Capa de “Brasil”, de autoria do quadrinista Francisco de Assis Marcatti Júnior, ganhou uma versão puzzle de 600 peças

A capa do álbum “Brasil“, de autoria do quadrinista Francisco de Assis Marcatti Júnior, ganhou uma versão puzzle de 600 peças, lançada pela Corbe Toys. Sucessor de “Cada Dia Mais Sujo e Agressivo” (1987) e um dos clássicos do Ratos de Porão e do punk/hardcore e crossover em geral, “Brasil” foi o primeiro trabalho da banda paulistana gravado no exterior e contou com produção do alemão Harris Johns. “Nós chegamos a ir para a Europa (gravar) antes do Sepultura. O Sepultura gravou ‘Beneath the Remains’ no Rio, e o Ratos gravou em Berlim. Depois de gravar, fizemos uns shows em alguns clubinhos punks da Itália e da Holanda”, recordou o vocalista João Gordo à revista Roadie Crew. “O disco tem uma importância tão grande que anos depois ainda desperta atenção. Junto com ele meu trabalho saiu do porão”, revelou Marcatti em reportagem para a Veja SP.

Em “Brasil”, lançado em 1989, João Gordo, então acompanhado por Jão (guitarra), Jabá (baixo) e Spaghetti (bateria), tinha consciência de que estava falando mal do país. “Desde a capa até a última música”, segundo ele. Entretanto, muitas frases contidas nas letras nos fazem ver que a situação não foi alterada. Ou alguém não se identificaria com uma letra que fala “Misérias, queimadas, devastação / Por que ninguém faz nada para os deter? / Cuidado! / Senão, Amazônia nunca mais!”?

A letra de “Crianças Sem Futuro” mostrava indignação. Ela diz: “Temos crianças mortas para exportação / Umas morrem de doença, outras de inanição / Agora a Etiópia está com inveja do Brasil / Ganhamos em pobreza e mortalidade infantil”. Gordo apontou na música “Farsa Nacionalista” que “violência e estupidez aqui sempre existiu; aqui ninguém tem culpa; se o país está na merda, você está deixando isso aqui muito pior”.

O repertório de “Brasil” foi traduzido para o inglês, fato que sempre desagradou o vocalista do grupo, que atualmente promove o novo álbum, “Necropolítica”. “Não tem jeito, Ratos de Porão tem que ser em português.” Tem, para que todos entendam as linhas contidas neste disco clássico: “Minha terra tem ladrões / Que aprendem a roubar / Na escola do poder / Honestos não entram, não! / Segue a vida, pé no chão / Dentes podres, ilusão / Que o Brasil vai melhorar / Mas eu acho que não vai!”…

Corbe Toys
A empresa Corbe Toys surgiu com a missão de entreter e propor questionamentos e reflexões por meio de produtos que representam ícones culturais do Brasil e do exterior. “Nossa missão é oferecer aos consumidores produtos de qualidade, como action figures e quebra-cabeças (puzzles). Acredito que formas lúdicas e divertidas podem despertar o interesse em nossa diversificada cultura. Já estão no mercado os puzzles do Ratos de Porão (‘Brasil’), Angra (‘Angels Cry’) e Sepultura (‘Schizophrenia’), mas os próximos lançamentos da Corbe Toys incluem Krisiun, Korzus, Sarcófago, Warfare Noise I (coletânea) e o action figure do ex-vocalista do Iron Maiden, Paul Di’Anno, que será lançado em novembro”, declarou o empresário Luís Acorbe. “Os quebra-cabeças da marca apresentam capas de álbuns musicais e obras de arte, mas são lançamentos de tiragem única e não terão relançamentos posteriores”, completou.

Puzzle
A linha Puzzle da Corbe Toys surgiu com o objetivo de incentivar o cuidado com a saúde mental por meio do colecionismo. Os quebra-cabeças da marca apresentam capas de discos e obras de arte, destacando em seu conteúdo uma variada seleção de artistas, além de figuras populares inusitadas. Produzida por fabricantes líderes no setor, a linha segue os mais altos padrões de qualidade do mercado e disponibiliza nas embalagens dos produtos um suporte diferenciado para não danificar as peças, conhecido como berço.

Para adquirir o puzzle de “Brasil”, acesse: https://corbestore.com.br/categoria-produto/marcas/ratos-de-porao/

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