Este é o primeiro disco do Foo Fighters depois do falecimento de Taylor Hawkins, baterista de longa data da banda. As faixas de bateria foram tocadas e gravadas pelo próprio Dave Grohl, vocalista e guitarrista da banda. Já é confirmado, e já fora especulado antes, que Josh Freese será o baterista de turnê para o Foo Fighters.
Para quem estava esperando um álbum melancólico, depressivo ou até que recorde a vibe grunge dos anos 90 por conta de todos esses acontecimentos, foi muito enganado. Infelizmente, embora não seja ruim, o álbum tem uma sonoridade “mais do mesmo”. Uma fórmula que continuará agradando os fãs e desagradando os haters. Ouvintes novos ou mais “imparciais” talvez fiquem em cima do muro, o que de fato é a sonoridade desse disco.
A nova obra não é algo só para se criticar, no entanto. O Foo Fighters é uma das poucas bandas da atualidade que realmente estão em atividade com produtividade e frequência. E isso atrai novos fãs de rock, especialmente os jovens, quebrando o paradigma que o rock está integralmente morto. Mesmo que seus novos trabalham possam soar menos “fidedignos”, o que importa é a atividade, que está sendo feita com carinho e com frequência, independentemente de divergências.
Embora muitos possam discordar disto, But Here We Are não soa tão empolgante como seus antecessores desde Wasting Light (2011), que inclusive é o favorito de muita gente no meio do público e da crítica especializada. Mas talvez, seja exponencialmente mais aproveitado a partir da segunda ouvida, depende do ouvido e do fã.
O álbum, infelizmente, soa meio insípido e parece soar como se Dave Grohl tivesse um estado de choque após a inesperada e triste morte de Taylor Hawkins e fizesse um trabalho mais cliché e infantilizado possível para dizer que fez. O álbum soa bem “normalzão” e é estranho pensar que veio logo depois de toda a tragédia. Em suma, quem espera uma espécie de ode sensível, pode baixar expectativas e tratar o disco como o que é (ou o que infelizmente soou), um mero lançamento do Foo Fighters.
Álbum novo, normal. Não cheira nem fede. Os fãs iram amar, quem não gosta vai continuar não gostando e para a maioria, indiferente.
Nota do editor: 6,5