Na última segunda-feira, 16 de dezembro de 2024, os KREATOR finalmente se redimiram com seus fãs em Lisboa, após o cancelamento da apresentação de junho devido a problemas técnicos.

Transformando a Sala Tejo da MEO Arena em um verdadeiro altar ao Old School Thrash Metal, Mille Petrozza e sua banda entregaram uma noite histórica e memorável a todos os presentes.

Abrindo o espetáculo, os nacionais TOXIKULL e SACRED SIN mostraram por que são nomes consagrados no cenário local. Foi uma celebração intensa e inesquecível, organizada com maestria pela Prime Artists, que proporcionou uma experiência única aos fãs. Continue lendo para conferir todos os detalhes dessa noite lendária!

TOXIKULL: A Energia Feroz dos Metal Defenders!

Photo @ Rita Mota | @culturaempeso
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Pontualmente às 20h, os defensores do metal TOXIKULL subiram ao palco com a mesma força que demonstraram em junho, quando estavam escalados para a abertura do show original. Com seu característico speed/heavy metal, os músicos mostraram por que estão conquistando cada vez mais espaço na cena nacional, entregando um show feroz e altamente profissional.

O setlist começou com a explosiva “Night Shadows”, seguida pela poderosa “Battle Dogs”, aquecendo o público com riffs rápidos e vocais intensos. Mas foi em “Metal Defender” que a banda aqueceu completamente os presentes. Este verdadeiro hino do metal levantou a plateia, que cantou a plenos pulmões.

Antes de continuarem com “Under The Southern Light”, Lex Thunder compartilhou uma curiosidade com o público: enquanto essa faixa é muito bem recebida em Portugal, o mesmo não acontece fora do país. Ele destacou o orgulho de trazer essa “luz do sul”, representando a energia única do metal nacional.

O show seguiu com o hit “Around The World”, que para mim, transporta para a era gloriosa dos anos 80. A apresentação foi encerrada com a potente “Cursed And Punished”, um momento que elevou a energia a níveis intensos. A música iniciou uma série de crowd surfings, obrigando os seguranças a trabalharem duro à frente do pit.

A performance dos TOXIKULL, ainda que curta, foi intensa e repleta de conexão com o público. A banda saiu do palco ovacionada, provando mais uma vez por que é uma das mais queridas e promissoras bandas do cenário metal português.

SACRED SIN: Brutalidade Com Os Veteranos do Death Metal Português!

Photo @ Rita Mota | @culturaempeso
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Pontualmente às 20h45, os veteranos SACRED SIN, um dos nomes mais icônicos do death metal português, assumiu o palco da Sala Tejo com uma performance visceral que reafirmou sua relevância e força no cenário nacional. Com décadas de história e uma energia avassaladora, a banda entregou um espetáculo brutal e memorável, transformando o ambiente em um campo de batalha.

Abrindo o set com a potente “Cursed”, a banda não demorou a incendiar a plateia. A faixa deu início aos primeiros circle pits da noite e a uma onda de crowd surfings ininterruptos, aquecendo ainda mais o público para o que estava por vir. A sequência, composta por “False Deceiver”, “Storms Over The Dying World”, e os clássicos “The Chapel Of The Lost Souls” e “Ghoul Plagued Darkness”, manteve a intensidade e elevou o nível de energia, com todos cantando junto e bangeando sem parar.

Uma das surpresas da noite foi a apresentação da faixa “Midnight”, que foi recebida como um verdadeiro furacão pelos fãs. Logo após, o público foi agraciado com mais um clássicos, “Eyemgod”, e seguiu com “Vipers (Rise From The Underground)”. Mas o momento mais explosivo veio com “Darkside”, quando o vocalista José Costa pediu antes ao público que formasse um Wall of Death. Após o comando de “Let’s Go!”, o caos tomou conta da sala, culminando em um circle pit grandioso e devastador.

O show chegou ao fim com “Seal Of Nine”, uma escolha perfeita para encerrar essa apresentação insana e explosiva. Ovacionados pelo público, os SACRED SIN provaram mais uma vez por que são um dos pilares do death metal português, entregando uma performance intensa e cheia de interação com os fãs.

