíssimo nível fez um show recheado de petardos.
Eles tiveram grande suporte do público local.
Neste dia também entrevistamos Dani do Bloodhunter (Em breve estará disponível).

 As duas bandas mais esperadas para mim eram Korn e BMTH. Desde que o primeiro foi cancelado, o BMTH foi a banda top do festival, com um setlist bem completo. Oliver e seu povo nunca decepcionam.
@_lady_ligeia de @metalheads_spain_official

 

De modo geral foi uma grande edição, repleta de bandas boas, shows magníficos e uma organização impecável que buscou equilibrar os problemas surgidos com o máximo possível de destreza e agilidade.
Um público que se portou como uma grande família, muitas crianças e idosos presentes, muitos estrangeiros compareceram, como por exemplo, brasileiros, ucranianos, eslovacos , franceses, alemães e portugueses.
Coloque na sua lista, é um dos festivais a ir algum dia!

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Fotos Bandas:

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