Perguntas: Mannu
Respostas: Serginho

Falar de Attero é falar de um dos grupos mais expressivos do hardcore mineiro. Fazendo um som que remete diretamente ao crossover feito nos anos 80 (porém muito longe das meras cópias de hoje me dia) a banda segue firme com vários planos para 2009. Falei com meu chapa Serginho sobre esses planos, mudanças de formação, cegonha e muito mais…Confiram ai…

1- Salve rapaziada! Antes de perguntar sobre o Attero queria que vocês falassem um pouco do Krosta, que ao meu ver foi meio que a semente inicial da banda.

Podemos considerar o Krösta uma semente sim, já que na primeira formação do Attero tínhamos 3 membros da última formação do Krösta (eu, Sapão e Markin). É interessante lembrar também que antes do Krösta existiu o Lixo Social (onde tocávamos eu e o Markin), banda que surgiu em meados de 1998 / 99. Essa banda nos deu uma base em termos de shows, viagens, gravação e etc. Com ela estabelecemos vários contatos mantidos até então, acredito estar aí o começo de tudo!

2- Quando , onde, e por quem o Attero foi formado?

Com o fim do Krösta em 2002 a galera ficou só nos projetos paralelos, mas todos na pilha de fazer mais ou menos o que o Krösta fazia, só que de maneira mais profissional. Então em 2004 o Sapão e o Markin andaram conversando e me ligaram pra ensaiarmos um novo projeto, aí decidimos convidar o Caleb pros vocais e pronto, nasceu o Attero, no segundo semestre de 2004.

3- Antes de gravarem o primeiro cd vocês lançaram alguma demo ou saíram em alguma coletânea?

Não. Nosso primeiro registro foi o full-length “Enemy”.

4- O “Enemy” saiu em 2006 pela One Voice Records de Goiânia. Após todo esse tempo qual balanço vocês fazem desse disco? Me lembro de várias resenhas positivas, o que não é de se estranhar, já que realmente trata-se de um grande álbum.

A gravação de “Enemy” foi uma grande realização para nós, já que vínhamos na correria há muito tempo, porém os únicos registros eram umas demos do Lixo Social e do Krösta, com qualidade sonora bem inferior. O lançamento deste álbum foi muito positivo, recebemos ótimas críticas e várias portas se abriram. Realizamos vários shows, conhecemos o cenário e pessoas de várias cidades importantes no underground nacional, além do fato da galera ter ali o acesso ao trabalho de algumas pessoas que sempre estiveram no corre pelo underground de Uberlândia e região.

5- Eu sei que a saída do Caleb foi um pouco conturbada e por isso mesmo não vamos entrar em detalhes particulares, já que o lance aqui é música. Por outro lado queria saber o quanto isso interferiu no direcionamento musical de vocês haja visto que o vocal dele era uma característica importante da primeira fase e hoje em dia o Attero está com uma sonoridade um pouco diferente daquela época.

Com certeza o vocal do Caleb foi uma característica marcante na primeira fase do Attero. Porém o redirecionamento musical pouco tem a ver com a saída dele. Foi de senso comum a todos da banda mudarmos um pouco a linha do som para algo que remetesse mais aos Crossovers 80’s, sem perder a pegada cadenciada e pesada do Attero.

6- Legal…Pouco depois, já contando com o Guilherme (Krow) na segunda guitarra vocês efetivaram o Marquinho (guitarra) também como vocalista. Me lembro de vocês tocando naquela época e pra mim foi quando o crossover do Attero soou mais metalizado. Vocês concordam? Porquê o Marquinho não seguiu como guitarrista e vocalista?

Sim. Com certeza o som estava com uma cara mais metal, considerando as influências do Guilherme e o vocal mais gutural do Markin. Mas repensamos e decidimos que o Markin teria mais liberdade se ficasse somente na guitarra.

7- No Udi Rock Scene do ano passado vocês apresentaram a nova formação num dos melhores shows do Attero que já presenciei, senão o melhor…Com a entrada do Carlinho (vocal, ex-Fúria e Krösta) e o Alisson (guitarra, Dead Smurfs, Safadaralho) a banda soa bastante renovada, com uma veia mais old school assim como letras agora cantadas em português. Acho que vocês estão satisfeitos com a escolha dos dois e com essas mudanças, certo?

8- Acho que acertamos muito na escolha, o Carlin e o Allisson sempre foram amigos de banda e de vida mesmo. A mudança sonora também agrada muito!

Em 2008 apesar de shows importantes como o do Udi Rock Scene o Attero ficou parado em boa parte do ano já que 3 integrantes foram pais e obviamente tiraram um tempo para se dedicar aos novos herdeiros. Paralelo a isso o Sapão gravou e tocou bastante com o Krow e o Serginho que vinha de um tempo tocando com o U-Ganga formou o Safadarálho juntamente com o Alisson. O que vocês tiraram de positivo dessa pausa? Como está o Attero hoje em dia?

Pois é, a cegonha trabalhou duro pra esses lados aqui ultimamente… (risos)! Essa pausa foi boa pra colocarmos outras coisas em dia, como o Sapão finalizar as gravações do Krow, eu e o Alissera dar um gás no Safadaralho, Carlim e Markin cuidarem dos bebês! Enfim, foi bom pra amadurecermos e interagirmos com a nova formação também!

9- Vocês tem planos de lançar um segundo disco ainda em 2009? Como estão os trabalhos até agora e quais as metas da banda pros próximos meses?

A princípio estamos finalizando algumas músicas pra lançarmos no segundo semestre, e posteriormente continuar compondo e tocando.

10 – Serginho, valeu mesmo pela entrevista e que o Attero tenha muitos e produtivos anos pela frente. O espaço é de vocês para as considerações finais:

Valeu demais Manu, Cremogema e galera do Cultura em Peso pelo espaço cedido ao Attero mais uma vez,es tamos junto nos corres! E aos leitores agente deixa um salve, e fiquem na expectativa que em breve o Attero tá de volta aos palcos com força total! Estamos na pilha! Abraço a todos, paz!!
11- CONTATOS:

www.myspace.com/attero

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Cremo
Sejam bem-vindos ao meu mundo onde a música é pesada, a arte visual é uma paixão e a tecnologia é uma busca incessante pela excelência. Sou um aficionado por Death, Thrash, Grind, Hardcore e Punk Rock, trilhando os ritmos intensos enquanto mergulho no universo da fotografia. Mas minha jornada não para por aí; como programador e analista de segurança cibernética, navego pelas correntes digitais, sempre sedento por conhecimento e habilidades aprimoradas em um campo em constante mutação. Fora do reino virtual, vibro intensamente com as cores do Boca Juniors, e meu tempo livre é uma mistura de leitura voraz, exploração de novos lugares e uma pitada de humor. Seja nas areias da praia, nas trilhas das montanhas, acampando sob as estrelas ou viajando para terras desconhecidas, estou sempre pronto para a próxima aventura. E claro, não há nada que eu ame mais do que arrancar um sorriso do rosto das pessoas com minhas piadas e brincadeiras. Junte-se a mim nesta jornada onde a música, a tecnologia, o esporte e o entretenimento se entrelaçam em uma sinfonia de diversão e descobertas. E lembrem-se: Hail Odin e um firme 'foda-se' ao fascismo e ao nazismo!