Os Trinta e Um emergem como uma força resiliente no cenário da música punk/hardcore em Portugal, uma banda cuja trajetória se assemelha a uma montanha russa de experiências e desafios. Fundada em 1995 sobre a base de uma amizade sólida, o grupo enfrentou os altos e baixos que acompanham qualquer jornada musical duradoura. A reunião após um período de separação trouxe consigo uma energia revitalizante, impulsionando-os a criar um novo álbum e retornar aos palcos com uma determinação renovada.
Entrevista feita por @mahriannak
1 – Começo esta entrevista sem rodeios: é sabido que a banda passou por muito, quase como uma montanha russa, diga-se. De que forma é que toda a situação influenciou os Trinta e Um?
Sim, o caminho foi longo até chegar aqui! Antes de tudo, é preciso entender que os 31 sempre foram um grupo de amigos e que a nossa história começou em 1995. Esta banda foi construída num mundo totalmente diferente. Passamos por muita coisa juntos; é uma ligação muito longa. O tempo sempre desgasta as bandas, e houve uma altura em que era impossível seguirmos juntos, estávamos cansados de nos aturar uns aos outros! Mas às vezes essas separações criam o distanciamento necessário para se poder ver o valor das coisas. A história dos 31 estava inacabada; no dia em que nos voltámos a juntar no palco para prestar homenagem ao nosso amigo Sérgio Bifes, sentimos que era necessário completar esse caminho.
2 – Qual é a vossa maior inspiração, e o que motivou o novo álbum?
A nossa inspiração acabou por ser exatamente essa energia de voltar a estar juntos! Todos sentimos que era uma energia boa demais e que devia ser canalizada para a criação de um novo disco de Trinta e Um e para voltarmos à estrada tantos anos depois!
3 – Qual foi o maior desafio que já tiveram e porquê?
O maior desafio sempre foi tentar ter uma banda Punk/Hc em Portugal. O circuito é demasiado pequeno, e só com muita paixão é possível continuar a lutar por isto! Mas nós gostamos realmente do que fazemos e por isso não há regresso!
4 – Sentem que têm alguma obrigação enquanto banda? Qual?
Temos a obrigação de não tentar agradar a ninguém e de fazer o que nos apetecer! A obrigação de ser livres como sempre fomos! Essa é a nossa mensagem e nesta altura essa mensagem é por si só uma afirmação demasiado importante! Vivemos no mundo dos cancelamentos e das plataformas politicamente corretas… A nossa obrigação é continuarmos a ser o que sempre fomos!
5 – De que forma acham que impactam a vida das pessoas, nomeadamente dos fãs?
Tentamos não pensar muito no impacto que poderemos ter ou não na vida de quem gosta da nossa música, porque cada um saberá, mas para nós, cada concerto é uma partilha. Subimos ao palco para dar tudo o que temos, e o público sempre retribui! Essa união entre banda e público é inacreditável.
6 – Diriam que a essência dos Trinta e Um de 1995 ainda se mantém?
Claro que sim, completamente! Acho que este disco é um testemunho disso mesmo!
7 – O que se segue para vocês?
Temos vontade de tocar muito ao vivo! Esse é o plano que temos na verdade! Não há outro tipo de metas definidas, existe apenas essa vontade imensa de estar no palco!
8 – Obrigada pela entrevista! Dou-vos um espacinho para uma mensagem aos fãs!
Obrigado nós pela entrevista. A nossa mensagem para os fãs não poderia deixar de ser uma mensagem de agradecimento por todo o apoio que nos têm dado ao longo dos anos. Obrigado por sempre terem acreditado em nós! Vemo-nos no mosh pit! 🙂