Nota:
O festival foi quase perfeito.
Não foi porque existem pessoas com atitudes estúpidas que apenas atrasam a cena e desestimulam a realização de novos eventos.
Um capa de tom de bateria foi roubada durante o evento ocasionando prejuízo a organização do festival.
Somente aqueles que já produziram um evento assim sabem das dificuldades que é dar a cara a tapa pra fazer tudo isso acontecer.
Ver o palco pronto com caixas de som e bandas tocando parece tudo muito fácil, mas existe inúmeras dificuldades para chegar até este ponto.
Você escuta uma imensidão de “não”, “volte mais tarde”, “talvez no mês que vem”, você paga alvará, aluga tenda, aluga backline e tantas outras coisas.
Todas as bandas foram procuradas para saber se alguma havia pegado a capa por engano, infelizmente não estava com nenhum integrante.
O valor não foi tão alto do prejuízo, mas roubar uma capa de tom é uma atitude muito baixa.
A pessoa que roubou esta capa deve ser o típico personagem que fica atrás do computador reclamando na internet que nunca tem eventos, que a cidade é parada e que ninguém nunca faz nada pela tão unida cena underground!
Claro vale ressaltar que a doação leite para famílias carentes foi quase nada.
Poucas pessoas se lembraram de doar, talvez porque a entrada era franca.
Foram apenas 12 litros.
3º Cultura em Peso – Uberlândia
A prefeitura cumpriu categoricamente o que prometeu, e as 14:00 estavam prontos para começar a montagem da aparelhagem, porém a chuva não deixou, e o evento que começaria as 16:00 em ponto atrasou, e começou as 18:00.
Águas passadas, palco montado, publico presente, segurança policial em massa, ou seja tudo pronto para que começasse a festa.
Dinossauros Modernos foi a primeira banda, e com o simples punk rock de sempre mandou muito bem, ate melhor do que eu esperava, vide que foi a primeira vez que eu vi o Heduardo na guitarra. Apresentaram uma melhora incrível de outras aparições, mais madura a banda esteve mais segura no palco e os punks abraçaram a festa.
Uma troca na seqüência de bandas foi proposta por mim (Cremo) ao Fúria e ao Revolted, vide que a chuva ainda ameaçava voltar, e os goianos poderiam ter enfrentado 400 km em vão.
Então Revolted, a revelação do hardcore/metal goiano começou sua apresentação. O grupo é formado por experientes músicos do cenário goiano, que já tiveram bandas importantes não somente para Anápolis, mas também como para Goiás. Formada por Alex (Ex Mob Ape), Hedrey (Ex Adviser), Raphael (Ex Carniça e IML) e o novato das baquetas Yanomani (Ex IML).
Muito peso em uma banda só, impressionou as pegadas hora thrash, hora hardcore, em uma sincronia perfeita. O grupo quase não veio por ficar sem baterista um mês antes do festival, e com a iminente chegada de Yanomani a casa se estabilizou, violento show e qualidade indiscutível.
Fúria foi a terceira banda a se apresentar, com sede de “fúria” eles queriam apagar a má impressão que tinham estampado na casa de shows “Vinil” , quando a banda teve problemas técnicos e não conseguiu se apresentar abandonando o palco.
Como guerreiro de verdade quando cai sempre se levanta, fizeram o melhor que podiam e satisfizeram aqueles que ali estavam. Sem erros, sem problemas foi uma das melhores apresentações da versão metal da banda, sem contar que homenagearam um grande amigo deles que faleceu, o Nilson.
Sobe então ao palco a quarta banda do evento, que apesar de ter pouco tempo de
existência, La tormenta em sua primeira apresentação na sua cidade, e vem mostrando que tem capacidade e competencia pra estar
lado a lado com os grandes nomes de seu estilo (grind/Viking metal, pois a banda se auto intitula grind viking core, ou seja uma mistura dos dois estilos), fazendo uma puta
apresentação com bastante peso, fúria e velocidade. (Raphael Torlezzi)
A quinta banda a se apresentar , liderados pelo incansável Juarez, e de cara nova a banda em menos de 2 meses fez uma brilhante apresentação. A nova formação não sentiu o peso da responsabilidade de carregar um dos nomes mais fortes do metal do triângulo mineiro e com bárbaros acordes mostrou o porque de ser uma das principais bandas de metal da região.
Pra fechar o evento, punk novamente, Etinocidio teve a incumbência de terminar as honras da terceira edição do cultura em peso. Novamente surpresa, sumida há algum tempo, a banda se renovou.
Não, não teve mudanças na formação, e sim em suas energias, mas em sua postura, menos simplicidade, e mais hardcore no sempre punk apolítico do grupo, que nunca se cala e inclusive que faz ações importantes sociais como o “faça um domingo diferente”.
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