Na última sexta-feira, 22 de novembro de 2024, o RCA Club, em Lisboa, recebeu o DeadFest – Volume II, um evento brutal que reuniu o melhor do metal extremo nacional e internacional. Com apresentações explosivas de Colostomy, Theriomorphic, Grindead e Bloodphemy, a noite foi marcada por performances intensas, interações únicas e muita energia no palco.

Apesar de um pequeno atraso na abertura das portas, inicialmente prevista para as 21h, o público não desanimou. Por volta das 21h15, abriu-se as portas para uma noite insana. Confira os destaques de cada banda que marcou presença!

COLOSTOMY

Photos @pmgama | @culturaempeso
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Por volta das 21h45, o DeadFest – Volume II foi oficialmente iniciado com a apresentação explosiva dos Colostomy, diretamente dos Países Baixos. Trazendo seu old school grindcore visceral e uma presença de palco excêntrica, a banda foi responsável por aquecer os motores e deixar a plateia em estado de alerta. A casa ainda não estava cheia, mas a energia já tomava conta do ambiente. Sem introduções ou cerimônias, começaram com uma verdadeira pancada sonora que pegou todos de surpresa.

Os integrantes chamaram a atenção não apenas pela música, mas também pelo visual chamativo: macacões de cores vibrantes e chapéus cheios de brilho. O impacto foi imediato, e rapidamente a plateia foi tomada pela curiosidade e pela animação.

Um dos momentos mais divertidos da apresentação foi protagonizado pelo vocalista Edwin Den Haag, que, com muita simpatia, tentou aprender alguns palavrões em português. “Caralho” e o clássico “FODAAAAS” foram repetidos diversas vezes, arrancando risadas e aplausos do público. A interação não parou por aí: fãs subiram ao palco para dançar, bater cabeça e até pegar o icônico chapéu vermelho de Edwin para si.

A apresentação foi um verdadeiro show de energia e descontração. Crowdsurfings, danças inesperadas – incluindo até uma “macarena” – e muito headbanging dominaram o espaço. O carisma da banda e a interação com o público fizeram desta performance um destaque absoluto, deixando todos com um sorriso no rosto e um repertório ampliado de palavrões portugueses. Divertidamente brutal, se assim posso dizer!

THERIOMORPHIC

Photos @pmgama | @culturaempeso
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Por volta das 22h30, ouvia-se a intro “The Terminator”, que deu início ao show dos veteranos do death metal nacional, Theriomorphic. Com uma carreira sólida e uma legião de fãs, eles entregaram uma das apresentações mais eletrizantes e cheias de energia da noite.

Abriram o setlist com a destruidora “Death Almighty!”, do álbum Enter The Mighty Theriomorphic (2005). A resposta do público foi avassaladora, com crowdsurfings, headbanging desenfreado e fãs invadindo o palco para cantar junto. Comparado à apresentação anterior, a plateia havia praticamente dobrado em número. Em seguida, tocaram “Till Death Do You Part”, do mesmo álbum, levando o público a formar mosh pits ainda mais intensos. O vocalista e baixista aproveitou o final da faixa para agradecer a presença do guitarrista convidado João Corceiro (Lysergic, Solstice Rider, Allamedah, Awaiting The Vultures), que somou talento e energia à formação ao vivo.

A noite seguiu com a faixa “The Weightless”, do álbum Of Fire and Light (2018). Durante essa música, um fã foi arremessado ao palco em meio à euforia e acabou caindo sobre equipamentos, causando um pequeno contratempo nos pedais do guitarrista João Silvério, que foi rapidamente resolvido sem maiores problemas. O momento mais caótico e memorável veio com o single “Death Is Forever”, lançado em 2024, que incendiou o maior moshpit da noite. Em “The Beast Brigade”, do álbum de mesmo título (2008), o público continuou frenético. Um fotógrafo foi erguido em um crowdsurfing enquanto capturava imagens do palco, gerando um momento empolgante.

Antes de encerrar, a banda apresentou a poderosa “Fire”, recebida com entusiasmo, e finalizou com “Absent Light”, do álbum Of Fire and Light (2018). A banda encerrou sua participação sob aplausos estrondosos e aclamação geral. Demonstraram não apenas competência técnica, mas também uma presença de palco magnética e uma interação cativante com os fãs. Foi uma apresentação brutal e impecável, sendo um dos destaques da noite.

