Com um conceito de trazer experiências inéditas além da música, Summer Breeze Open Air desembarca em São Paulo nos dias 29 e 30 Abril de 2023 com megaestrutura e mais de 40 atrações (que se dividirão em 4 palcos). Serão dois dias de muita música, diversão e vivências para pessoas de todas as idades.

Com 25 anos de história, o megafestival Summer Breeze Open Air, conhecido por levar ao palco as principais bandas de rock do mundo terá sua primeira edição no Brasil, na cidade de São Paulo – SP, no Memorial da América Latina.

Uma das atrações confirmadas em seu Lineup é o grupo Americano Lamb of God, segue o release deles:

O grupo americano Lamb of God fará a sua quinta passagem pelo Brasil no “Summer Breeze”. Randy Blythe (vocal), Mark Morton e Willie Adler (guitarras), John Campbell (baixo) e Art Cruz (bateria, Winds of Plague) atualmente promovem o álbum “Omens” (2022), que destacou participações de Jamey Jasta (Hatebreed) em “Poison Dream” e Chuck Billy (Testament) em “Routes”.

Criado em 1990 na cidade de Richmond/Virgínia (EUA) ainda com o nome Burn The Priest, com o qual lançou um álbum homônimo em 1999, o grupo estreou ao vivo em fevereiro de 1995. “Fizemos uma festa numa casa e um amigo meu filmou o show. Não pretendíamos chegar a esse sucesso, a gente apenas queria tocar em umas festas e talvez embarcar numa van para uma turnê de algumas semanas. Nunca esperamos isso, mas chegou num ponto onde o nosso hobby se tornou um negócio e um trabalho”, contou John Campbell certa vez à revista Roadie Crew.

Já como Lamb of God veio “New American Gospel” (2000), que destacou o single “Black Label”, rendeu comparações com o Pantera e Slayer pela crítica e excelentes shows, que ajudaram no entrosamento até chegar a “As the Palaces Burn”, que saiu em 2003 e culminou no DVD “Terror and Hubris” gravado na turnê Headbangers Ball.

Como um nome estabilizado, com mais estrutura e o contrato com a Epic Records, saiu “Ashes of the Wake” (2004), que foi promovido em grande estilo no “Ozzfest”. Além dos singles “Laid to Rest” e “Now You’ve Got Something to Die For”, destacam-se as faixas “The Faded Line”, “Omerta” e “Blood of the Scribe”. Após o DVD “Killadelphia” (2005), veio “Sacrament” (2006), que rendeu até uma nomeação ao Grammy com a faixa “Redneck”, um dos destaques ao lado de “Walk with Me in Hell” e “Blacken the Cursed Sun”. O que nem todos sabem é que o material demorou para ser criado porque Blythe vinha lutando contra o vício do álcool. Conseguiu se livrar e aí inspirou a banda a compor letras mais pessoais.

A banda participou da “Unholy Alliance Tour” com o Slayer e depois com o Megadeth na “Gigantour”. “A resposta do público de ambas as bandas foi sensacional. Fãs de Slayer e Megadeth são mais ‘old-school’ e fechados a novos nomes. Porém, eles curtiram os shows e viram que nossas raízes são estes grupos que todos admiramos de thrash, speed e heavy metal tradicional”, disse o baterista Chris Adler, que ficou na banda até 2019, chegou a integrar o Megadeth e hoje está no Firstborne.

Em apenas dez anos, o Lamb Of God passou de uma formação underground para um dos mais aclamados nomes do metal dos Estados Unidos. Com o lançamento do sexto disco, “Wrath” (2009), o grupo continuou a ampliar seus horizontes, mas mantendo a crueza e agressividade. O material trouxe os singles “Set to Fail” e “Contractor”.

Então, em 2010, o Lamb Of God foi até a República Tcheca para realizar um show no dia 24 de maio no Abaton, em Praga. Tudo corria bem até que um jovem de 19 anos de idade, Daniel Nosek, conseguiu subir no palco para ficar perto de seus ídolos. Algumas testemunhas disseram que Randy Blythe empurrou-o, mas a banda garante que o fã pulou do palco espontaneamente. Seja como for, na queda ele bateu a cabeça e faleceu. Blythe foi preso, acusado de homicídio culposo e isso fez com que fosse lançado o documentário “As The Palaces Burn”, sobre o drama vivido pelo vocalista que, após um julgamento que durou seis dias em Praga, foi inocentado. “Começamos com uma ideia grandiosa e positiva, e acabamos descambando em uma coisa sombria. O foco inicial era os fãs e no fim fomos envolvidos por um episódio que envolvia a morte justamente de um de nossos fãs. Então, parece que o título acabou tendo tudo a ver”, explicou Willie Adler. “Ele (Blythe) ficou cinco semanas preso, depois foi considerado inocente e liberado. A forma como Randy lidou com tudo isso deve servir de exemplo para as pessoas que precisam encarar situações delicadas em suas vidas.”

Na sequência vieram “Resolution” (2012) e “VII: Sturm und Drang” (2015), época em que Randy Blythe também dedicou parte do seu tempo escrevendo o livro “Dark Days”, onde conta a experiência na prisão tcheca. Blythe, por sinal, descreveu a inspiração para escrever sobre a condição humana em situações estressantes. “Os conflitos, a disparidade econômica, política, ações militares etc. O mundo está virado numa bola de estresse constante.”

Os mais recentes trabalhos, “Lamb of God” (2020) e “Omens” (2022), seguem mantendo o Lamb of God numa posição de destaque. “Quando tocamos uma música nova ao vivo e ela se sai bem, tenho a certeza de que as pessoas gostaram. Não me importo com a opinião dos outros, mas se a música não funcionar ao vivo eu coloco outra no lugar. A gente começou esta banda porque queria fazer música, não para impressionar as pessoas ou algo assim. Acho que todas as bandas de verdade começam assim. Se alguém começa uma banda porque quer ser um rockstar, ter vários fãs ou ser famoso está fazendo pelas razões erradas”, conclui o vocalista que, em parceria com a cervejaria escocesa BrewDog, lançou uma cerveja sem álcool chamada “Ghost Walker”.

 

 

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