Nota: 08
Começo esse review com uma volta ao passado: Sepultura foi uma das primeiras bandas de Heavy Metal que eu comecei a curtir. Escutar o Arise lá nos idos de 1992 era uma porrada mental. Desde ali acompanhei a banda curtindo cada lançamento até a fatídica divisão da banda e o retorno do Sepultura com seu novo vocalista.
Por mais que desejasse curtir os novos lançamentos da banda, duas coisas sempre me incomodaram: primeiro o vocal do Derrick Green que nunca foi unanimidade entre os fãs e que nunca achei que combinasse com a banda. E a segunda parte foi a falta de uma guitarra base na banda. Que o Andreas é um excelente guitarrista todos sabem, mas sempre achei que faltava alguém para cobrir algumas músicas e para poder dar ao Andreas mais força para solar e experimentar.
Vi a banda passar por álbuns muito ruins para alguns conceitos interessantes, porém nunca achei nada que pudesse se destacar. A banda na minha concepção havia caído de uma banda experimental e com destaque para uma banda que não fazia nada de diferente de milhares de bandas por aí mas que conseguia se manter pelo nome,
Ouvir o Machine Messiah foi uma grata surpresa. Não que seja um álbum fenomenal, mas com certeza é o melhor album desde a entrada do Derrick Green e o trabalho que melhor se destacou dentre os últimos lançamentos da banda. Buscando uma identidade mais groove e com uma boa pitada de Death metal o albúm inicia com a faixa homônima ao álbum Machine Messiah.
Na sequencia temos a faixa I am The Enemy, um trabalho bem agressivo. Destaque para o vocal que está mais limpo em alguns momentos na música. Iceberg Dance é um retorno as tradicionais musicas instrumentais porém desta vez voltado ao lado mais nordestino.
Um dos grandes destaques desse álbum é do baterista Eloy Casagrande que mostra que a saída do Igor não deixou saudades. Não é a toa que vem sendo considerando um dos grandes novos nomes da música brasileira.
No fim, Machine Messiah consegue como um todo ser um bom álbum, não o melhor da banda, mas com certeza o melhor desde as mudanças. Fica a torcida que a banda consiga largar o passado e conseguir recriar seu nome no mercado internacional.
Banda:
Paulo Xisto Jr. – baixo
Andreas Kisser – Guitarra e Backing
Derrick Green – vocais
Eloy Casagrande – bateria
Músicas:
- Machine Messiah 02. I Am The Enemy 03. Phantom Self 04. Alethea 05. Iceberg Dances 06. Sworn Oath 07. Resistant Parasites 08. Silent Violence 09. Vandals Nest 10. Cyber God