GRINDEAD

Photos @pmgama | @culturaempeso
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Pontualmente às 23h35, o som de uma sirene anunciou a entrada dos anfitriões da noite, GRINDEAD. Com um setlist centrado no poderoso álbum Culture Decline / Machines Arise (2022), a banda entregou uma performance memorável, que se destacou pelo peso esmagador e pela energia contagiante.

Abriram com “Scenario Of Total Resignation”, iniciando uma destruição sonora que fez o público se aproximar ainda mais do palco. Já na sequência, a faixa “Suicide Attempt” provocou um mosh pit instantâneo, enquanto a multidão começava a aquecer para a intensidade que dominaria o resto do show.

“Turn Black” foi o ponto em que a animação explodiu: além de headbanging sincronizado, o público cantava junto em alto e bom som, alimentando a energia crescente. As faixas seguintes — “Death Calling”, “Castaway” e “The Great Territory Of Dread” — trouxeram ainda mais caos ao ambiente. Foi durante essa última música que os primeiros crowdsurfings surgiram, e o palco virou uma extensão da plateia, com fãs subindo, pulando de volta. O momento mais insano foi alcançado com “Malignant Faith” e “Coercion Flag”. Nesta última, o vocalista pediu por um mosh, e o público não decepcionou: formaram o maior e mais intenso mosh pit da apresentação. O show seguiu em alta com “A Reasoning In Hunger”, “Cut-Throat!”, “Those Who Condemn” e “Demoncratic Machine”, mantendo o ritmo frenético até o final.

Para fechar com chave de ouro, a banda apresentou “Dissection” (cover de Genocide). E assim foi uma performance poderosa, que deixou os presentes pedindo por mais. Esperamos vê-los novamente em breve nos palcos de Lisboa!

BLOODPHEMY

Photos @pmgama | @culturaempeso
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Às 00h38, os brutais BLOODPHEMY, diretamente dos Países Baixos, subiram ao palco para fechar o DeadFest com chave de ouro. Com seu Brutal Death Metal, a banda garantiu que a noite terminasse em alta, entregando uma performance visceral que deixou os fãs extasiados.

Abriram com “Sanity Obfuscation”, faixa do álbum Down Of Malevolence (2023). A intensidade do som fez com que muitos que estavam fora do RCA Club corressem de volta para não perder nenhum momento da apresentação. A sequência com “Convoluted Reality” trouxe o primeiro mosh pit da apresentação, mesmo com a sala mais vazia em comparação às bandas anteriores. No entanto, quem permaneceu ali não economizou energia, curtindo de perto, com direito a crowdsurfings logo de início.

Explorando seu catálogo mais antigo, a banda tocou “Folie A Deux” e “Catch 23”, do álbum Blood Will Tell (2016). Essas faixas elevaram ainda mais o nível de energia, com os mosh pits se tornando mais intensos e constantes. Retornando ao álbum mais recente, “Crimson Redemption” foi marcada por uma vibração frenética, com cabeças batendo sem parar. Já com “Flock Of Lambs”, do álbum Blood Sacrifice (2021), veio o som mais pesado da noite, incendiando o público.

A apresentação seguiu com faixas como “Incarcerated Recollections” e “From Suffering To Violence”, ambas do álbum de 2023. O encerramento oficial veio com “Derogated Salvation”, onde o vocalista Olivier Van Der Kruijf incitou o público a “ficar louco”. O pedido foi atendido com um mosh pit massivo, interação explosiva e fãs colados ao palco.

Mas a banda tinha um “bônus”: anunciaram que tocariam uma última música com duas condições. A primeira era que alguém trouxesse cerveja ao palco — imediatamente atendida. A segunda, que o público formasse um Wall of Death. O clamor de “BLOODPHEMY, BLOODPHEMY” ecoou pela sala, preparando o terreno para “Void”, do álbum Bloodline (2017). O momento foi apoteótico, encerrando a noite com pura adrenalina. E assim, a banda encerrou o evento com maestria, provando que são uma potência no cenário. Foi um final excelente, deixando todos prontos para começar o fim de semana com a energia lá no alto!

CONFIRA AS FOTOS DESSA NOITE INSANA ABAIXO:

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