No dia 22 de novembro, o Opinião tremeu ao som do metal extremo, em uma noite que reuniu técnica, energia e brutalidade. Antes do aguardado ataque sonoro do Krisiun, o público teve o privilégio de testemunhar apresentações de tirar o fôlego das bandas Neptunn e Pentagram, que aqueceram o ambiente com performances poderosas, mostrando que o peso sul-americano não conhece fronteiras.
Os trabalhos começaram pontualmente com os gaúchos do Neptunn, uma banda que desafia convenções com duas mulheres na sua formação — na voz e no baixo. Seu som alternava entre riffs furiosos e passagens mais cadenciadas, criando uma dinâmica envolvente que segurou o público do início ao fim.
Com musicas como “Resignify”, “Transcending Demise” e o você do SixFeet Under fizeram a multidão entrar em um tranze sonoro.
Apesar de ser a primeira banda da noite, a energia entregue no palco foi digna de headliners, mostrando que o metal nacional está em ótimas mãos.
Logo em seguida, o Pentagram, ícone do metal chileno, mostrou por que é referência no continente. Sem firulas, a banda entregou um set direto e brutal, concentrado em faixas clássicas de seu repertório.
A combinação de duas guitarras afiadas, baixo pulsante , uma bateria destruidora e musicas como “Profaner” e “Evil Incarnate” resultou em um show intenso, que fez o público headbangear como se não houvesse amanhã.
Foi uma demonstração clara de que o metal sul-americano tem força e identidade próprias, sendo capaz de dialogar de igual para igual com qualquer cena global.
Essas performances prepararam o terreno com perfeição para os mestres do death metal brasileiro, Krisiun, que subiram ao palco para um show que já estava predestinado a ser épico. Tocando em casa, em Porto Alegre, a banda mostrou que o peso visceral do death metal pode ser também uma celebração — uma comunhão entre músicos e fãs que compartilham a mesma paixão.
O trio Alex Camargo, Moyses Kolesne e Max Kolesne entregou uma performance destruidora, marcada pela fusão perfeita de técnica e emoção. A setlist foi uma verdadeira ode ao death metal, com clássicos como “Kings of Killing”e “Serpent Messiah”ressoando como hinos no meio do caos que tomou conta do público. A pista virou um campo de batalha, com mosh pits intensos e uma energia quase palpável.
Krisiun não só reafirmou seu status de lendas do death metal, como também demonstrou o que significa tocar para os próprios conterrâneos.
Foi uma noite memorável para o death metal sul-americano, onde cada riff, cada blast beat e cada grito reafirmaram o poder de uma cena que continua pulsando com intensidade única.