Um show do Dream Theater é sempre cercado de muita expectativa, pois estamos falando de uma lenda viva do prog metal, e numa ocasião muito especial em 2024, pois é a turnê que marca o retorno de Mike Portnoy, já com músicas novas e comemorando 40 anos de banda. A ansiedade entre os fãs, inclusive a deste redator, neste 15/12/24 no Vibra/SP estava dando picos elevadíssimos.
Após a trilha sonora que precedeu, incluiu “Rooster” do Alice in Chains, e “Prelude” de Bernard Herrmann, as 20h, a enorme cortina que cobria o palco, com a arte de divulgação da turnê, subiu e de cara, a abertura com “Metropolis pt. 1: The Miracle and The Sleeper”, com a aprovação e êxtase do público, a partir daí foi um show em destaque não só pela parte técnica dos músicos, mas a parte visual foi algo maravilhoso com 3 telões gigantes de led ao fundo e uma iluminação que a cada clima, peso e música, ia alternando conforme a temática das músicas, com momentos tridimensionais, todos presentes se sentiram dentro imersos no universo DT.
Segunda e terceira música, do álbum “Metropolis Pt.2: Scenes From A Memory”, “Act I: scene Two: I. Overture 1928” e “Act I: Scene Two II. Strange Déjà Vu”. Interação banda e público foi algo fantástico, ora Portnoy interagindo, ora Petrucci, Jordan, e claro, James LaBrie. Foi nessa pegada mandaram “The Mirror”, emendando o solo final da “Lie”. “Panic Attack” como música seguinte, foi uma hecatombe sonora de vibração dos fãs da banda uma paulada e ainda a parte visual.
“Barstool Warrior” do álbum “Distance Over Time”, álbum, meu preferido da fase sem o Portnoy, e “Holow Years” do “Falling Into Infinity”, numa versão extendida com lindos solos do Petrucci e do Jordan.
“Constant Motion”, seguiu com o público emocionando entre ver a banda novamente com Portnoy nas baquetas e um setlist incrível que fechou a primeira parte com “As I Am”, vindo abaixo um Vibra praticamente lotado. Com um som e vídeo no telão, “Dance of the Dream Man” de Ângelo Badalamenti & David Lynch, fecharam a primeira parte do show.
Após uma pausa que ficou entre 10 e 15 minutos, um vídeo contendo imagens e montagens de todos os álbuns do Dream Theater, fez a intro para a banda retornar ao palco com a nova “Night Terror”, que já se tornou um clássico instantâneo da banda, com a sua vibe pesada e precisa foi um retorno perfeito para seguir com “Under a Glass Moon”, com mais uma vez o Vibra vindo abaixo, tamanha era a emoção dos fãs.
Eu sei que parece redundante em se tratando de Dream Theater mas que timbre de guitarra de John Petrucci! Jordan Rudess John Myung,Mike Portnoy e James LaBrie, a química e a energia entre eles está intacta, é como se não tivesse passado 13 anos!
“This is the Life” foi outro som onde foi lançado no primeiro álbum sem Portnoy, “A Dramatic Turn o Events”, e La Brie explicando o conceito da música e sobre aproveitar e agradecer a vida apesar das dificuldades.
“Vacant” e “Stream of Consciousness”, fantásticas também, do álbum “Train of Thought”. Fechando essa segunda parte com a faixa título do álbum “Octavarium”, uma viagem sonora de 24 minutos onde o público acompanhou, cantou e vibrou com emoção cada nota durante esse tempo, o que me fez ter certeza de quando mencionam sobre o Dream Theater ser uma banda para músicos curtirem, veio por terra, porque, por mais que tivesse e tinham muitos músicos na plateia, eram 5 mil pessoas vidradas e hipnotizados pelo som, foi nesse clima que encerraram a segunda parte.
Na encore, um clip do tema “There’s no Place Like Home” do filme Mágico de Oz, com a banda retornando com dois sons do “Metropolis Pt.2: Scenes Froma Memory”, “Act II Scene Six: Home” e “Act II: Scene Eight: The Spirit Carries On” para encerrar a nossa imersão no universo DT, o clássico absoluto “Pull Me Under” do álbum “Images and Words”, cantado “a plenos pulmões” e emocionando a todos os presentes. O último ato foi o encerramento em vídeo com a trilha “Singin’ in the Rain”, do filme homônimo. Que noite!
Setlist
Act I
Prelude (Bernard Herrmann, som mecânico)
- Metropolis pt. 1: The Miracle and The Sleeper
- Act I: Scene Two: I. Overture 1928
- Act I: Scene Two: II. Strange Déjà Vu
- The Mirror ( com solo final da “Lie”)
- Pânico Attack
- Barstool Warrior
- Hollow Years (versão demo’96 com solos de guitarra e teclado extendidos)
- Constant Motion
- As I Am
Dance of the Dream Man (Ângelo Badalamenti & David Lynch, vídeo telão palco)
Act II
Orchestra Overture (vídeo com excertos de todos os álbuns do Dream Theater)
- Night Terror
- Under a Glass Moon
- This is the Life
- Vacant
- Stream of Consciousness
- Octavarium
Encore
There’s No Place Like Home (Clip do filme “O mágico de Oz)
- Act II: Scene Six: Home
- Act II: Scene Eight: The Spirit Carries On
- Pull Me Under
Singin’ in the Rain (Arthur Freed & Nacio Herb Brown, trilha do filme Homônimo)