O dia 22 de maio ficou marcado não só para Florianópolis/SC como para o Cultura em Peso. Sabemos da dificuldade dia após dia de todo o trabalho independente, e crescer e ser reconhecido é gratificante. A recompensa vem em forma de dever cumprido e isso é excepcional. E falando de Santa Catarina, saber que nosso estado está finalmente (com passos leves, mas caminhando) a entrar na rota de turnês internacionais, nos faz vitoriosos e querer cada vez mais, fazer parte desse mundo da música e da nossa paixão: o rock n’ metal.

Cobrimos de uma maneira digamos que, inesperado o show do Slash nessa data e a experiência foi incrível. Não posso iniciar os detalhes do show sem antes agradecer a equipe do Grupo All que foram atenciosos, estavam à disposição para tirar todas as dúvidas necessárias para uma iniciante como eu no ramo das coberturas de shows internacionais, e que foram extremamente compreensíveis pela falta do nosso fotógrafo profissional e me autorizaram a entrar com os fotógrafos no pit (acesso da fotografia credenciada nos eventos), para fazer algumas fotos e vídeos (amadoras em uma câmera não tão boa de celular) nas três primeiras músicas, só para poder trazer um pouquinho do show para o nosso público.

Sem mais delongas, vamos para o show. Quem iniciou os trabalhos nesta noite foi a banda República. Fizeram um show de 30 minutos e em todos os momentos agradeceram a Florianópolis e a banda de Slash pela oportunidade. Ressaltaram a importância de Floripa para a banda, que é original de São Paulo. República é formado Leo Beling (vocal), LF Vieira (guitarra), Marco Vieira (baixo), Jorge Marinhas (guitarra) e Mike Maeda (bateria), já lançaram quatro álbuns, o mais recente “Brutal & Beautiful”. O local ainda não estava cheio na apresentação da banda, mas quem estava por ali já se “aqueceu” e muito bem, para o show principal, com um heavy metal de qualidade.

Foto: Paloma Melzzi

E às 21 horas, sempre pontual, Slash, Myles Kennedy and The Conspirators subiram ao palco para alegria dos fãs. Por falar nos fãs, o público não parou em uma música sequer. Local cheio, plateia animada, cantaram juntos do começo ao fim, Slash, Myles e sua banda: Todd Kerns (baixo), Frank Sidoris (guitarra) e Brent Fitz (bateria) sempre aplaudidos, sabem muito bem como conquistar os fãs com uma presença de palco incrível. Sabemos que o Slash não fala durante o show, só na hora de apresentar a banda, mas é assim que o guitarrista cativa todos que estão presentes em seus shows, acompanhado dos seus solos únicos.

Foto: Paloma Melzzi

A apresentação começou com a música “The Call of the Wild”, música inicial do novo álbum “Living the Dream”, que leva o nome da turnê. Seguida de “Halo” e “Standing In The Sun”, ambas do segundo álbum de estúdio e primeiro com o Myles, “Apocalyptic Love”. Essas inclusive, foram as músicas que cobrimos e filmamos os primeiros sessenta segundos de cada. A filmagem você pode conferir abaixo ou no nosso canal do Youtube clicando aqui.

A banda tocou as principais músicas de cada álbum e teve sucesso do Guns N’ Roses também, “Nightrain”. Muita gente estava esperando pelos clássicos da banda, e sentiram falta de músicas que geralmente Slash tocava em outros shows, como “Rocket Queen” e “Paradise City”.

Slash emendou algumas músicas com seus famosos solos de guitarra, incluindo a “Wicked Stone”. Se queriam uma apresentação recheada de riffs, certamente o público saiu satisfeito.

E falando em satisfação, o que não faltou foram fãs saindo do show felizes com brindes jogados de cima do palco. A banda não economiza em palhetas e presenteia o público o tempo inteiro com seus itens personalizados. Muita gente que estava na grade saiu com elas e com o setlist (é claro que eu, não consegui a palheta, mas peguei na mão a que um colega fotógrafo que também cobriu o show conseguiu pegar, é fantástica).

Foto: Paloma Melzzi

Músicas que não podem passar em branco: “Starlight” e “Anastasia”, a última com certeza é a preferida de muitos, mas que encerra o show. E que encerramento. Como mencionado, o público não parou um segundo. E pós show tinha gente colado na grade ainda esperançoso por algum mimo da produção (palhetas, novamente).

Outro ponto que merece destaque é o baixista Todd Kerns, uma presença de palco que sem dúvidas, marcou não só a mim, quanto a quem estivera lá. O músico cantou duas músicas “We’re All Gonna Die” e “Doctor Alibi”. Já sabia do carisma e simpatia imensa do Myles (que é bom ressaltar, sempre), mas Todd com certeza me pegou de surpresa com sua extrema energia no palco.

Foto: Paloma Melzzi

É um show que sem dúvidas, ficará marcado no local, e para quem esteve presente. O Stage Music Park, ainda precisa de algumas melhorias para poder receber cada vez mais shows desse porte, tanto estrutura do palco quanto o som, que estava ótimo, mas não perfeito, apresentações como essa a atenção para essas questões devem ser redobradas, para outras produtoras terem o interesse em trazer ou continuar trazendo mais bandas. Na verdade, toda banda (pequena ou grande) merece um som de qualidade, mas o assunto aqui são turnês internacionais e suas passagens pelo nosso Estado. Que venham mais bandas para cá.

Confira o setlist da apresentação que teve duração de duas horas e meia aproximadamente:

  1. The Call of the Wild
  2. Halo
  3. Standing in the Sun
  4. Apocalyptic Love
  5. Back From Cali
  6. My Antidote
  7. Serve You Right
  8. Boulevard of Broken Hearts
  9. Shadow Life
  10. We’re All Gonna Die (Todd Kerns)
  11. Doctor Alibi (Todd Kerns)
  12. The One You Loved Is Gone
  13. Wicked Stone (Slash solo)
  14. Mind Your Manners
  15. Driving Rain
  16. By the Sword
  17. Nightrain (Guns N’ Roses)
  18. Starlight
  19. You’re a Lie
  20. World on Fire
  21. Avalon
  22. Anastasia

As fotos você confere na nossa página oficial do facebook, clicando aqui.

A turnê no Brasil encerrou agora dia 03 de junho em Fortaleza/CE, e teve passagem também em Porto Alegre/RS, Curitiba/PR, São Paulo/SP, Uberlândia/MG, Brasília/DF e Recife/PE. Florianópolis foi a segunda cidade na qual passaram.

Foto: Paloma Melzzi

Estávamos aguardando o encerramento da turnê no país para contarmos nossa experiência e fazer um comparativo com outros shows, se rolou algo diferenciado, etc. O que notamos foi que, nessa turnê não houve nenhuma alteração no setlist, mantiveram as mesmas músicas, com as mesmas sequências em todas as apresentações. A performance também, nada de novo. Em Porto Alegre, São Paulo e Uberlândia a banda não tocou “Avalon”, retornando ao palco para o encore somente para fechar com a música “Anastasia” encerrando os shows com 21 músicas.

Imagem destaque da matéria foi retirado do trabalho de Guma Miranda.

 

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