A quantidade de cerveja que os TANKARD e os seus fãs já consumiram desde a formação da banda germânica há mais de quatro décadas seria provavelmente suficiente para afogar o mundo inteiro, numa festa apocalíptica delirante. Mesmo que os seus primeiros álbuns nos anos 80 tenham sido mais sobre zombies do que outra coisa qualquer (o que parece um bocado impensável hoje em dia para esta banda), rapidamente se aperceberam de onde estava a sua verdadeira inspiração, e têm-se mantido fiéis ao tema até hoje. Claro que quantidade nenhuma de cerveja poderia salvar música medíocre, por isso é óptimo que o líquido dourado tenha sido combustível de thrash de verdadeira excepção que continua a desafiar a longevidade com grandes álbuns que continuam a aparecer (o mais recente, «Pavlov’s Dawgs», data de 2022) e concertos ainda melhores. Preparem as canecas e os ouvidos para o ataque do thrash alcoólico dos Tankard!

Conheces aquela sensação que tens no instante antes de alguém te dar um soco no estômago? Aquela sensação que vem à tona quando vês um punho a vir na tua direcção e sabes que não há absolutamente nada que possas fazer para evitá-lo? Bem, digamos que os DIOCLETIAN soam assim – como um punho de ferro autoritário directo às entranhas. Misturando death e black metal, grindcore e doom, esta malta rude da Nova Zelândia não faz prisioneiros e, ao longo das últimas duas décadas, construiu uma reputação de enorme respeito, apoiada numa sequência de discos brutais e actuações avassaladoras. Resultado, são altamente recomendados aos fãs de cultos canadianos como Blasphemy e Revenge ou de hordas australianas como Bestial Warlust ou Destructor.

 

Os VIRCOLAC surgiram em Dublin, na Irlanda, na recta final de 2013 com a intenção de criarem uma abordagem intemporal ao death metal feita de canções, riffs e atmosferas reais, removidos por direito próprio de alguns dos estilos contemporâneos da música extrema que quase procuram prescrever a essência da canção. Impregnadas firmemente nas cenas de death metal dos anos 80 e subsequentes do início dos anos 90, as influências da banda são amplas e variadas, mas no colossal «Masque», álbum de estreia de 2019, nunca são usadas apenas como um barómetro de referência – são, isso sim, simples partes do todo diabólico que perverteu as mentes colectivas desta gente desde tenra idade.

 

Os SYSTEMIK VIOLENCE surgiram de rajada, em 2016, com “Fuck As Punk”. Imaginem esta fundamentação misturada com a crudeza sónica e negrume dos Darkthrone. Pode não haver muito a dizer desta vil mistura de black metal, d-beat e uma porqueira punk sem quaisquer escrúpulos, mas também não há muito para não gostar. Logo no ano seguinte, esses pressupostos sónicos foram transpostos para o primeiro LP, “Satanarkist Attack”. Deportados das profundezas do inferno japonês com paragem na Escandinávia (hiperbolização au point do pessoal da LOUD!), fizeram suceder o EP “Anarquia-Violência” ao devastador LP de estreia. Já em 2023, estes miseráveis patifes lançaram então o segundo longa-duração. De acordo com os próprios, «’Negative Mangel Attitude’ descarrega poluição punk-metal crua, cuspindo na cara do punk moderno e do metal sem inspiração». É este estado de sítio que irá alastar nos palcos do SWR.

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