O trio porto-alegrense Jive reúne a urgência do hardcore, a força do metal, a intensidade do post-punk e a ousadia do experimental/alternativo. No mais recente EP, intitulado “Jive II” e disponibilizado na última semana de maio nas plataformas, essa mistura fica evidente. Grosso modo, é rock pesado que remete à estética musical dos 1990, com as cinco composições variando entre momentos de introspecção e explosão. O trabalho foi gravado em 2024 no estúdio Hill Valley, na capital gaúcha, com engenharia de som assinada por Davi Pacote. A mixagem é de Diego Poloni.

O show oficial de lançamento ocorre neste sábado (7/6), às 17h, na Yerbah Skate Shop (Rua Álvaro Chaves, 289 – bairro Floresta). O evento conta também com apresentações da Conflito e Silenzio Statico, além de um papo sobre skate e outras atrações.

Ouça o novo EP da Jive aqui!

‘Run or Bet’, ‘Entercool’, ‘The Anchor’ (que saiu como single em abril), ‘Simple Things’ e ‘Curfew’ são as faixas, compostas de 2018 a 2024, que integram o registro e foram gravados por Gustavo Mantese (voz e guitarra), Luigi Rokero (bateria) e Lucas Rachewsky (baixo). A arte de capa foi criada por Júlia Tannous Sager e pelo baixista Lucas Rachewsky usando desenho feito por Carlos Leão. Sonoramente, de maneira simplista, o trabalho remete à nomes como Helmet e Fugazi, agregando referências de Sonic Youth, Joy Division e Pixies.

“Em termos de influências e inspiração a gente tem citado, de uma forma mais ampla, artistas como John Coltrane e David Bowie. Não porque a nossa música é ou quer ser parecida com a deles, mas porque nossa vontade de experimentar, de se aventurar no som e na mensagem, nos faz ter uma grande identificação com eles”, pontua Gustavo Mantese, fundador do conjunto, que complementa:

“A ideia de seguir um ‘protocolo’ de qualquer tipo de gênero/subgênero musical – e existem muitos – é tudo que não queremos. Na nossa visão, o que tanto punk como jazz têm de melhor é, justamente, a coragem de ousar, de usar a música como um veículo para expressar uma ideia, um sentimento, de forma genuína e direta, seja com paixão e ingenuidade, seja com intenção e “sofisticação””.

Liricamente, “Jive II” mostra um ponto de vista de reflexão pessoal, às vezes aproximando-se de espiritualidade, sobre temas variados do ciclo de vida (como relacionamentos, trabalho e sociedade).

“Essas músicas tem uma sonoridade pesada, já nasceram assim com essa intensidade e urgência”, afirma Gustavo.

O lançamento anterior da Jive ocorreu em 2021, com um EP que leva o nome da banda e apresenta três músicas: ‘Next Steps’, ‘No Need To Hurry’ e ‘Seven’.

Sobre a Jive:

Jive é uma banda de heavy rock alternativo do sul do Brasil, formada em 2018. O grupo mescla o DNA hardcore com elementos de post-punk, metal e outros gêneros. Com letras que são, geralmente, questionamentos pessoais, a música do Jive cria um som introspectivo e explosivo.

Inspirando-se na experimentação vanguardista de nomes como John Coltrane e David Bowie, na força bruta da Melvins e Rollins Band, bem como nas influências hardcore e pós-punk de Dag Nasty e Psychedelic Furs, os lançamentos do Jive ressaltam o comprometimento com a exploração musical.

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