Nervochaos é um clássico é ninguém se atreve a negar.
Com uma trajectória de dar orgulho ao metal brasileiro, eles são referência na América do Sul e constante lembrados na Europa.
Aos 25 anos de banda, e isto não é um número fácil de alcançar em alto nível, num meio sempre muito exigente, eles lançaram o álbum “All Colors Of Darkness“.
Este também é o disco camisa 10 da banda, seu décimo álbum de estúdio que não decepciona.

Ouvir o Nervo é garantia de saber que a banda é única, mesmo contendo ali uma porção de influências de bandas peso-pesado do metal mundial, a sonoridade é única.

Death Metal Cru, seco, violento e muito bem trabalhado, um autentico metal da morte com influências claras de Black Metal.

“Wage War On The Gods”, “Golden Goblet Of Fornication”, “Draged To Hell” e “Beyond The Astral”, fazem do inicio do disco, uma sequencia triunfal e avassaladora, musicas que mesclam riffs obscuros, muito bem cadenciados, entre guturais, berros e grunidos trazem muito peso, sem meias voltas, como é uma marca da banda, Death Metal direto ao ponto sem firulas.

A sonoridade do Nervochaos trás muito do também do hardcore, assim como suas letras que trazem a realidade brasileira, o suor latino!
Não é exagero, em uma live do @culturaempeso (Siga aqui) Edu Lane, disse que o “Metal” tem muito a aprender com o “hardcore” e as camadas “punks”, sobre protesto, luta e consciência de classe.

All Colors Of Darkness é o ponto alto do disco, com uma intro sombria e cadenciada, logo acelera os bits, em “Gate Of Zax” começa rápida, com vocais intensos e uma pegada mais “hardcore”.
“Umbrae Mortis” demonstra uma tendência no disco, não sair muito da zona característica da banda, mas não permanecer na mesmice, adicionando sempre alguns solos e bases, além de que o disco em vários momentos se sente mais vozes de fundo dando uma sombra robusta.

“Suffer In Seclusion” e “Camazotz”. mantém a lógica, não foge da tradição, mas muda elementos básicos, tornando-as únicas.

Demonomania (The Misfits cover) foi uma novidade no disco, já que ninguém apostaria com uma homenagem/Tributo do Nervo aos Misfts, e trouxe uma roupagem quase grind, e de bonus track, outro som cover, “Three Shades of Black (Hank 3 cover)” uma mescla de Folk e Blues em Metal Negro.

Ano a anos, álbum a álbum vê-se um Nervochaos, mais maduro, mesmo com mudanças de formação, a noção que se dá é de que a ideia está plantada, as raízes definidas e não importa quem entre, a característica é essa, muito bem definida.

“All Colors Of Darkness” é mais uma obra prima do Death Metal old Schol “negro” do Nervochaos.

Nota: 8.0/10

Tracklist:

1. Wage War on the Gods
2. Golden Goblet of Fornication
3. Dragged to Hell
4. Beyond the Astral
5. All Colors of Darkness
6. Gate of Zax
7. Umbrae Mortis
8. Suffer in Seclusion
9. Camazotz
10. Demonomania (The Misfits cover)
11. Three Shades of Black (Hank 3 cover)

Lineup:

Edu Lane – Drums
Luiz “Quinho” Parisi – Guitars
Pedro Lemes – Bass
Woesley Johann – Guitars
Brian Stone – Vocals

 

texto by “Iúri Cremo

Facebook - Comente, participe. Lembre-se você é responsável pelo que diz.
Artigo anteriorReview disco Perpetual Chaos – Nervosa
Artigo seguinteVenom: O lendário baterista Abaddon repassa a história da banda no Heavy Culture
Cremo
Sejam bem-vindos ao meu mundo onde a música é pesada, a arte visual é uma paixão e a tecnologia é uma busca incessante pela excelência. Sou um aficionado por Death, Thrash, Grind, Hardcore e Punk Rock, trilhando os ritmos intensos enquanto mergulho no universo da fotografia. Mas minha jornada não para por aí; como programador e analista de segurança cibernética, navego pelas correntes digitais, sempre sedento por conhecimento e habilidades aprimoradas em um campo em constante mutação. Fora do reino virtual, vibro intensamente com as cores do Boca Juniors, e meu tempo livre é uma mistura de leitura voraz, exploração de novos lugares e uma pitada de humor. Seja nas areias da praia, nas trilhas das montanhas, acampando sob as estrelas ou viajando para terras desconhecidas, estou sempre pronto para a próxima aventura. E claro, não há nada que eu ame mais do que arrancar um sorriso do rosto das pessoas com minhas piadas e brincadeiras. Junte-se a mim nesta jornada onde a música, a tecnologia, o esporte e o entretenimento se entrelaçam em uma sinfonia de diversão e descobertas. E lembrem-se: Hail Odin e um firme 'foda-se' ao fascismo e ao nazismo!