A banda italiana de Death Metal Corpsefucking Art lançou, no dia 4 de outubro, o seu mais recente álbum, denominado “Tomatized”. O novo trabalho, que vem após 6 anos do álbum “Splatterphobia”, traz um som ainda mais obscuro, intenso, sangrento e mais cheio de loucura que o anterior.
Os Corpsefucking Art descrevem o universo de “Tomatized” da seguinte forma: “O mundo como você o conhece está desmoronando ao seu redor, as paredes da realidade desmoronando sob um tsunami de cores gritantes e impossibilidades perturbadoras. Holocausto bacteriano invocado por experimentos impetuosos de cientistas intrometidos, invasão alienígena e plantas gigantescas com apetites vorazes! Livros dos mortos e dos espíritos inquietos, uma revolução violenta das criaturas do mar, a humanidade consumida enquanto os protagonistas de contos de terror andam pelas ruas! Você está acordado ou sonhando? Isso é um pesadelo ou uma insanidade invasora? É tudo isso e muito mais… você está perdido na loucura encharcada de sangue da mente de Corpsefucking Art!”.
E é com essa ambientação que os Corpsefucking Art propõem aos fãs de Death Metal uma verdadeira experiência insana e obscura, a começar pela faixa-título:
- Tomatized (3:20): A intro inicia com uma sonoplastia de algo sendo esmagado ou gosmento, enquanto há um som de suspense e gritos arrepiantes ao fundo. Sabendo a ambientação proposta pela banda, conseguimos de fato nos deixar imergir pela imaginação de um cenário apocalíptico de um filme de ficção científica. E é quando no minuto 01:00, iniciam acordes rápidos e secos, uma bateria ágil e pesada, e grunhidos assombrosos. O som tem uma boa variação de riffs que mudam a intensidade e o ritmo, mostrando o que a banda tem a oferecer nas faixas seguintes.
- Hell of the Living Dead (3:13): A música já começa em seu ápice, com pedais acelerados destruindo na bateria e um death growl constante e horripilante que mantém a linearidade da atmosfera de medo e caos. Os riffs de guitarra são longos e secos, do jeito que nenhum fã de death metal poderia colocar defeito.
- Blood Kitchen Garden (2:54): As variações de ritmos e as viradas de bateria marcam esta faixa, onde podemos notar claramente a qualidade da mixagem de cada instrumento que compõe. Há uma certa pegada melódica entre breaks e acelerações. A faixa acaba em um corte esmagador que nos deixa a querer ouvir mais.
- Aliens vs Tomator (03:06): O ritmo contagiante somado ao humor bizarro da letra trazem uma faixa contagiante e acelerada. As viradas de bateria e acordes são eletrizantes, com uma certa pegada de speed metal e hardcore.
- A Nightmare on Tomator Street (03:09): Efeitos sonoros de luta e gritos, dão boas vindas a mais uma faixa desse pesadelo insano dos Corpsefucking Art. A faixa é ainda mais acelerada e ritmica, onde a bateria está ainda mais pulgente e com muitos breakdowns. Da mesma forma seca que a música inicia, é terminada de forma dilacerante, deixando por poucos segundos apenas um gutural de trevas no ar.
- The Book of the Dead (03:26): A minha faixa preferida do álbum (opinião da redatora), essa traz uma melodia mais arrastada e intensa, com riffs muito bem encaixados, linhas de baixo bem marcadas e melódicas, ao mesmo tempo que trazem mais sujidade na segunda parte da música, com aquela variação de intensidade que é constante em todas as faixas do álbum.
- Dead Sushi (03:06): Meu conselho é não ouvir esta canção com fome, pois a sua intro é basicamente um massacre de comidas, com direito a sonoplastias de facas, risos e gritos para atiçar a nossa imaginação. Após alguns segundos de antecipação a música explode em um ritmo cheio de brutalidade e speed. O humor caótico escala a música a outro patamar ainda mais imersivo do universo de “Tomatized“.
- Phantasm (03:19): A brutalidade desta faixa “corta e disseca com facilidade”, como diz a própria banda, como uma verdadeira carnificina musical. A sua melodia é cheia de alternâncias contagiantes.
- Escape From Alfa City (04:13): A última e mais longa faixa do álbum, segue a mesma variação de riffs acelerados e notas arrastadas de death growl, com uma bateria esmagadora, que, segundo a própria banda, “fornece a conclusão fantasticamente desequilibrada deste passeio de carnaval através do caos e da carnificina, estabelecendo o selo naquele que é certamente o melhor, mais divertido e estranhamente perturbador álbum de death metal que já escapou do asilo Corpsefucking Art“. A canção se encerra com mais efeitos de sonoplastia imersivos onde ouvimos que o álbum todo não passou de um pesadelo horrível.
Conclusão, o “Tomatized” é um álbum conceito muito bem pensado e produzido para entreter quem realmente ama death metal, mas também para quem está disposto a se aventurar pelas trevas escatológicas e sombrias que os Corpsefucking Art querem nos levar. É criativo, imersivo, grotesco, cheio de texturas, sem deixar de ser brutal, sujo e sanguinário, como o gênero exige e os italianos souberam entregar com maestria, por isso é imperdível.
Line-up:
Frank Moretti – Vocais
Andrea Corpse – Guitarra
Mario Di Giambattista – Guitarra
Marco De Ritis – Baixo
John De Bello – Bateria
Para fãs de bandas como: Mortician | Cannibal Corpse | Autopsy | Deranged
Mais informações:
https://www.facebook.com/sachertorture/
https://www.comatosemusic.com/