A decisão de incluir a banda como parte do line-up desta noite foi certeira, adicionando um toque ainda mais brutal e memorável ao evento!

KREATOR: O Poder Do Old School Thrash Metal!

Photo @ Rita Mota | @culturaempeso
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O tão aguardado momento chegou: finalmente os Kreator subiram ao palco, e a Sala Tejo tornou-se um santuário do old school thrash metal. A noite, que começou com a incerteza trazida pelo cancelamento anterior, logo transformou-se em celebração pura, marcada pela intensidade e pela reconexão da banda com os fãs portugueses.

Por volta das 22h40, enquanto o público aguardava ansioso, os primeiros acordes de “Run to the Hills” dos Iron Maiden ecoaram, com a plateia cantando em uníssono, aquecendo os ânimos. A expectativa crescia, e quando a introdução “Sergio Corbucci Is Dead” começou, os gritos incessantes por Kreator encheram o ar. Foi então que a cortina caiu e Mille Petrozza, com sua presença inconfundível e grito inigualável, iniciou a devastadora “Hate Über Alles”, faixa-título do álbum mais recente. A partir daquele momento, ficou claro: estávamos prestes a presenciar algo verdadeiramente épico.

Sem tempo para pausa, seguiram com a destruidora “Phobia”, que imediatamente deu início a mosh pits frenéticos. A introdução de “Coma of Souls” foi o chamado para o primeiro Wall of Death dessa apresentação, elevando a energia a níveis insanos. Logo após, “Enemy of God” fez ecoar um coro massivo da plateia, marcando um dos momentos mais emocionantes do show.

Petrozza fez então a primeira pausa, e expressou sua gratidão ao público português, mostrando-se emocionado: “É bom estar de volta sem as dificuldades técnicas”, brincou, antes de continuar: “ainda bem que vocês voltaram”. A conexão entre banda e público era palpável, e a poderosa “666 – World Divided” selou esse momento, com todos cantando juntos o refrão como um hino de união, como já traz em sua letra.

A sequência com “Hordes of Chaos (A Necrologue for the Elite)” e “Hail to the Hordes” trouxe gritos de guerra que ressoaram pela Sala Tejo. Chega a ser algo inexplicavelmente emocionante ao mesmo tempo que soa brutal. Me lembro de pensar várias vezes “ISSO É KREATOR!”. Que sentimento!

Quando a clássica “Betrayer” começou, os circle pits e crowd surfings se multiplicaram, transformando o recinto em um turbilhão de energia. Se os seguranças tiveram trabalho com os fãs chegando no pit na apresentação anterior, esse foi o momento de terem ainda mais dificuldade, porque não parava de cair pessoas para lá, uma atrás da outra.

A banda manteve o ritmo avassalador com “Satan Is Real” e “Phantom Antichrist”, antes de Petrozza dedicar “Strongest of the Strong” às bandas de abertura, Toxikull e Sacred Sin, além de mencionar com carinho os nacionais Moonspell. O momento mais emblemático veio com “Flag of Hate”, precedida por uma entrada que amplificou a ansiedade do público, com Petrozza segurando sua bandeira e iniciando uma conversa calorosa. Quando finalmente começou, a faixa icônica transportou a todos para os primórdios do thrash metal, com a sala se transformando em uma arena de destruição.

Já na reta final, “People of the Lie”, “Terrible Certainty” e “Violent Revolution” mantiveram o público incansável, com Petrozza incentivando o “Lisbon Style” em um momento de troca intensa de energia entre banda e plateia.

Para encerrar a noite, a clássica que jamais poderia faltar: “Pleasure to Kill”! Trouxe a essência dos Kreator em sua forma mais pura. Com Petrozza, Sami Yli-Sirniö e Frédéric Leclercq sincronizados em uma performance impecável, o encerramento foi explosivo. A banda deixou o palco sob aplausos estrondosos, com a certeza de que reconquistaram o coração dos fãs portugueses. INESQUECÍVEL!

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